Março 20, 2025
Nem mesmo Lady Gaga pode salvar o filme de Todd Phillips
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Mas estava indo bem. Palhaço. Folie à deux, lançado nos cinemas franceses neste dia 2 de outubro, abre com sequência original, em animação – e assinada pelo francês Sylvain Chomet. Em um pastiche de desenhos animados Looney Tunes da Warner, encontramos Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), também conhecido como “Coringa”, o grande inimigo do Batman, lutando com sua sombra. Nenhum vestígio do Batman, porém, mas uma lembrança do assassinato de um apresentador de TV (Robert De Niro) que constituiu o clímax de Palhaço, lançado em 2019 e também dirigido por Todd Phillips.

Nesta segunda parte, a primeira novidade notável é a adição de canções musicais no estilo comédia. A segunda é a presença de Lady Gaga. O Guardião especifica que ela incorpora “Harleen Quinzel (também conhecida como Harley Quinn), paciente com graves transtornos psiquiátricos que conhece o Coringa no curso de musicoterapia do qual foi autorizado a participar por seu bom comportamento e enquanto aguarda seu julgamento.”

A trama tem o personagem principal oscilando entre o Coringa e Arthur Fleck. E o manda ir e vir entre o tribunal e o manicômio-prisão de Arkham – onde sofre abusos de guardas violentos, a começar pelo valentão Jackie (Brendan Gleeson). Uma imagem marcante desde os primeiros minutos, notada por Abutre, mostra os quatro guarda-chuvas coloridos dos guardas que escoltam Fleck, vistos de cima. Antes da próxima cena revelar que eles são pretos e é apenas uma visão da mente do Coringa. “De resto, o filme parece alérgico a esse tipo de mergulho dinâmico na fantasia, mesmo que as sequências musicais devam representar as ilusões românticas de Arthur e Harley.” Pis, Palhaço. Folie à deux comete um crime imperdoável ao estragar a presença de Lady Gaga”, título deste site Revista Nova York.

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Oportunidades perdidas

Esse também é o ponto recorrente dos críticos, mesmo dos mais entusiasmados (que não são uma legião). Assim, Robbie Collin, em O Telégrafo Diário, ficou decepcionado com o pouco espaço ocupado pela pop star, hoje reconhecida como atriz (Nasce uma estrela, Casa da Gucci…).

“Honestamente, ela não tem muito o que fazer além de cantar – embora em suas cenas ela seja terrivelmente magnética.”

Peter Bradshaw, seu homólogo na Guardião, é mais misto em geral. Mas insiste que a culpa é do roteiro, e não da atriz. “Lady Gaga traz uma boa dose de malícia manipuladora ao seu papel: Harley é uma mulher reservada, inteligente e talvez mais profundamente desequilibrada do que o Coringa-Arthur.”

Da mesma forma, não é tanto o trabalho de atuação de Joaquin Phoenix que Alison Willmore lamenta, em Abutre, mas sim o que é feito ao protagonista. Acaba sendo reduzido a “Um saco de pancadas para o mundo inteiro, a começar pelo diretor, que inflige tanto horror ao seu personagem que este acaba nem mais despertando a nossa pena e lembra o peru final de uma farsa sem fim.”

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Harry Lawtey, no papel do promotor assistente Harvey Dent (futuro Double Face “Batman”), é bastante transparente. No banco dos réus, Joaquin Phoenix como o Coringa.
Harry Lawtey, no papel do promotor assistente Harvey Dent (futuro Double Face “Batman”), é bastante transparente. No banco dos réus, Joaquin Phoenix como o Coringa. Foto Niko Tavernise/Warner Bros./DC Comics

É interessante notar que a apreciação dos críticos não está correlacionada com a da parte anterior. Peter Bradshaw descobriu que havia derramado tinta demais para seu escopo real e acolheu com indiferença este novo capítulo. Robbie Collin gostou de ambos.

Mas a maior diferença é de G. Allen Johnson, de Crônica de São Francisco, que falou de “obra de arte”para o primeiro filme e não tem palavras duras o suficiente para Folie à deux. Ele lamenta que a representação do julgamento seja “terrivelmente chato”. E que a lógica do musical não seja levada até o fim: do jeito que está, as músicas (em sua maioria covers de clássicos do gênero) são apenas um “uma pausa bem-vinda no meio de uma história sem graça, e são mais uma amostra do que músicas por si só”.

Dispersão

Quer se trate da imprensa que gosta de notícias sórdidas, da cenografia dos julgamentos americanos ou mesmo da luta de classes, nenhum tema é abordado a não ser de forma superficial e confusa. Essa dispersão é atribuída ao diretor por Abutre : “Phillips não parece ter nenhuma ideia norteadora para esta sequência.”

Acrescentaríamos que a figura do louco perigoso e imprevisível é um cliché hollywoodiano particularmente banal. Palhaço. Folie à deux às vezes parece aproximar-se do início do questionamento. Inadvertidamente, sem dúvida, à medida que o longa-metragem se afasta radicalmente dele.

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Quanto ao outro protagonista, a questão da representação dos transtornos mentais é ainda mais secundária, pois raramente vemos a personagem de Lady Gaga atuar. “Harley não se apresenta como parceira igual de Arthur, mas como um mero acessório para a história de sua grande tragédia – uma espécie de groupie assassina superexcitada e aterrorizada.” Juíza Alison Willmore. Peter Bradshaw, depois de se perguntar “será ela a Lady Macbeth dos vilões de [l’univers des comics] DC?”, prefere concluir com uma pergunta aberta: “Seria possível que esta Harley Quinn retornasse como a heroína de suas próprias aventuras?”

Nenhum crítico parece estar ansioso por uma terceira parcela.

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