Novembro 7, 2024
Milan, Lopetegui joga assim |  Gazzeta.it

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O treinador espanhol pertence à escola basca de Xabi Alonso, Arteta, Emery e muitos outros. Ele sempre se adapta aos jogadores que tem, por isso pode jogar com ou sem um verdadeiro centroavante

Do nosso correspondente Filippo Maria Ricci

27 de abril de 2024 (desarranjado às 18h09) – MADRI

Variações sobre o tema 4-3-3. Leste é o título da biografia tática que poderia ser escrita sobre Julen Lopetegui, rútilo representante da supimpa escola basca que tem se saído muito muito nos últimos anos entre Xabi Alonso, Arteta, Emery, Iraola, Imanol Alguacil e assim por diante. Lopetegui sofreu altos e baixos, as coisas correram muito muito e muito mal para ele, mas ninguém pode acusá-lo de negligência tática, ou de não entender de futebol. Não. Pelo contrário, Julen conseguiu tirar suas equipes de situações muito complicadas. Supra de tudo, três exemplos: Espanha depois Del Floresta, Sevilha há muito tempo órfão de Emery, Wolverhampton afundado na zona de despromoção. Ele sempre fez isso fundamentado no futebol, trazendo à tona o que há de melhor em pessoas que trabalharam muito menos em outros lugares. O exemplo mais marcante? Isco.

O COMEÇO

Julen teve a sorte de treinar e treinar, pois esteve muitos anos no sistema federalista, e em 2012 e 2013 conquistou primeiro o Europeu Sub 19 e depois o Europeu Sub 21, o segundo na final contra nós, o resultado final 4-2 obtido com leste 11 titular, num rigoroso 4-3-3: De Gea; Montoya, Bartra, Iñigo Martinez, Alberto Mulato; Thiago Alcântara, Illarramendi, Koke; Tello, Morata, Isco. Uma vez que você pode ver, muitas pessoas abriram seu caminho. Publicamos esta formação, além dos 3 campos que a acompanham, porque é um supimpa exemplo do pensamento futebolístico de Lopetegui. Que portanto, há 11 anos, estava na sua puerícia.

COM OU SEM 9

E se quisermos podemos apresentar de inopino uma das principais características táticas do treinador vasconço: a capacidade de jogar com ou sem um 9 puro. Cá esteve Morata, no Sevilha esteve o grande holandês Luuk De Jong (ou o marroquino En-Nesyri), no Porto Jackson Martinez ou Aboubakar, mas com a Espanha Isco, David Silva e Asensio alternaram-se na posição de falso novo, enquanto em No Real Madrid teve Benzema, que é um caso (fenomenal) à segmento na categoria. Lopetegui sempre se adaptou ao que estava à sua disposição. Com a Espanha sem um grande atacante de referência, chegou a 20 jogos sem guia, com 16 vitórias, Isco na vitória do Bernabéu por 3 a 0 sobre a Itália de Ventura parecia messiânica. E em Sevilha o vasconço foi escolhido por Monchi para regenerar um clube deprimido e dar forma a uma equipa revolucionada pela chegada de 15 novos elementos. Julen arregaçou as mangas e em poucos meses levou os andaluzes à vitória da Liga Europa na final contra o Inter.

VOANDO FULL-BACKS

A segunda particularidade indispensável é a dos laterais que empurram, o que numa resguardo de 4 homens envolve maiores riscos e exige emprego de todos os jogadores. Montoya (passagem fugaz para os nerazzurri) e Alberto Mulato foram duas grandes promessas que progrediram menos do que o esperado, mas na seleção foram dois grandes. E Carvajal e Jordi Alba pelo resto da curso de Lopetegui? Ou Marcelo? E Jesus Navas? Até Reguilon, que mais tarde foi afundado, jogou seu melhor futebol com Julen a ponto de fechar um ótimo contrato com o Tottenham. No Porto os extremos foram Danilo e Alex Sandro, os dois jogadores da Juventus.

o “pivô”

Consequência direta: um pivô defensivo capaz de entupir grande segmento do campo, muito inteligente taticamente e com ótima visão de jogo. Lopetegui foi o primeiro a respeitar plenamente o enorme talento de Casemiro quando o emprestou do Madrid ao Porto. Nos Sub 21 estava Illarramendi, por quem o Real Madrid pagou 40 milhões, preferindo-o inicialmente a Casemiro. E depois, obviamente, Busquets na seleção vernáculo, ou Fernando no Sevilha. O pivô desce entre os zagueiros centrais para iniciar a ação, e salta para a pressão em caso de perda de posse de esfera. Se os laterais pressionam, os atacantes externos centralizam, tanto na temporada de posse porquê quando têm de tutelar. Isto leva a uma pressão possante e imediata em caso de perda da esfera, e a uma circulação fluida e rápida da mesma no ataque. Daí a possibilidade de jogar sem um ponto de referência preciso na extensão. Ou apoiar-se no “novo” quando ele subsistir. Lopetegui sempre teve excelentes ideias: nem sempre conseguiu aplicá-las, mas quando a mensagem foi transmitida as suas equipas conseguiram excelentes resultados.



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