Março 22, 2025
Descobrindo o sigilo de Liberato – Giovanni Ansaldo

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09 de maio de 2024 12h22

“Em Napula all ‘quant’ tenimm’ ‘nu segret’”, diz Liberato no início do O sigilo de Liberato, o documentário de Francesco Lettieri e Giorgio Testi que conta a história do cantor napolitano, que nos últimos anos se tornou uma figura cult da música italiana, apesar de nunca ter revelado o rosto. O filme ficará nos cinemas somente uma semana a partir, obviamente, do dia 9 de maio, porquê título de uma das canções mais famosas da cantora.

Liberato fala pela primeira vez com a voz e finalmente revela uma secção de si (até mesmo sua identidade? Por reverência à produção, não daremos spoilers). Do ponto de vista estilístico, o longa-metragem mistura diferentes linguagens: O sigilo de Liberato é ao mesmo tempo um documentário músico, que narra os concertos de 2023, os da passeio europeia em Berlim, Paris e Londres, o encontro triplo na Piazza del Plebiscito em Nápoles e explica a génese do projecto. E há ainda a linguagem da animação, com curadoria de Giuseppe Squillaci e Lorenzo Ceccotti, também divulgado porquê Lrnz, que toma emprestada a estética de Hayao Miyazaki para relatar a puerícia e juventude (ficcionalizada?) do cantor. Nós o vemos párvulo com máscara de Pulcinella ao lado de seu avô, diretor de uma pequena orquestra dentro da igreja de Santa Maria di Materdei que toca Foi em maio; mais tarde o encontramos ainda menino, dando os primeiros passos no mundo da música perseguindo o mito do Daft Punk. Nos créditos finais há também uma música inédita da cantora, intitulada Lúcia (Fique comigo).

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“Nos últimos anos nos ofereceram de tudo: um livro, uma série, um documentário, adesivos. Liberato, no entanto, foi bom em não se vender”, diz Francesco Lettieri via conexão Zoom de sua morada em Pozzuoli. “A certa profundeza, a produtora Be Water chegou e nos ofereceu mais um documentário. Estabelecemos uma requisito, pensando que eles diriam não: fazer um pouco porquê um anime nipónico ambientado em Nápoles. Geralmente as produções fogem quando ouvem a termo animação e em vez disso nos dizem que sim. Partimos da teoria de relatar uma história, ao invés de fazer um documentário músico, buscando uma estrutura o mais linear provável. Pessoalmente, fui inspirado por Cattelan está morto! Viva Cattelan! está em Saia pela Loja de presentes por Banksy. Não sou fã de documentários de música clássica, mas sim daqueles transgressão Verdadeiro. Com esse projeto tentamos fazer um pouco não só para os fãs do Liberato, mas também para todos os demais. O facto de poder distrair com o mistério ligado à sua identidade também nos ajudou. Foi um pouco porquê uma história de detetive.”

Porquê diz o próprio diretor em uma cena do filme, o fenômeno Liberato começou com uma mensagem em caps lock recebida de um perfil anônimo: “UEUE”. Quando Lettieri respondeu “Quem é você?”, a resposta foi simplesmente “TE POZZ’ MANNÀ ‘NU PIEZZ’?” (posso te enviar uma peça?), a que se seguiu o envio de um registo denominado “9-5.mp3”. Era Nove de maio, primeira música lançada pelo Liberato em 2017 com um vídeo filmado com orçamento bastante plebeu pelo próprio Lettieri junto com um coletivo formado por amigos, aqueles que na idade se autodenominavam irmãos Cazzimma. Só mais tarde, porquê explica o filme, entrou em cena o selo romano Petardo disco, o mesmo de Calcutá e Ariete.

“A produção do documentário começou durante a turnê europeia”, continua Lettieri, acariciando a barba escura. “Normalmente um documentário sobre um músico é construído a partir de imagens de um show e de uma entrevista com o artista. Não podendo entrevistar Liberato, pois ele nunca dá declarações, aproveitamos as imagens dos bastidores das apresentações. E supra de tudo focamos nas pessoas que trabalharam no projeto. Na idade, alguns, talvez por inveja, falaram de um projeto estudado na prancheta, financiado pela Nike e pela Adidas (duas marcas que aparecem no vídeo Nove de maio), mas a verdade é exatamente o oposto. Nunca houve estratégias de marketing por trás desta operação, somente ideias que funcionaram.”

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Pergunto a Lettieri se foi difícil integrar esses planos com a história contada através da animação. “Corremos um pouco para terminar a tempo, mas estamos felizes com o resultado. A teoria inicial era fazer Miyazaki em Nápoles, brincando entre nós dissemos: ‘Temos que fazer isso O menino do bairro‘ (a referência é O menino elgarça, ed.). Mas, evidente, as referências estéticas também foram outras, porquê Daft Punk e Pulcinella, figuras muito queridas por Liberato. Entre outras coisas não sei porquê nos permitiram usar uma música do Daft Punk Veridis quoe um dos juízes, Nós somos seus amigos”, explica o diretor.

Assistindo ao documentário, você pensa porquê é difícil cuidar da logística de cada apresentação do Liberato. Porquê explica Lettieri, cada vez é uma proeza: “Quando temos que reservar um voo ou um hotel, sem falar quando entramos em Poggioreale, não podemos entregar-lhe o documento e é um frenesim. Em diversas ocasiões, ameaçar explodir tudo foi a única maneira de fazer alguma coisa. Mas com ele é difícil até consumir uma pizza, há o risco de alguém o reconhecer”.

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Entre as melhores lembranças dos últimos anos, o diretor guarda o show na Piazza del Plebiscito: “Eu estava no coche com ele no caminho do hotel para o show. Foi recreativo, havia uma ótima atmosfera Onze do oceano. A data à qual continuo mais apegado, porém, é a primeira, a da rotunda de Díaz, na orla marítima de Chiaia. Foi a primeira vez que ele fez um concerto em Nápoles, milhares de pessoas compareceram e fiquei muito entusiasmado”.

Num sentido, O sigilo de Liberato parece fazer questão do projeto, que já superou a tempo de sucesso inesperado e está consolidado. E por um lado, provavelmente, a atenção mórbida em torno da identidade do cantor napolitano diminuiu. Portanto, por onde Liberato começará de novo? “O objetivo, talvez também graças ao filme, é levar Liberato para o exterior. Os seus concertos em dois grandes festivais europeus porquê o Primavera sound e o Sziget são o primeiro passo, esperamos fazer outros”, conclui Lettieri.

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