Allegri recebe menos da metade do salário da próxima temporada e bônus do ano que acabou de terminar
Massimiliano Allegri e Juventus enterram a machadinha. Ontem, à hora do jantar, o clube da Juventus, através de uma nota no seu site, oficializou o convénio com o velho treinador, unicamente dois dias posteriormente a exoneração por justa razão. “O Juventus Football Club e Massimiliano Allegri anunciam que acordaram mutuamente a rescisão do contrato de rendimento desportivo no final da presente quadra desportiva. O clube, ao agradecer a Massimiliano Allegri pelos resultados desportivos alcançados ao longo dos anos primeiro do equipe, gostaria de desejar-lhe o melhor para seu horizonte profissional.”
Quantia para feliz
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Uma nota concisa, na qual não são fornecidos os detalhes do convénio. O aperto de mão, porém, aconteceu ontem em um sabido escritório de advocacia no meio de Milão, na mesma rua onde no pretérito foi sediado um dos dois clubes milaneses. Mas porquê é verosímil que as duas partes tenham chegado a um convénio em tão pouco tempo, posteriormente a exoneração por justa razão anunciada no dia da final da Liga dos Campeões (sábado)? Na verdade, os advogados da Juve e os advogados de Allegri já haviam chegado a uma espécie de convénio na semana passada, mas no último momento, quando faltavam unicamente as assinaturas, foi o próprio Max quem desistiu. Daí a irritação do clube e o e-mail certificado para notificar o treinador do Livorno da sua exoneração por justa razão, ao que o treinador inicialmente quis responder com um recurso e uma contra-ação por danos à sua imagem. Ontem, mais uma reviravolta de Allegri (também recomendada pelos amigos mais próximos) e as assinaturas de rescisão do contrato, que neste momento encerram definitivamente o objecto. Os números? Max teria (a condicional é obrigatória porque não há informação solene) renunciado a mais de metade dos 7 milhões de euros líquidos mais bónus do último ano do seu contrato com a Juve. Mas também estavam em jogo os prémios da temporada que acaba de terminar com a qualificação para a próxima Liga dos Campeões e a vitória da Taça de Itália.
o horizonte do feliz
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Neste ponto, a Juve pode continuar com a tábua estabelecida no processo de informação do novo treinador. O primeiro passo foi, aliás, a solução com Allegri. Missão cumprida, com muitas (preciosas) economias. Agora, o consórcio com Thiago Motta, sucessor de Max no banco da Juventus, deve ser formalizado: as assinaturas podem chegar antes do término de semana, enquanto o proclamação está previsto para meados do mês. E Máx.? O treinador de Livorno está livre para encontrar uma equipe. Já há um ano, a Arábia Saudita tentou tentá-lo com ofertas muito ricas (sobretudo a do Al Hilal). Allegri, porém, parece mais propenso a permanecer na Europa. É verosímil que, caso não chegue de repentino uma oportunidade digna das suas ambições (Manchester United?), ele continue à espera de uma chamada.
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