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É isso que torna os eventos de espada em equipe tão emocionantes, que às vezes beiram o tédio durante os primeiros revezamentos. É tudo uma questão de gestão, tática, paciência: “Tocar sem ser tocado” é o mantra dos espadachins de todo o mundo.
Chega então um momento em que o adversário ganha vantagem, onde os segundos passam, onde tudo o que resta ao dominado, se quiser reverter a situação, é partir para o ataque, acelerar o jogo, colocar um grão de loucura em um ataque até então ronronante. Foi o que aconteceu nos últimos noventa segundos da disputa pela medalha de bronze entre a seleção francesa e a República Tcheca, sexta-feira, 2 de agosto, no Grand Palais.
Yannick Borel, quatro Olimpíadas no currículo, medalha de prata conquistada na prova individual cinco dias antes e título por equipes que remonta a 2016 nos Jogos do Rio, liderado por três toques em uma partida que parecia prometida à França, a primeira nação no ranking mundial. Então tudo mudou. Seu oponente, um cara bonito chamado Jakub Jurka, 51 anose na hierarquia internacional, marcou um toque, depois dois, depois…
“Eu tinha um buraco”
Em quarenta segundos, como num ensaio de pesadelo, Yannick Borel levou sete golpes. Mesmo reagindo, conseguiu sair dessa espiral negativa, voltando a encostar no tcheco. Já era tarde: os forasteiros privaram os favoritos da medalha olímpica (43-41). Atordoado e de cabeça baixa, Yannick Borel saiu da pista.
“Eu me sinto extremamente malconfessou alguns minutos depois, abatido, mas digno. Como finalizador, tenho que finalizar, não importa como. E aí, eu tinha um buraco e não conseguia sair desse buraco. Eu não posso explicar isso. Não devo me encontrar nesta situação. »
A poucos passos de distância, Paul Allègre, um valente substituto que entrou durante o dia no lugar do transparente Romain Cannone – campeão olímpico em 2021 em Tóquio, tentou assumir a sua parte no fardo: “O último revezamento é a adição dos revezamentos anteriores. E então você se vê diante de um atirador tocado pela graça, com um pouco de sucesso, e isso vira sua cabeça. »
E se esse último revezamento fosse um pouco mais que isso? Neste caso, o reflexo de uma época caótica, um ano de aborrecimentos e psicodramas, múltiplos erros de comunicação e gestão. Durante um ano, a equipe francesa de espada apresentou um espetáculo lamentável do qual a Federação Francesa de Esgrima parecia o espectador indefeso: a saída dos três melhores espadachins franceses do Instituto Nacional de Esporte, Conhecimento e Desempenho (Insep), suposto ser o casulo de a elite francesa, a demissão do seleccionador Hugues Obry, o apelo de Alexandre Bardenet, apoiado por Yannick Borel e Romain Cannone, contra a sua não selecção para os Jogos, e nós no caminho.
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