Março 23, 2025
Missiva de paixão para Fabián Ruiz

Missiva de paixão para Fabián Ruiz

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Depois de anos cheios de descontinuidade, com Espanha e PSG encontrou a sua dimensão.

À primeira vista Fabian Ruiz Não há zero de tão bom nisso. Muito cocuruto e magro, suas pernas se movem com a mecânica de um robô, porquê se deslizassem sobre trilhos pré-estabelecidos. Ele joga futebol porquê um clássico meio-campista espanhol, mas sobre pernas de pau: sempre curvado sobre a globo para resistir à pressão e passá-la para um companheiro da maneira mais limpa provável. A traço subida do cabelo e a barba desgrenhada são, logo, a lápide de sua antiestética.

Fabián Ruiz balança pelo campo nivelado e verticalmente, arrastando-se porquê uma preguiça sem globo. Pelo menos é essa a sensação que dá aos olhos.

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Há muito tempo que falamos sobre a dialética entre corpo e mente nos atletas, sobre a capacidade que eles têm de combinar um em função do outro. No caso de Fabián Ruiz, o conflito é evidente: os 190 cm tiveram que se conciliar ao requinte dos pés, num processo que se assemelhava a um salto de espécie, uma verdadeira evolução. A valva superficial de Fabian é agora mais do que um recipiente para a sua visão do futebol: é uma instrumento que lhe serve para vedar o supremo provável do campo.

Um experimento de laboratório em homens gigantes aos quais foi administrada uma técnica seca e pura na veia, de pivô: isso é o que Fabián Ruiz poderia ser. Um meio-campista que nasceu em 1996, mas que se sente confortável quando as partidas ficam em parafuso pela lentidão das ações, pela sonolência dos ritmos. Um meio-campista que muitas vezes foi realçado porquê falso fileira para melhorar seu chuto extrínseco. Quando ele esteve em Nápoles, de 2018 a 2022, alguém ligou para ele «camelo»enfatizando sua postura torta e seu físico desproporcional, que do tronco para insignificante se torna o de um jogador de basquete.

Poderia surgir de uma viagem no tempo, talvez em futebol dos anos 80, levante doido que na Euro 2024, discretamente, assumiu o núcleo das atenções vestindo a camisa da Espanha.

O que ele está fazendo no Roja De Pedro E YamalDe jovem predestinado, a quem o status de vencedor está gravado na cabeça desde o nascimento? Apesar de terem em generalidade a escola de formação técnica – ainda não há pátria que produza tantos médios dribles porquê a Espanha consegue fazer nas suas academias de juniores – na presença deles Fabian parece um usurpador. Há dois anos ele deveria ter se consagrado ao ir jogar pelo PSG depois de quatro boas temporadas na Série A, para rematar detrás de Verratti, Vitinha e Danilo Pereira na jerarquia.

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«Ele sabe fazer tudo» comentou o seleccionador espanhol, Luís de la Fuente, posteriormente a estreia das Fúrias Vermelhas contra a Croácia. Aos olhos de quem nunca prestou muita atenção a Fabian, as palavras pareciam exageradas. Até para ler com um sorriso. Frases porquê Se o nome dele não fosse Fabián, as pessoas falariam muito mais dele ou Incrivelmente subestimado.

Contra a Croácia foi uma masterclass de patente tipo totalidade do talento de Fabián: 64 toques, 1 gol, 1 assistência, 2 dribles bem-sucedidos, 7 bolas recuperadas. É preciso expressar que o passe com que mandou Morata para o gol foi bastante vulgar para alguém com suas sensibilidades futebolísticas. Bastou-lhe curvar-se ligeiramente sobre a globo – propriedade que o distingue – para iluminar o galeria meão deixado desprotegido por Pongracic e Šutalo.

Faltavam exclusivamente 28 minutos, mas antes disso o jogo de Fabián já tinha vivido alguns momentos agudos. Implantado com base potente, desde deixado dentro do meio-campo de três homens, o ex-jogador do Betis e do Napoli conseguiu se descer para receber com prontidão a retaguarda da traço de frente da Croácia. O novo trajectória da Espanha solicitado por de la Fuente, com uma procura mais directa pelos atacantes e um jogo vertical, parece ser um habitat perfeito para Fabián, que tem um pé fabuloso mas uma visão pouco apurada contra blocos baixos.

