Março 19, 2025
Beyoncé: Country Cowboy Carter só tem algumas guitarras

Beyoncé: Country Cowboy Carter só tem algumas guitarras

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Para entender a valor de Beyoncé no cenário músico contemporâneo, bastam dois números simples: 200 milhões de discos vendidos ao todo em sua curso e 32 prêmios Grammy conquistados, um recorde histórico para uma cantora. Cada álbum do Queen Bey é um evento, basta pensar no sucesso do premiado artista Limonada de 2016, seu trabalho mais pessoal e ao mesmo tempo político, de Tudo é paixão de 2018 junto com seu marido Jay-Z e de Renascimento de 2022, uma efervescente homenagem à black dance music, à qual Beyoncé foi apresentada ainda gaiato por seu tio Jonny.

Também para Vaqueiro Carter, disponível a partir de hoje em streaming, CD e vinil, o hype foi muito cocuruto, até porque o álbum marca a estreia do Queen Bey na redondel country, gênero mais tradicional e querido no mais profundo dos Estados Unidos, muito dissemelhante dos arranha-céus de Novidade York e as longas praias de Los Angeles.

No primeiro single lançado em fevereiro Texas Hold’em, que chegou ao topo do Hot Country Songs, a rainha urbana faz clara referência às raízes conservadoras presentes na história da música sertaneja, principalmente no que diz reverência à cor da pele. “Sinto-me honrada por ser a primeira mulher negra com o single número um na paragem Hot Country Songs”, escreveu Beyoncé em suas páginas sociais. «Isto não teria sucedido sem o base de cada um de vocês. Minha esperança é que daqui a alguns anos a menção à raça de um artista, em relação à publicação de gêneros musicais, seja irrelevante.”

Apesar da primeira escuta Vaqueiro Carter, com o violão sempre no meio das músicas, soa muito dissemelhante do bumbo eletrônico e dos teclados hipertróficos do Renascimento, para Beyoncé os dois álbuns estão em perfeita perpetuidade: “Penso neste álbum porquê a prosseguimento do anterior. Espero que esta música seja vivida porquê uma experiência, que crie outra viagem para embarcar fechando os olhos, começando do prelúdios para não parar mais. Levante não é um álbum country. Levante é um álbum da Beyoncé. Levante é o Ato II Cowboy Carter, e tenho orgulho de compartilhá-lo com todos vocês.”

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O lema do ávido ex-líder do Destiny’s Child sempre foi “fazer grande” e mesmo para seu último esforço Beyoncé fez coisas grandes, a estrear pela duração extra-grande do álbum, com 27 músicas e 80 minutos de duração. Um pouco demais para serem ouvidas do início ao termo, mas sabemos que, na era do streaming, quanto mais músicas são publicadas, maior é a possibilidade dos grandes nomes monopolizarem as paradas de singles com inúmeras músicas entre os top 30, seguidos por comunicados de prensa entusiasmados porquê “Tizio tem 16 músicas no top 20” ou “Caio tem 24 músicas no top 30 da Billboard Hot 100”. No mundo músico atual, onde existe uma tendência para publicar álbuns capazes de interceptar múltiplos tipos de públicos ao mesmo tempo, o género é utilizado pelos utilizadores sobretudo para procurar playlists mais adequadas a um determinado estado sonoro ou a um momento específico do dia. Nesse sentido, o álbum country de Beyoncé é uma sumptuoso jogada de marketing, a estrear pela revestimento com a cantora vestida de cowgirl em um cavalo branco, agitando a bandeira dos EUA: considerando o quão fechado e autorreferencial é o mundo da música country, é óbvio que tal álbum será visto porquê fumaça e espelhos pelos guardiões da tradição músico de Nashville. Uma vez que texana de Houston, a música country sempre fez segmento da vida de Beyoncé. Em postagem no Instagram na semana passada, a cantora escreveu que seu novo álbum “nasceu de uma experiência que tive anos detrás onde não me senti bem-vinda”, referindo-se à sua aparição no Country Music Awards 2016, onde cantou sua música. Lições do papai com The Chicks (portanto conhecidas porquê Dixie Chicks).

