Março 23, 2025
Adeus a Gaetano Pesce |  Elle Decor

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No dia 4 de abril de 2024, o mundo acordou com más notícias: Gaetano Pesce E morreu. “É com grande tarar que anunciamos o falecimento do visionário fundador. Ao longo de seis décadas, Gaetano revolucionou o mundo da arte, do design, da arquitetura e dos espaços liminares entre estas categorias. Sua originalidade e coragem são incomparáveis. Apesar dos problemas de saúde, mormente no último ano, Caetano manteve-se positivo, galhofeiro e sempre curioso”, anunciou a sua página solene do Instagram. “Ele deixa filhos, família e todos aqueles que o adoravam. Sua singularidade, sua originalidade e sua mensagem próprio vivem através de sua arte.” Entre as instalações mais esperadas do Fuorisalone deste ano, marcado para a próxima semana, também estava Prazer em ver você – O varão cansado. Nos espaços da Pinacoteca Ambrosiana, o designer apresentaria uma monografia de obras inéditas, selecionadas além de sua função. E escolhido, em vez disso, pelo papel emocional capaz de iniciar reflexões além dos limites da material. Porque a material, finalmente, a espírito das coisas e a revolução em torno dos objetos foram três dos pilares que sustentaram a investigação de Pesce. Uma reflexão que durou sessenta anos. Ele estava cansado, sim. E de sua moradia em Novidade York, aos 84 anos, deixou um imenso legado ao universo das artes. Destinados a insistir, ensinar e produzir continuamente.

Sessenta anos seriam úteis para lembrar tudo o que ele fez na vida. Arquiteto, urbanista, designer. Um currículo feito de dias de viagem pelo mundo e uma paixão sincera por materiais flexíveis capazes de revolucionar a abordagem aos objetos. E não só. Nascido em La Spezia em 8 de novembro de 1939, cresceu (artisticamente) entre as mesas da IUAV em Veneza, quando a arquitetura já era matéria de conversa o ano todo. E aí estavam Carlo Scarpa e Ernesto Nathan Rogers: pensar era uma atividade visionária. Vinte anos depois chegou a vez do Grupo EnneA, uma experiência de 365 dias (aproximadamente) com os colegas: Tino Bertoldo, Alberto Biasi, Tolo Custoza, Sara Ivanoff, Bruno Limena, Manfredo Massironi, Milla Muffato e Gianfilippo Pecchini. Depois a confirmação. Gaetano Pesce, em 1972 no MOMA de Novidade York, participou da famosa exposição (agora e sempre) na boca de todos: Itália: o novo cenário domésticocolocando em cena a pesquisa radical, o estabilidade de poder na história do “fazer”.

Suas obras estão presentes em mais de trinta coleções dos mais importantes museus do mundo. Gaetano Pesce está no Metropolitan Museum de São Francisco e ao mesmo tempo no German Vitra Museum; no Victoria and Albert Museum em Londres e também no Centre Pompidou em Paris – só para reportar alguns. Com a capacidade de transformar a imaginação em coisas, o designer nos fez sentar em cartazes de frase política. E uma vez que podemos não lembrar Série ACIMA criado para B&B Itália. Um traste que, mais do que a soma dos seus elementos, é a história ainda muito atual da exigência feminina contemporânea. Porque, quando o design era um grito, e não exclusivamente uma reflexão estética, Gaetano Pesce estava lá com o seu Pôr do sol em Novidade Yorkcriado em 1980 para Cassina, e seu Lâmpada Moloch para Popeye. E depois houve a sua operosidade uma vez que estatuário, que o levou (entre muitas coisas) a assinar Partes do corpo, transformando joias em uma pasta usável. A recente colaboração com Bottega Veneta – através de uma instalação intitulada venha e veja: uma caverna multissensorial na via Montenapoleone em Milão – deu vida a duas malas, Minhas queridas montanhasE Minhas queridas pradarias, uma narrativa (através de objetos) em torno de sua juventude passada nas montanhas do Oriente e nas pradarias da América. Rebobinando a fita, de olho no porvir: mala na mão, Caetano. A viagem não termina cá, porque “a morte assume uma grande responsabilidade, tirando-nos a vida”.

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Foto de Alessia Musillo

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Alessia Musillo é editora da Elledecor.it. Formada pela Universidade Estadual de Milão com tese realizada na Instalação Treccani de Milão, também estudou Línguas Modernas na Universidade de Strathclyde em Glasgow (Reino Unificado) e Semiótica na Universidade de Tartu (Estônia). Depois de ter colaborado com diversos jornais, hoje transforma atualidades em histórias ao redigir sobre cidades, design e cultura pop para o site Elle Decor Italia. Você pode segui-la no Instagram (@alessia__musillo) ou lendo Elledecor.it. Seus artigos são viagens na trilha da vida contemporânea. Seu veículo? A vocábulo.

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