Vale sobresair o tema de sua posição. Durante muito tempo, tanto no Betis porquê no Napoli treinado por Gattuso, Fabián foi realçado porquê lateral-direito. Pode parecer um pormenor insignificante, mas para um jogador tão pesado e paquidérmico pode fazer a diferença: receba a globo com seu pé potente e seja capaz de chutá-la imediatamente – um passe para um colega de equipa ou um remate para a fronteira – reduz o tempo de raciocínio de Fabian e dá-lhe crédito para liderar sem ter de desviar novamente com o pé esquerdo.

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Jogar na centro-esquerda catalisa suas execuções e os torna menos previsíveis. Não é por contingência que em Nápoles, sob a gestão de Carlo Ancelotti, atuou porquê falso extremo esquerdo num fluido 4-4-2, que o levou a subir no meio-campo na período de posse de globo. Não será por contingência que foi precisamente nessa estação, 2018/19, que bateu o seu recorde pessoal de golos: 7 em todas as competições. Luis Enrique costurou-lhe a mesma função no PSG levante ano: na esquerda Fabián, com Vitinha e Zaire-Emery ou Ugarte ao lado, voltou a luzir e por isso conquistou a vaga de titular pela Espanha.

Aos 4 minutos o primeiro exemplo de porquê jogar pela esquerda pode torná-lo o fulcro do jogo. A Espanha circula a globo horizontalmente até Cucurela. Fabián segmento do núcleo e, para oferecer ao extremo do Chelsea uma traço de passe, posiciona-se detrás de Majer.

Poucas vezes a marcação da Croácia foi tão despreocupada: Fabián tem pelo menos 25 metros para levar a globo para o meio-campo inimigo. Yamal chega do lado cego: o meio-campista do PSG serve para ele com um belo passe em círculo.

A ação continua e fica caótica na extensão croata: um rebote manda a globo para os pés de Pedri. A resguardo balcânica já desmoronou para o lado de Yamal, para ressarcir o um-a-um, e Fabián ainda está livre para receber, desta vez na traço de lance livre.

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Nas entrevistas pós-jogo, Fabián disse que foi encorajado por de la Fuente a procurar o golo com um remate de fora sempre que provável, mas desta vez tentou assestar novamente com Pedri.

O talento do Barcelona é preguiçoso: depois de ter mencionado o ataque ao espaço, pára, não acreditando no passe de Fabian, que também chegou a tempo à ingresso da pequena extensão.

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Dois minutos se passam e aos 6 Fabián Ruiz recebe novamente na centro-esquerda, trocando com Cucurella. Com um golpe de rúgbi com o pé esquerdo, ele manda Nico Williams correndo, que erra o gancho na ingresso da extensão. É a novidade natureza vertical da Espanha: um Roja que sabe frasear, mas que também quer assestar com os espinhos encontrados nas laterais – Yamal e Nico, precisamente. Fabian interpreta muito os dois objetivos: a cobertura do campo ajuda a Espanha mesmo quando o triângulo do meio-campo está prepóstero e Pedri tende a permanecer mais cocuruto, perto de Morata.

Aos 31 minutos a situação é semelhante, senão idêntica: a Espanha – que pela primeira vez em quase vinte anos teve menos posse de globo que o seu inimigo num jogo solene – está na ingresso da extensão quando Pedri a encontra de novo a pista meão em direção a Fabián Ruiz. Ele pega a globo e a leva para a direita com o calcanhar para evitar a ingresso de Modric. Um momento depois, com a direita interna, ele passa para o moedor, antecipando Brozovic por exclusivamente um segundo.

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Para Fabián, que quando jogava na Série A se tornou o cavaleiro dos arremessadores de fora da extensão, é mais um simples gesto técnico. Pelo menos para alguém capaz de dissecar o gol com um bisturi porquê contra a Lazio; ou das parábolas de Giotto porquê esta em Troyes.

