Setembro 28, 2024
Kim Jong Un tornou-se importante para Vladimir Putin

Kim Jong Un tornou-se importante para Vladimir Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, inicia nesta terça-feira uma visitante de dois dias à Coreia do Setentrião, sua primeira viagem ao país desde 2000 e a primeira de um líder estrangeiro a Pyongyang desde a pandemia do coronavírus. Em Setembro, o ditador norte-coreano Kim Jong Un foi à Rússia e essa visitante marcou o início de uma relação mais estreita entre a Rússia e a Coreia do Setentrião, ambos países muito isolados na comunidade internacional. Foi feito um tratado, oficialmente refutado pelas duas partes envolvidas, para enviar armas norte-coreanas à Rússia, que as utiliza para concordar a invasão da Ucrânia.

A visitante de Putin à Coreia do Setentrião marca um maior alinhamento dos dois países, definido por Kim Jong Un uma vez que “uma relação indissolúvel de camaradas de armas”. Para a Rússia, não estão exclusivamente em jogo o fornecimento de munições, mas também o base da Coreia do Setentrião no confronto mais grande de Vladimir Putin com o Oeste. Esta proximidade complica a política dos EUA na Ásia, pressiona a Coreia do Sul, principal aliada dos países ocidentais na região, e pode limitar as decisões dos organismos internacionais de isolar o regime norte-coreano.

A visitante de Putin, acompanhada por ministros e altos funcionários, durará dois dias, depois a delegação russa irá também ao Vietname. Imagens de satélite mostraram preparativos para um grande desfile na terreiro mediano de Pyongyang, enquanto a filial de notícias russa TASS anunciou que serão assinados acordos para substituir os anteriores em 1961, 2000 e 2001. Putin fez uma visitante solene à Coreia do Setentrião em 2000, seu primeiro ano. uma vez que presidente, conhecendo Kim Jong Il, pai do atual líder. Mas posteriormente as relações entre os dois países permaneceram bastante mornas, as trocas comerciais limitadas e a colaboração militar nula e sem efeito. A Rússia também aprovou numerosas sanções internacionais contra a Coreia do Setentrião, introduzidas pela primeira vez em 2006, depois o primeiro teste nuclear do regime.

A reunião em Vladivostok em setembro de 2023 (Yuri Kadobnov/Pool Photo via AP)

As coisas mudaram drasticamente depois a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022: o notável isolamento internacional do regime de Putin e o namoro de muitos laços comerciais com os países ocidentais que aprovaram sanções aproximaram as duas nações. A Rússia inicialmente recorreu à Coreia do Setentrião em procura de novas fontes de fornecimento de armas para aumentar os seus próprios fornecimentos, reduzidos pelo uso manente na guerra na Ucrânia e pelas sanções internacionais. A Coreia do Setentrião tem uma boa disponibilidade de projéteis de artilharia, foguetes e outras munições, embora de qualidade considerada baixa. Em vez disso, precisa de praticamente tudo o resto, começando por provisões, vontade e combustível, muito uma vez que tecnologias de cocuruto nível para desenvolver o seu programa militar, de mísseis e nuclear, muito uma vez que o seu programa de satélites espiões.

De tratado com fontes de lucidez sul-coreanas, a Coreia do Setentrião forneceu à Rússia 11.000 contentores de armas desde Setembro, principalmente munições de artilharia de 152 mm e lançadores de foguetes. Em troca, teria obtido um número semelhante de contentores de ajuda e combustível, mas também base tecnológico: os dois países sempre negaram estas trocas, enquanto a extensão do base tecnológico fornecido pela Rússia continua a ser contestada. De tratado com muitos especialistas e observadores internacionais, neste momento a Rússia pode ter cumprido alguns dos pedidos da Coreia do Setentrião, que diziam reverência a tecnologias relacionadas com submarinos nucleares, mísseis balísticos intercontinentais e mísseis hipersónicos. O regime de Putin não estaria disposto a fornecer informações relevantes neste domínio, embora possa já ter ajudado a Coreia do Setentrião no sector da tecnologia espacial: depois o fracasso do lançamento de um satélite em Maio, uma segunda tentativa em Novembro foi muito sucedida (mais três são previsto para 2024).

Vladimir Putin com Kim Jong Il em Pyongyang em 2000 (ANSA-CD EPA PHOTO POOL/ITAR-TASS)

Além dessas trocas, a relação entre os dois países tem efeitos políticos. O porta-voz do Recomendação de Segurança Pátrio dos EUA, John Kirby, disse na segunda-feira que a gestão do presidente Joe Biden está “preocupada com o aprofundamento do relacionamento entre os dois países”. O base da Rússia à Coreia do Setentrião surge num contexto de tensões crescentes entre os Estados Unidos e a China no Sudeste Asiático e entre as duas Coreias na zona fronteiriça desmilitarizada. A Coreia do Sul, além de ser um coligado seguro dos Estados Unidos, é um importante país produtor de armas.

– Leia também: Quem está com quem na Ásia

Um primeiro efeito em Maio foi a interrupção dos controlos sobre a emprego de sanções internacionais impostas pela ONU à Coreia do Setentrião. Em 30 de abril, expirou o procuração do grupo de oito especialistas nomeados pelas Nações Unidas que investigou possíveis violações das sanções por segmento do regime de Kim Jong Un: o veto expresso no Recomendação de Segurança pela Rússia impediu a sua renovação. O estreitamento das relações entre os dois países poderia levar a vetos semelhantes em relação às decisões sobre a Coreia do Setentrião e produzir uma confederação seguro na espaço asiática com uma função antiocidental, o que poderia propiciar a política externa da China, buscando uma influência cada vez maior na espaço. As relações do regime chinês com a Rússia e a Coreia do Setentrião permanecem ambíguas: embora as apoie de facto, a China não se expõe oficialmente e considera agora os dois países uma vez que aliados “menores”.

O trem com o qual Kim Jong Un chegou a Vladivostok em setembro (EPA/KCNA)

A novidade temporada das relações entre a Rússia e a Coreia do Setentrião parece destinada a persistir enquanto persistir a guerra na Ucrânia, mas segundo os especialistas não tem bases verdadeiramente sólidas: o fornecimento de armas, importante nesta temporada, pode tornar-se decididamente menos relevante no porvir. Aliás, as armas que a Coreia do Setentrião tem à sua disposição são úteis para a Rússia neste momento porque são compatíveis com o equipamento soviético ainda à disposição do tropa russo, mas não são particularmente avançadas do ponto de vista tecnológico. Putin também implementou uma reconversão da economia russa para a guerra, aumentando significativamente a capacidade de produção de munições e mísseis: os efeitos serão visíveis dentro de alguns meses. A Coreia do Setentrião não tem muito mais para oferecer e a Rússia pode estar interessada em restabelecer os seus laços económicos com a Coreia do Sul, que antes da guerra era o seu quinto maior mercado de exportação.

Neste momento, porém, o tratado contribui para a teoria de Putin da existência de um protótipo mútuo oposto ao das democracias ocidentais: para a Coreia do Setentrião as novas relações comerciais foram uma utensílio para a estabilização parcial da economia, muito uma vez que uma forma evadir do isolamento totalidade. Nos últimos meses, os turistas russos foram os primeiros a entrar no país depois a pandemia, e as agências de viagens russas têm organizado consistentemente excursões pelo país. A Rússia também permite que vários norte-coreanos trabalhem no país: as remessas destes trabalhadores são uma nascente pequena, mas ainda importante, de moeda estrangeira para a Coreia do Setentrião.

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