Setembro 19, 2024
Em Matera, há 800 mil anos, existia um arquipélago de ilhas
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Perto de Matera, onde foi encontrada a Baleia Juliana, existia um arquipélago de ilhas há 800 mil anos! Os estudos foram ilustrados pela primeira vez por ocasião do Congresso Nacional da Sociedade Geológica Italiana e da Sociedade Italiana de Mineralogia e Petrologia, realizado em Bari.

“Na zona de Matera, há 800 mil anos existia um arquipélago de ilhas. O resultado é o resultado de pesquisas importantes e recentes, concluídas há algumas semanas e que ilustramos no Congresso Nacional Conjunto da Sociedade Geológica Italiana e da Sociedade Italiana de Mineralogia e Petrologia. A atividade de pesquisa levou em consideração a sedimentação encontrada sob os ossos fósseis da Baleia Juliana. A Baleia Juliana é o maior fóssil de baleia já descrito e é muito provável que já tenha navegado pelas águas do Mediterrâneo. Giuliana tem 26 metros de comprimento e pesa entre 130 e 150 toneladas e foi descoberta em 2006, mas os resultados das pesquisas realizadas sobre esta sedimentação datam de agora. A amostragem e o estudo exigiram longas fases.

Hoje os fósseis encontrados estão expostos no museu Matera. Pela primeira vez, porém, apresentamos os estudos geológicos e paletológicos que realizamos. Nós, geólogos, reconstruímos o ambiente natural da época da baleia. Estudamos a sucessão estratigráfica, redescobrindo o ambiente natural de 800 mil anos atrás. Analisamos as rochas. As rochas são importantes na reconstrução da história da Terra, principalmente as rochas sedimentares porque, ao sedimentarem, registram o ambiente em que se encontravam. Ao estudar a sucessão estratigráfica, podemos reconstruir ambientes naturais no tempo e no espaço. Abaixo dos achados de ossos de baleia, recuperamos alguns sedimentos que analisamos. Tendo analisado este sedimento, chegámos à conclusão de que naquela época, portanto há 800 mil anos, existia naquele ponto um arquipélago de ilhas. A Baleia foi encontrada em uma camada que representa um ambiente muito próximo da costa. Porém, não sabemos se ela morreu naquele momento, pois pode ter sido transportada por correntes e predadores. Mas foi encontrado nessa camada. A investigação diz-nos que muito provavelmente existia um arquipélago de ilhas e a baleia estava à beira de uma ilha.” A afirmação é de Maria Rosaria Senatore, geóloga, especializada em geologia estratigráfica e sedimentologia, professora da Universidade de Sannio, na Campânia.

“Até 60 amostras foram analisadas. O estudo é multidisciplinar porque essas amostras foram analisadas do ponto de vista sedimentológico, estratigráfico, micropaleontológico, mas outro aspecto interessante que contribuiu para esclarecer o ambiente natural foi o do estudo do pólen encontrado nos sedimentos. São muitas as entidades envolvidas no projeto de investigação – declarou Agostino Meo da Universidade de Sannio – como a Universidade de Sannio que é a líder do projeto, os Departamentos de Ciências da Terra e Ciências Biológicas Naturais da Universidade La Sapienza de Roma, o ISMAR de Nápoles e a Universidade Roma Tre. Os resultados são importantes. É muito interessante que durante o Pleistoceno Inferior a área de Matera era constituída por um arquipélago com muitas pequenas ilhas. Portanto Matera se confirma como um local de grande interesse também para o geoturismo. Um sítio onde foi descoberto um fóssil tão importante representa certamente um geossítio que também poderia ser utilizado para um turismo consciente e inteligente.”

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