Jean-Vincent Placé indiciado por agressão sexual: o ex-senador acusado por uma segunda mulher #ÚltimasNotícias #França

Na sexta-feira, 6 de setembro, a AFP revelou que Jean-Vincent Placé acabava de ser indiciado por uma denúncia de agressão sexual. Esta não é a primeira vez que o ex-presidente do grupo Europe Écologie Les Verts no Senado tem de lidar com a lei. O político de origem coreana, que já se destacava pelas suas explosões violentas, foi detido em 2018, após uma série de deslizes durante uma noite de bebedeira, o que lhe valeu uma sanção. Várias mulheres testemunharam então ter sido incomodadas por Jean-Vincent Placé. Em novembro de 2021, um ex-funcionário apresentou queixa contra ele por “agressão sexual e assédio sexual por pessoa que abusa da autoridade conferida pelo seu cargo”.

A jovem, que trabalhou com o político durante cinco anos, denunciou vários atos de assédio sexual que alegadamente ocorreram em 2012 e 2016, alguns suscetíveis de enquadrar-se na definição de agressão sexual. Indiciado, o ex-senador ambientalista foi colocado sob fiscalização judicial. Outros ex-funcionários testemunharam à AFP que sofreram gestos inadequados de Jean-Vincent Placé: um no banco de trás de um táxi, outro num restaurante e na secretaria de Estado, e ainda outro numa discoteca em Lille – o mesmo onde o denunciante afirma ter sido tocado. O político, por sua vez, preferiu não fazer comentários.

Jean-Vincent Placé: por que já foi condenado em 2021?

Embora o senador ambientalista tenha sido mais uma vez indiciado por factos alegadamente ocorridos em Seul em 2017, os advogados de ambas as partes não quiseram dar detalhes deste novo caso. As denúncias apresentadas contra Jean-Vincent Placé resultarão em condenação? Se fosse esse o caso, a pena poderia ser aumentada para reincidência. Com efeito, em 1 de março de 2021, o antigo Conselheiro Regional da Île-de-France foi condenado por assédio sexual, por factos que remontam a 25 de outubro de 2016: tentou então beijar à força o gendarme encarregado da sua proteção. O político, que admitiu os factos, foi multado em 5.000 euros e pagou 2.000 euros de indemnização ao queixoso.

Artigo escrito com a colaboração da 6Medias

Créditos das fotos: Pierre Perusseau/Bestimage