Março 23, 2025
Depois de Vidas Passadas o ranking dos filmes românticos precisa ser atualizado.  Duas indicações para o Oscar de 2024

Depois de Vidas Passadas o ranking dos filmes românticos precisa ser atualizado. Duas indicações para o Oscar de 2024

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Depois Vidas Passadas o ranking dos filmes românticos precisa ser atualizado. Ok, não entre os dez primeiros onde os clássicos se destacam, mas entre os 30 há um pequeno lugar para o filme escrito e dirigido por Céline Música ele acha que é seguro. Uma encruzilhada de destinos e “vidas passadas” entre as coreanas Nora/Na Young (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), um atrito de corpos (o In-Yun que explicaremos mais tarde) reverberado no tempo (os protagonistas aos 12, aos 24, finalmente aos 36) e no espaço (Seulbate-papo no Skype, Novidade Iorque). Com uma pequena variação estrutural no tempo poderoso: em um bar de Novidade York dos dias atuais, duas vozes fora da tela observam uma mulher coreana na frente delas entre dois homens – um asiático, outro caucasiano (Arthur/João Magaro) – e eles se perguntam o que estão dizendo uns aos outros e que papéis desempenham um para o outro.

É o início do filme que é basicamente um longo flashback sentimental exploratório sobre os três protagonistas. Na Young e Hae Sung, de 12 anos, estão sempre instintivamente juntas nas ruas de Seul, mas ela secção com a família para Canadá seguindo seu pai diretor. Doze anos depois, Na Young se tornou a americana Nora, uma escritora e roteirista consagrada no East Village de Novidade York, e descobre que Hae a procura nas redes sociais: as duas iniciam um bate-papo sincero via Skype que dura semanas até que seja Hae que decide não partir para os Estados Unidos. Mais doze anos se passam. Nora é casada com Arthur, um repórter da mesma idade e um pouco ingênuo porquê ela, mas desta vez Hae chega tímida e irresoluto com o carrinho de verdade na Big Apple. Teremos que definitivamente fazer as contas e entender do que é feito esse sentimento tristonho e nunca entorpecido entre os dois meninos coreanos.

Vidas Passadas é um triângulo amoroso a ser reconstruído e mostrado em sua nunca previsível dificuldade de almas, mas sem sexo e carnalidade, mais borboletas voando no estômago do que arrepios no fundo da bojo. Um filme digno, rodado sobre uma quantidade incalculável de olhares intensos e trajetórias oculares, mas sem nunca focar em close-ups ou muito close-ups. É tanto ar que a câmera de Song sai supra das cabeças dos protagonistas, inundando-os de sons ambientes e, sequência posteriormente sequência, colocando Nora diante do núcleo do triângulo (o carrinho inicial na barra em direção ao rosto dela já dizia tudo).

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Um filme descaradamente e brilhantemente feminino, portanto, porque é na sensibilidade atordoada e magmática de Nora, na sua flutuante percepção efetiva do tumulto do coração que toda a história finalmente se instala: ela vai embora, ela abre, ela fecha, ela sofre, ela embaralha as cartas ( a cena do bar é muito dolorosa unicamente para os dois homens), ela escolhe porquê tudo vai findar. Enfim, mais do que a eterna teoria de portas de decorrer em Vidas Passadas o paradigma interpretativo do encontro recorrente está na suposição místico coreana de In-yun: em qualquer lugar e hora você conheceu alguém que encontrará novamente (até 8.000 esfregações para 8.000 vidas, é dito no filme). Uma suposição encantadora, interpretada com um suave estabilidade entre magia e verdade a nível narrativo, e também autobiográfica para a realizadora que diz ter realmente vivido o que diz no seu filme de estreia. Finalmente, uma notação de gênero: Vidas Passadas é à sua maneira uma síntese magistral da dificuldade sentimental oriundo do universo feminino ladeada pela exibição cada vez mais regateira, regateira, por mais sincera que seja, quando existe, da afetividade masculina. Duas indicações ao Oscar 2024 – diretor e roteiro original -: é uma pena que não haja nenhuma para Greta Lee.

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