Março 20, 2025
Jornalistas do La Repubblica desconfiam do diretor Molinari.  Aviso de assinatura por 24 horas

Jornalistas do La Repubblica desconfiam do diretor Molinari. Aviso de assinatura por 24 horas

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A câmara de jornalistas de República aprovou por ampla maioria (164 sim, 55 não, 35 abstenções) uma moção de repreensão ao diretor Maurizio Molinari e proclamou greve de assinatura por 24 horas. Uma greve proclamada pelo Cdr para denunciar a seriedade dos factos que levaram à repreensão do serviço de fenda do Finança de negócios na edição de 8 de abril.

O diretor tem o poder de resolver o que é ou não publicado no jornal que dirige, mas não de intervir na desfecho do trabalho de investigação, verificação dos factos e confrontação com fontes por secção de um colega, mormente se acordado com a equipa editorial. Desta forma, a autonomia de cada jornalista é prejudicada República e isto constitui um precedente que põe em pretexto, para o porvir, o valor do nosso trabalho.

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O Cdr considera também grave que a mediação tenha levado ao bloqueio da sensação do jornal, nomeadamente porque a gestão já tinha oferecido luz virente à publicação. É um sinal de falta de organização que expõe o trabalho de todos a uma arbitrariedade descontrolada. O CDR condena o desperdício de tempo e recursos na reimpressão de secção do Finança de negócios, num momento em que a equipa editorial com mais um projecto de reforma antecipada é chamada a fazer novos sacrifícios; relatar porquê o incidente expõe República de forma negativa perante os seus interlocutores externos e perante os leitores, nomeadamente o facto de durante algumas horas as duas aberturas do Finança de negóciosantes e depois da mediação gerencial.

O que aconteceu é o último incidente de uma série de erros sensacionais originados em escolhas de gestão que colocaram o trabalho coletivo de República.
Os jornalistas de República retiram as suas assinaturas do jornal e do site durante 24 horas – assinaturas mortificadas pela mediação da gestão – para proteger a sua pundonor e independência profissionais.

Por todas as razões listadas supra, o Cdr colocou o voto de suspicácia no diretor para votação na câmara Maurício Molinari.

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