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Uma pessoa morreu nos Estados Unidos após ser infectada pela bactéria E.Coli enquanto comia no McDonald’s. Dezenas de outros clientes adoeceram. As cebolas cruas da linha “Royale” estão no centro da investigação.
Um morto e dezenas de doentes. Este é o custo muito pesado de uma infecção pela bactéria Escherichia coli nos Estados Unidos, que afetou clientes do gigante dos restaurantes McDonald’s.
De acordo com a comunicação das autoridades sanitárias norte-americanas desta terça-feira, 22 de outubro, a maior parte dos infetados encontrava-se no Colorado e no Nebraska, mas outros dez estados do oeste dos Estados Unidos foram afetados. No total, 49 pessoas foram infectadas com a mesma cepa da bactéria. Dez necessitaram de hospitalização e um idoso morreu no Colorado.
Todos os entrevistados disseram que comiam no McDonald’s antes de ficarem doentes, e a maioria mencionou comer um hambúrguer específico, o “Quarter Pounder”, chamado “Royal Cheese” na França.
Uma bactéria potencialmente mortal
A bactéria E. Coli é uma bactéria contida “no trato digestivo de humanos e animais de sangue quente”, indica o Instituto Pasteur. “Se a maioria das cepas de Escherichia coli são inofensivas, algumas delas são patogênicas, como a cepa O157:H7 implicada no McDonald’s”, explica o professor Éric Oswald, vice-diretor do Instituto, ao BFMTV.com de pesquisa em saúde digestiva, em anexo. para Inserm.
Uma vez ingerida, a bactéria pode causar síndrome hemolítico-urêmica (SHU), que causa cólicas estomacais, diarreia e vômitos, geralmente durando de três a quatro dias. A maioria dos pacientes recupera sem tratamento, mas certas pessoas em risco podem desenvolver complicações, especialmente crianças.
Presente na matéria fecal, a bactéria contamina principalmente produtos de origem animal, mas também pode ser depositada em plantas. “É menos clássico, mas é possível. Para as pizzas Fraich’up da Buitoni, a hipótese atual é a contaminação da farinha”, lembra Éric Oswald.
A contaminação pode ocorrer “no matadouro (esfola ou evisceração dos animais) para a carne, ou nas explorações agrícolas no momento da ordenha para o leite (…) Para as plantas, a contaminação pode resultar da disseminação de estrume ou efluentes de criação de ruminantes contaminados no solo onde são cultivadas, ou pelo uso de água de irrigação contaminada”, detalha a ANSES.
A transmissão da E.Coli pelo contato com matéria fecal humana também é possível, acrescenta o professor Éric Oswald, que lembra um conselho básico: lavar as mãos.
A cebola no centro das suspeitas
No que diz respeito ao caso McDonald’s, o ingrediente exato envolvido não foi identificado, mas os hambúrgueres e as cebolas foram retirados dos restaurantes dos estados em questão enquanto uma investigação é conduzida.
As dúvidas concentram-se principalmente nas cebolas, que são servidas cruas no sanduíche “Quarter Pounder”. No entanto, “só cozinhar pode garantir que os alimentos não sejam contaminados”, sublinha Éric Oswald.
De acordo com um porta-voz do McDonald’s à NBC News, as cebolas em questão vêm de uma única instalação, onde são fatiadas e embaladas cruas em sacos individuais enviados aos restaurantes.
“É possível que a contaminação tenha ocorrido durante o corte da cebola. Isso acontece quando uma matéria-prima é preparada em grandes quantidades antes de ser distribuída posteriormente”, diz o professor Éric Oswald.
Quanto aos bifes de hambúrguer, o McDonald’s indica no seu site que são cozinhados “a 69°C no meio”. Justamente para “garantir prazer e segurança a todos”, segundo a rede de restaurantes.
A filial francesa do McDonald’s não reagiu oficialmente ao assunto. Os consumidores franceses a priori não têm com que se preocupar neste caso específico de contaminação. A McDonald’s França indica que a sua carne é proveniente de França, Irlanda e Países Baixos, enquanto as cebolas são francesas.
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