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Na verdade sobre o país, em Vaqueiro Carterhá pouco, exclusivamente alguns violões, alguns banjos (porquê no single da sorte Texas Hold’em) e convidados porquê Willie Nelson e Dolly Parton, dois campeões absolutos do gênero, que cá, porém, aparecem perdidos e fora de contexto, porquê dois que acidentalmente se encontram em uma sarau para a qual não foram convidados. O álbum é dividido musicalmente em duas partes: a primeira (de Réquiem Americano para Jolene) mais acústico e country em sentido espaçoso; a segunda, a partir de Espaguete (!), mais urbano, soft-rock, até rap. A escolha de colocá-la porquê segunda música é surpreendente, depois da sugestiva introdução de Réquiem Americanouma revestimento de Passaro preto dos Beatles. Na veras, Paul McCartney escreveu aquela esplêndida música inspirada na discriminação que nove estudantes negros sofreram em 1957, depois de se matricularem no liceu de Little Rock (frequentado quase exclusivamente por brancos): uma mensagem anti-racista que faz todo o sentido num álbum que quer combinar culturas negras com país. Não é por eventualidade que o esmagador T foi escolhido porquê primeiro singleex. Hold’em, a música mais satisfeito, imediata e pronta para dançar, enquanto a ambiciosa 16 carruagens é uma música cadenciada, poderosa e evocativa, na qual Beyoncé usa um esquina quase rap sobre uma melodia épica. As colaborações com Willie Jones funcionam muito em Unicamente por diversãoPost Malone em Jeans Levii’s e Miley Cyrus em IIMais Procurados, que capta de forma sumptuoso o espírito do paixão jovem e a teoria de viver o momento presente. O cover da música merece uma menção separada Jolene junto com Dolly Parton, que a rainha do country pediu publicamente a Beyoncé para gravar durante anos, tornada mais contemporânea por um novo meio Oito, uma novidade coda e letras que são mais ameaçadoras do que o apelo desesperado do original. O sereno e pastoril Protetor abre com um terno pedido da filha Rumi, que pede à mãe que ouça uma música de ninar. Beyoncé traz à tona toda a sua coragem Filhacom uma narrativa tensa que aborda temas de vingança, autoimagem e legado. Dança do Rio é uma música dance-country surpreendente, com óptimo potencial radiofônico, Sim, sim é uma espírito moderna que aborda os temas da identidade, luta e sobrevivência americana, enquanto o oblíquo Gulodice ★ Querida ★ Buckin, em que o toque mágico de Pharrell Williams funciona menos do que no pretérito. O esforço de produção por trás de um álbum de grande sucesso porquê Vaqueiro Carter, foi titânico, com mais de 50 autores e produtores envolvidos, ainda que, porquê muitas vezes acontece, o número de pessoas envolvidas seja inversamente proporcional ao frescor e à espontaneidade das canções, que sempre foi o coração da música sertaneja, talvez pouco refinada em suas produções, mas profundamente “reais” e cruas.

Ao ouvir o álbum você tem a sensação de que cada som, cada instrumento, cada letra foi analisada, pesada e finalmente aprovada pela grande equipe criativa de Beyoncé, o que, por um lado nos dá um álbum magnificamente produzido, por outro há um certa falta de espírito e espontaneidade. Vaqueiro Carter oferece-nos um novo e surpreendente capítulo na rica discografia de Beyoncé, cujas habilidades vocais são indiscutíveis, mas que, ao mudar de gênero a cada álbum, corre o risco de diluir sua identidade artística porquê talentosa cantora de R&B, lembrada e dulcinéia pelo público principalmente para as músicas (Halo, Crazy In Love, Solteiras, Insubstituíveis) que publicou na dezena de 1910.

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