Março 23, 2025
Luciano Canfora, Giorgia Meloni e a parábola do rei nu

Luciano Canfora, Giorgia Meloni e a parábola do rei nu

Continue apos a publicidade

Quantos disseram – e nós dissemos -; quantos escreveram – e nós escrevemos -, sobre a boa espírito de Giulio Andreottiem sua curso interminável.
Em quantos mistérios da Itália, grandes crimes, excelentes e obscuros, massacres, páginas pesadas da máfia e da Camorra, escândalos e quebras bancárias, ele foi disposto em cena porquê instigador ou diretor oculto, até mesmo no homicídio de jornalistas, porquê Mino Pecorelli.
Ele seguiu seu próprio caminho.
Leal ao lema ligeiramente siciliano e muito mais mafioso: “Desça Iuncu, a ladeira está livre”. Corrida maleável, quando chega a enchente o importante é não quebrar; À medida que a enchente chega, ela vai embora.
Mas o bom é que Andreotti, nos julgamentos, foi até lá para se tutelar, mesmo que as acusações contra ele fossem graves, nunca porque decidiu processar alguém ou fazer pedidos de pratos de lentilhas porquê forma de indenização por danos.
Você sabe porquê terminou?
Que Andreotti hoje é considerado um dos grandes estadistas que a Itália teve. Nem mais nem menos do que aconteceu com Berlusconi que, no entanto, ao contrário de Andreotti, enlouquecia porquê um cavalo quando alguém – muitos, na verdade – pretendia levá-lo a julgamento pelos crimes mais díspares.
Em suma, até Berlusconi é hoje considerado um dos grandes estadistas que a Itália teve: o novo primeiro-ministro, Giorgia Melonideram-lhe sete dias de luto pátrio, e gostariam que os correios italianos emitisse uma série de selos com a sua individualidade.
Que fique simples, e diga-se aliás, que se isso ocorrer promoveremos uma campanha em obséquio de um selo semelhante em memória de Andreotti. O que é claro é claro.
Quanto a Berlusconi, porquê primeiro-ministro, nunca levou ninguém a tribunal. Na verdade, ele não exigiu um único euro dos seus detractores. Ao contrário. Na verdade, muitas vezes ele preferia comprá-los pelo seu peso em ouro.

livro de falhas de esponja

Dedicamos esta introdução à figura dos “Estadistas” que temos na Itália, porque nos é muito útil abordar o tema da razão “Meloni x Luciano Canfora” oferecido que, para variar, estamos até a fazer falar de nós no estrangeiro. Sempre fazemos as coisas em grande estilo.
Agora, pelo paixão de Deus, não vamos entrar no valor do julgamento. Vamos ver.
Sabemos porém que Meloni se ressentiu fortemente de ter sido definido por Canfora um filólogo de reputação indiscutível “Nazi de coração”. E pede, com o seu quadrilha de advogados, muitas desculpas e uma quantia no valor de vinte milénio euros.
O que manifestar? A história futura nos dirá, quando isso ocorrer, se Meloni também enriquecerá a citada galeria dos Estadistas, com selo incluído.
Cá, porém, Meloni, tendo-se longe da dupla Andreotti-Berlusconi, que, porquê mencionado, não levou ninguém a tribunal, parece destinada a explorar terreno virgem, e um tanto em ribanceira, para um primeiro-ministro.
Eu vou explicar.
Pois será o professor Canfora quem terá que esgrimir, se tutelar, sobre o suposto ponto “Nazismo na espírito”a discussão continuará por muito tempo.
Valeu a pena?
Antes da iniciativa judicial de Meloni, a história era praticamente desconhecida da opinião pública.
Agora está talhado a tornar-se tema de noticiários, reportagens televisivas em horário transcendente, microfones e insights, editoriais acalorados, de ambos os lados.
Valeu a pena?

40 anos da máfia elogiada bb pb

Continue após a publicidade

A Itália – e a sua história ensina-nos isso – sempre esteve dividida também entre inocentes e culpados. Repetimos: foi necessário?
E quero terminar com uma velha história contada pelo meu avô que, há alguns séculos, era marceneiro em Canicattì.
Um belo dia, um cidadão subiu numa cadeira na terreiro principal da cidade e começou a gritar, para desinteresse universal: “O rei está nu, o rei está nu”. Embora repetisse o insulto dezenas e dezenas de vezes, poucos transeuntes paravam para ouvi-lo. Mas o ponto chegou aos ouvidos do rei. O que exige uma sintoma restaurativa semelhante.
Dito e feito.
As autoridades do país anunciaram a contra-manifestação com bastante antecedência, contrataram um funcionário de comprovada fé, colocaram-no na cadeira e ele repetiu ad nauseam: “O rei não está nu, o rei não está nu”. Só que desta vez, para ouvi-lo, uma turba oceânica ali se reuniu, atraída pela grande expectativa e pelos rumores que corriam pela cidade em seguida a primeira apresentação que estava praticamente deserta.
Meu avô observou: o rei teria feito melhor em deixar passar. E ele não acrescentou mais zero.
A partir desse dia, aliás, e depois de tanta conversa, para alguns habitantes do país, ninguém conseguiu tirar da cabeça que o rei estava realmente nu.
Moral da história: se uma segmento do povo está disposta a confiar que o rei está nu, o que você quer que seja, novamente para uma segmento do povo, que se convença de que talvez Giorgia Meloni realmente “Nazi de coração”?
Em suma, o meu avô, no lugar do rei, teria deixado desabar.

Continue após a publicidade

Leste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você precisa do JavaScript habilitado para visualizá-lo.

Poste de Saverio Lodato

Foto © Imagoeconomica

Continue após a publicidade

Fonte

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *