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Como ex-boxeador profissional, Iwao Hakamada perseguiu recordes, mas teria passado sem este. O homem do mundo que passou mais anos no corredor da morte, o japonês de 88 anos, dos quais 46 aguardavam a aplicação da pena de morte, foi definitivamente absolvido esta quinta-feira. Ele era acusado desde setembro de 1968 do assassinato de seu chefe, de sua esposa e de seus dois filhos, em junho de 1966.
Com 29 lutas profissionais de peso pena (16 vitórias, 11 derrotas, 2 empates) entre 1959 e 1961, Hakamada alcançou o sexto lugar da carreira em sua categoria no Japão e foi contratado por uma empresa de fabricação de missô (soja fermentada). Ele se preparava para voltar aos ringues em 1966, quando o caso estourou. Após um interrogatório de 23 dias, acabou por confessar este quádruplo homicídio, levado ao limite e espancado durante sessões que podiam durar até 16 horas. Ele então confidenciou que as confissões lhe haviam sido extraídas pelos investigadores.
Libertado em 2014 e absolvido apenas esta quinta-feira, Hakamada tem podido contar com o apoio inabalável da comunidade do boxe durante todos estes anos, com o Conselho Mundial de Boxe (WBC) a atribuir-lhe nomeadamente um cinturão mundial honorário.
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