Hot News
Esperado a partir desta quarta-feira, 21 de agosto, no cinema, Pisque duas vezes marca a estreia de Zoë Kravitz na direção em um interessante thriller psicológico que lembra o trabalho de um certo Jordan Peele…
Em sua primeira incursão atrás das câmeras, Zoë Kravitz aborda o gênero de suspense psicológico. Para a ocasião, a jovem cineasta, já consagrada como atriz no cenário hollywoodiano (O Batman, Pequenas Grandes Mentiras…) escolheu como cenário a ilha paradisíaca de um magnata da tecnologia, Slater King (Channing Tatum). Este último permanece regularmente ao lado do seu clube de meninos e conta com uma certa decadência para atrair meninas para as suas redes.
Além disso, a próxima presa de Slater não é outra senão Frida (Naomi Ackie), uma garçonete que sonha com uma vida melhor e que vê no convite do bilionário uma oportunidade para escapar de sua condição. Só que por trás das ondas de champanhe existe uma realidade mais sombria, mais violenta e mais assustadora. Frida percebe que algo está errado e pretende descobrir a verdade…

Em algum lugar entre Solstício de verão e Sair
Com Pisque duas vezesZoë Kravitz não esconde suas referências. É difícil, de facto, não pensar no cinema de Ari Aster e em particular no seu arrepiante Solstício de verão. Aqui, a cineasta utiliza o cenário idílico de uma ilha para realçar a monstruosidade de seus personagens. Processo utilizado pelo realizador norte-americano na sua longa-metragem de 2019, uma vez que optou por filmar a angústia de Florence Pugh durante um festival sueco em que o sol nunca se punha.
Em estoque
Compre em Fnac.com
Contudo, talvez seja o cinema de Jordan Peele que Zoë Kravitz mais invoca no seu primeiro filme. O diretor parece oferecer com Pisque duas vezes sua própria versão de Sair (2018), usando a atmosfera indutora de ansiedade, horror e reviravoltas sórdidas para entregar a sátira social.
Enquanto o cineasta aclamado pela crítica após sua coroação no Oscar 2018 de melhor roteiro original denunciou o racismo em seu thriller, e assim evocou relações inter-raciais, Zoë Kravitz está abrindo seu próprio sulco: o do feminismo, e o lugar das mulheres constantemente abusadas na modernidade. sociedade.

Uma primeira tentativa bem-sucedida?
Através de uma galeria de histórias engraçadas, sensíveis e durona — lembrando também a importância da irmandade — a diretora explora a relação com os homens, mas principalmente com os traumas. Assim, ao fazer uma ligação com os males ligados à sociedade pós #MeToo, o diretor também questiona questões mais profundas e existenciais: como conviver com o passado? Como isso nos molda? É melhor esquecer isso?
Entre o horror, a psicologia, mas também uma certa filosofia, Pisque duas vezes parece ser uma produção densa que questiona o destino dos personagens tanto do ponto de vista íntimo quanto social. Se a receita não é mais revolucionária, o filme também sofre de alguns atalhos de roteiro, o diretor conseguiu oferecer uma interessante criação original para uma primeira tentativa.
É o caso também de Channing Tatum que encontra aqui um dos seus melhores papéis. O ator apareceu recentemente em Deadpool e Wolverine oferece uma interpretação tão cativante quanto angustiante e prova que é capaz de sair da sua zona de conforto. Naomi Ackie, por sua vez, eletriza a câmera enquanto seu olhar lacrimoso às vezes lembra aquele agora culto a Daniel Kaluuya em Sair. Contudo, resta saber se Pisque duas vezes experimentará o mesmo sucesso crítico e público que seu antecessor. De qualquer forma, esse é todo o mal que lhe desejamos!
Pisque duas vezes de Zoë Kravitz com Naomi Ackie, Channing Tatum e Alia Shawkat, 1h42, 21 de agosto no cinema.
Siga-nos nas redes sociais:
Hotnews.pt |
Facebook |
Instagram |
Telegram
#hotnews #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual