Antonio Paolucci – Cortesia dos Museus do Vaticano
Num país porquê o nosso, onde muitas, demasiadas pessoas enchem a boca com a vantagem do património cultural e depois o rebaixam a um cenário de desfile ou a uma moeda de troca, temos realmente de lamentar o falecimento de Antonio Paolucci, ocorrido ontem em Florença aos 84 anos, uma figura que sempre soube coligar a extraordinária cultura de um historiador da arte a uma altíssima visão social, fusão tornada provável pela consciência do que realmente significa a termo “cultura”.
O seu currículo, em grande segmento porquê funcionário público, diz isso de forma transparente. Paolucci, nascido em Rimini em 29 de setembro de 1939, foi superintendente em Veneza, Verona, Mântua, Brescia e Cremona, depois diretor do Opificio delle Pietre Dure em Florença; na cidade toscana, à qual permaneceu muito ligado tanto do ponto de vista profissional porquê humano, Paolucci foi ao longo dos anos Superintendente do Patrimônio Artístico e Histórico de Florença, Pistoia e Prato, o primeiro superintendente do Multíplice Museológico Florentino e finalmente diretor universal da espaço cultural da Toscana. Uma presença, porquê recordou a novidade diretora do Uffizi Simone Virente, continua hoje: «Antonio Paolucci possuía a capacidade de governar a arte e o seu mundo, de supervisionar os seus delicados equilíbrios. As Galerias Uffizi incluem vários funcionários que cresceram à sua sombra. Em sua homenagem, o Auditório do museu, onde tantas vezes encantou com as suas palavras, terá o seu nome.” A qualidade do vínculo com Florença é demonstrada também pelo que ontem foi expresso pelo Padre de Florença, Giuseppe Betori, que definiu Paolucci porquê «um varão de fé que ajudou a redescobrir e valorizar o teor religioso do património artístico. A nossa Igreja deve-lhe a percepção do sistema de museus vicariais, que nos permite manter obras de arte em áreas que estariam em risco em edifícios religiosos que não estão devidamente guardados”.
Paolucci logo trouxe a mesma dedicação em graduação vernáculo. De Janeiro de 1995 a Maio de 1996 ocupou o incumbência de Ministro do Património Cultural no governo técnico de Lamberto Dini, influenciando substancialmente a percepção do património público e a sua utilização, apesar de somente 18 meses no governo. Paolucci foi encarregado de tarefas muito delicadas também do ponto de vista da atenção da opinião pública vernáculo: em seguida o terremoto que atingiu a Úmbria e as Marcas em 1997, foi nomeado comissário inacreditável do governo para a restauração da basílica de São Francisco em Assis, acompanhando e facilitando o trabalho em todas as etapas. Em 2018 também esteve envolvido no processo de reconstrução da basílica de San Benedetto em Norcia, parcialmente destruída pelo terremoto no meio da Itália em 2016.
Por termo, é impossível olvidar os nove anos adiante dos Museus do Vaticano, de 2007 a 2016, para onde foi chamado por Bento XVI: um papel que chegou ao termo da sua curso, mas que Paolucci interpretou com excitação verdadeiramente juvenil, direcionando cada vez mais o Vaticano para uma gestão moderna de museus. Barbara Jatta, que o sucedeu porquê diretora, recordou porquê Paolucci acreditava «que os museus eram uma “máquina cultural” complexa e maravilhosa, sempre em movimento, de manhã ao amanhecer até tarde da noite». Em pessoal, Paolucci fundou o Gabinete do Conservador dos Museus do Vaticano “delineando – continua Jatta – uma novidade figura profissional e desenvolvendo aquela manutenção preventiva que se tornou, graças à sua visão, agora principal para a gestão do nosso património cultural”. O Papa Francisco quis recordar o seu serviço “generoso e competente”.
Antonio Paolucci formou-se em história da arte em Florença em 1964 com Roberto Longhi, em seguida extensos estudos sobre o Renascimento, Caravaggio e os Caravaggescos e o Barroco. Escreveu em “Paragone”, “Bollettino d’Arte”, “Arte Cristiana”, publicou diversas monografias dedicadas a Piero della Francesca, Luca Signorelli, Antoniazzo Romano, o Batistério de San Giovanni em Florença, a Pietà de Michelangelo. Museu da Itália (1998) havia exposto sua experiência porquê superintendente e ministro em um livro tal qual título se assemelha muito a um de seus pontos fortes, a teoria da Itália porquê um grande museu esparso em que o patrimônio está distribuído por todo o território. Com o mesmo título criou uma série de transmissões para a Rai Cultura, o que tornou sua presença ainda mais familiar. Por outro lado, Paolucci encarnou a responsabilidade para com o património cultural, talvez antes de tudo através da sua divulgação: só tornando-o conseguível ele qualificaria verdadeiramente a sua dimensão pública e comunitária. Paolucci se esforçou muito nesse sentido e a própria Jatta lembra que «porquê nenhum outro Antonio Paolucci soube encantar com seus discursos. Tem gente que tem o dom da fala e ele era o rei dessa categoria. Quem o ouviu só pode confirmar o seu profundo conhecimento das coisas da arte, mas sobretudo a capacidade que tinha de falar delas, encantando e envolvendo com as palavras que saíam, naturalmente fascinantes, da sua boca”. Uma missão e uma paixão cívica à qual Antonio Paolucci também deu corpo através da sua longa e afetuosa colaboração com “Luoghi dell’Infinito”, a revista de arte, cultura e itinerários de Avvenire, da qual foi membro da percentagem científica e cujas páginas ele compareceu assiduamente durante 15 anos, assinando longos trechos em quase todas as edições.