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ele nem precisa se esforçar tanto para assestar o ângulo do tiro com a mão esquerda na oblíquo e surpreendeu o goleiro croata. Em vez de dançar com a globo porquê grandes dribladores ou elegantes meio-campistas ofensivos, Fabián parecia escorregar. Uma vez que se murado de 20 metros o campo fosse para ele uma descida sem término, e para os seus adversários uma serra a escalar.

Depois do gol de 3 a 0 de Carvajal antes do pausa, a partida pouco disse. Algumas ações, porém, que podem ser úteis para entender o que é um jogador Fabián Ruiz sem globo.

Aos 52 minutos, risco outorgado pela Espanha: um controle orientado de Majer nas entrelinhas atraiu o incisão de Kramaric na sua frente. Cucurella tem que segui-lo e aperta a posição, deixando o esquina recta da extensão exposto para a inserção de Stanisic. Fabián não gosta de tutorar perto da extensão: por preguiça, e também por leitura errada, ele não fecha a largura. A volta de Nacho é necessária para fechar a traço de passe e alongar o transe.

A verdade deu-nos uma teoria clara de Fabián Ruiz: um médio criativo mas interrompido dentro do mesmo jogo, com capacidade de fechar com e sem globo. De certa forma ainda é verdade: foi também devido a estes defeitos microscópicos que La Roja sempre foi demais para ele, até agora. Em 2019, ele venceu o Campeonato Europeu Sub-21, mas foi convocado de forma intermitente. Em 2022, Luis Enrique nem o levou consigo para o Espiolhar.

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Verticalmente, ele sabe porquê vedar porções do campo ainda mais longas do que se poderia esperar. A resguardo posicional não é o seu ponto potente, mas se tiver que se levantar para pressionar sofre pouco com o cansaço.

E logo, ele sabe quando fazer uma pausa. Uma vez que aos 57 minutos, quando em vez de verticalizar imediatamente, recebe no meio-campo ofensivo e entende que a Espanha está desorganizada e cabe a ele voltar ao ritmo das coisas, para deixar uma equipe sem fôlego. Fabian é um jogador lúcido, e nessa ação ele decide mostrá-lo também para Modric. Ele recolhe a globo, evitando o avaliador, e se vegetal com o corpo, obrigando o capitão croata a cometer falta. Uma pequena nuance porquê esta, mais de 90 minutos de atletismo, pode ser decisiva.

Do trio de meio-campo ele é o único que não foi substituído por de la Natividade, que reiterou diversas vezes sua estima por ele. E é provável que mesmo contra a Itália, embora nos preocupemos com Yamal e Nico Williams, ainda o encontremos lá. Na retaguarda, porquê primeira engrenagem na construção da Espanha e depois porquê atacante. Escondido ainda na primeira fileira: sem fingir brotar, porque as estrelas do time são outras.

Na era dos meio-campistas e alas atacantes que se assemelham a aceleradores de partículas, sua atitude astuta às vezes pode engoli-lo. No entanto, é difícil encontrar em outros a relação que Fabián tem com a globo: ele a acaricia suavemente com a esquerda, enquanto corre e gira com seu habitual passo pesado ela parece se conciliar a ele, à sua (não) velocidade. De todos os meio-campistas que poderiam vir à mente para simbolizar as mudanças táticas ou atléticas no futebol nos últimos anos, você certamente não consideraria Fabián Ruiz, eu entendo.

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Você também pode pensar na sua permanência na Espanha porquê uma depravação da arte dos grandes contrabandistas espanhóis. Fabiano porquê insetos no sistema de uma seleção que não é mais exclusivamente destro e de traço curta.

Uma vez que não ficarmos um pouco entusiasmados – ou pelo menos atraídos – por um meio-campista que ele ainda usa? gerenciar tempos e retardá-los, porquê arma tática para evadir da pressão? Alguém que dribla exclusivamente porque é muito bom em pentear a globo, e não por meios físicos específicos ou leituras profundas.

Há meio-campistas melhores que Fabián Ruiz em quase tudo: uso do corpo, tempos de inserção, técnica pura com a globo, habilidade de ataque. No entanto, porquê um todo, ainda é lindo sente no sofá e curta esse talento único. A de um varão grande e atarracado demais para tratar a globo com leviandade, mas que, porquê dizem: não sabe e chuta mesmo assim com pureza infantil.


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