Março 22, 2025
Françoise Hardy não canta mais

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Quinta-feira, 13 de junho de 2024 – Foco

Levante a mão, entre os…. caso contrário, jovem, que não se lembra de “Tous les garçons et les filles et les filles”, a cantiga que mais identifica Françoise Hardy. Havia melodia, voz, identidade de quadra, ternura e aquela secção de mandinga indefinível que pertence a certas obras que se instalam na memória, no sentimento, na saudade. Há músicas assim, não pretendo fazer um catálogo, que carreguemos connosco nas várias fases da nossa vida. E depois ela, Françoise, tão linda, guloseima, quase frágil, tão francesa. Quando ele apareceu na televisão a atenção foi grande.

As meninas da quadra a tomavam porquê protótipo, pelo seu estilo, pelas suas roupas, pelos seus gestos. Era 1962. O ano que lembrou os Beach Boys com seu single avassalador, “Surfin’ Safari”, o grupo pop que desafiou Bob Dylan pela teoria do sonho americano. Cá Adriano Celentano vence o Cantagiro com “Fique longe de mim”. Gianni Morandi e Rita Pavone entram. E ela, Françoise, transitou entre essas diferentes propostas. Uma deleitável assistência foi-lhe dada por Catherine Spaak, que retomou a sua cantiga em italiano, “Quelli della miaetà”. Catherine não tinha falta de charme e talento. E logo, pode-se expressar que os dois tinham um tanto em geral, eram um pouco parecidos.

Aqueles anos sessenta foram um belo momento italiano, a era do chamado boom. A guerra perdida, a pobreza, os medos, as ansiedades que se seguiram tornaram-se uma memória que não deve ser evocada. Poucos, mas havia verba, os italianos compravam o Fiat 500 parcelado, muitos iam para o mar ou para a serra em agosto, as mulheres podiam comprar uma roupa elegante, sapatos de salto tá, com plebeu dispêndio. Os salários cobriam as necessidades básicas das famílias. O cinema italiano impôs-se com a sua Comédia. Eram filmes porquê I soliti ignoti ou Il sorpasso. E teve a chamada dança do tijolo. A música de Françoise era perfeita. Você poderia segurar seu parceiro, tentar uma abordagem. Naquele novo e quase feliz mundo italiano, Hardy era um protótipo lindo e memorável. Na França ela era muito querida e respeitada. Ela conseguiu evoluir e ampliar seus interesses. Ela se aplicou à psicologia, astromância e questões sociais.

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Muitos artistas franceses tomaram-na porquê protótipo e dedicaram-lhe as suas obras.
Bob Dylan menciona o galicismo no poema “For Francoise Hardy at the Seine’Edge”. Jacques Prévert dedicou-lhe um texto intitulado “Une plante verte”, que recitou no Olympia de Paris. Robbie Williams cantou a música “You Know Me”, uma tradução para o inglês da música “Voilà” de Hardy. Carla Bruni e Laurent Voulzy interpretam “Tous les garçons et les filles et les filles” na Ópera de Paris.
Estes são unicamente alguns dos artistas e “sensibilidades” que se dedicaram a Françoise Hardy. Porquê podemos não lembrar disso.

Foto: República.

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