Avançar para o conteúdo

o fantasma de um amor perdido #ÚltimasNotícias #França

Continue apos a publicidade

Hot News

Clotaire (François Civil) e Jackie (Adèle Exarchopoulos) em “L’Amour ouf”, de Gilles Lellouche.

A OPINIÃO DO “MUNDO” – IMPERDÍVEL

Ator, Gilles Lellouche encarna um modesto com uma concha, um terno com uma constituição sólida, uma força silenciosa. Ele ganhou notoriedade como um sujeito perdido em Os pequenos lenços (2010) de Guillaume Canet, como um afetuoso pai adotivo em Aluno (2018) de Jeanne Herry, como uma policial empática em BAC norte (2020) de Cédric Jiménez. A sua presença reflecte o nosso lado bom e a nossa boca grande, garantindo a modéstia que às vezes passa por nós.

Seu segundo longa-metragem como diretor, O Grande Banho (2018), revelou uma parte mais sofisticada de sua identidade. Esta comédia popular – um grupo de cinquenta e poucos anos deprimidos que abandonam a rotina para treinar nado sincronizado numa piscina municipal – distinguiu-se por um sentido de cenário, chique e gráfico, espaços lunares e melancólicos e um burlesco situacional.

Cinco anos depois deste saboroso coquetel neurótico e alegreamor ufa parece um rolo compressor. Inspirado no romance do irlandês Neville Thompson (Jackie ama Johnser, certo? Poolbeg, 1997) e amadurecido durante dezassete anos pelo seu realizador, este fresco de quase três horas em torno do amor verdadeiro (e de todas as outras formas de amor possível, filial, amigável, conjugal, etc.) é uma grande máquina que vai all-in. Construído como um díptico ao longo de duas décadas, o filme pretende mergulhar seus protagonistas e, por extensão, os espectadores em uma experiência psicofisiológica completa, desencadeando neles todas as emoções conhecidas desde que o psicólogo Paul Ekman, especialista no assunto, investigou sobre a questão. Números de dança de musicaislongas sombras de film noir, dias chuvosos de uma crônica social, beijos de comédias sentimentais, belas fugas de filme adolescente em apoio. Nisto, Gilles Lellouche promete ubiquidade, adoptando tantos pontos de vista quanto possível, como esta cena em que a câmara vê simultaneamente os dois lados de uma porta.

Continue após a publicidade

Descobertas

Apesar da impressão de estar presente em uma bancada de testes cujo objetivo seria comparar práticas e desempenhos formais, é difícil não derreter diante dessa profusão sensível que parece emanar de uma masculinidade antiquada, briguenta e desordenada, atualmente em desconstrução. Somam-se a isso algumas descobertas reflexivas, como esta goma de mascar mastigada pelo seu ente querido, que bate como um coraçãozinho, na parede do quarto de um adolescente.

Algumas palavras sobre o enredo. Década de 1980, uma paisagem de tijolos no norte da França. Jackie (Mallory Wanecque), calça xadrez e mocassins polidos, e Clotaire (Malik Frikah), couro e arma, se encontram na saída de um ônibus escolar. Ela estuda, ele sai. Se apaixonar. Mas o menino está preso em uma vida que dá errado. A história deles é a de um amor impossível, como tão bem resumiu François Truffaut neste epitáfio “nem com você nem sem você”Em A mulher da porta ao lado (1981).

Você ainda tem 37,84% deste artigo para ler. O restante é reservado aos assinantes.

Siga-nos nas redes sociais:

Continue após a publicidade

Hotnews.pt |
Facebook |
Instagram |
Telegram

#hotnews #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *