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O deputado, que rompeu com La France insoumise na altura das eleições legislativas, critica “uma esquerda que desistiu” e optou por “abandonar” uma parte da população. Ele expressa fortes críticas à estratégia implementada por Jean-Luc Mélenchon.
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François Ruffin denuncia a estratégia de Jean-Luc Mélenchon. O deputado por Somme rompeu com o líder dos Insoumis no período entre as duas voltas das eleições legislativas. E ele vai muito além em um novo livro, Itinerário. Toda a minha França, não metadee em entrevista com Novo obs, Quarta-feira, 11 de setembro. O fardo é pesado e sério. François Ruffin critica a deriva comunitária de Jean-Luc Mélenchon. Ele o acusa de se concentrar exclusivamente no voto das minorias e dos subúrbios, e de traçar um limite entre as classes populares da França rural e periurbana, que ele abandona ao Comício Nacional. Em suma, o líder dos Insoumis “racializar” política, um desenvolvimento ainda mais espectacular desde os massacres de 7 de Outubro em Israel. E ele atua assim como um espelho da extrema direita que se concentra na outra França.
Para Jean-Luc Mélenchon, tentar reconquistar o voto popular do campo e das pequenas e médias cidades é uma perda de tempo. Segundo François Ruffin, “essencializar” territórios inteiros, Hauts-de-France ou Midi, que ele considera perdidos para sempre para a esquerda. “Para desnazificar a Alemanha demorou meio século…”Jean-Luc Mélenchon teria escorregado para ele. O governante eleito do Somme atribui mesmo aos Insoumis comentários desdenhosos aos eleitores de Hénin-Beaumont, o reduto de Marine Le Pen em Pas-de-Calais, onde Mélenchon foi derrotado em 2012. “Pessoas que suavam álcool pela manhã”, “cheirava mal”, “quase todos obesos”… Como resultado, François Ruffin confessa a sua vergonha por ter liderado uma campanha racialmente tendenciosa no seu círculo eleitoral. Ou seja, tendo distribuído panfletos com a foto de Jean-Luc Mélenchon aos eleitores negros e árabes nas cidades de Amiens-Nord, de quem é um “para todos os fins”mas não para os eleitores brancos, pois ele é um repelente para eles.
Este não é um simples acerto de contas. François Ruffin ousa quebrar o tabu que assola a esquerda. Uma deriva comunitária que nasceu também à margem do PS. Foi teorizado em 2011 pela fundação Terra Nova em nota que ficou famosa. Encorajou a esquerda a substituir os trabalhadores, seduzidos pelo voto lepenista, por uma nova maioria composta por minorias, licenciados, mulheres e moradores urbanos. Treze anos depois, os Insoumis contentam-se em conquistar o voto dos “bobos” formados nas metrópoles e daqueles que chamam de “racializados” nos subúrbios. Um cálculo que sem dúvida condena a esquerda a permanecer na oposição por muito tempo. E corre o risco de deixar o campo aberto para Marine Le Pen.
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