O Ocorrência diária revela que Piero Fassino foi denunciado pelo roubo de um frasco de perfume e isso não me surpreende: é um óbvio mal-entendido. Embora tenha afirmado que o seu salário não é de nababo, excluo que isso o impeça de comprar uma garrafa de eau de toilette com desconto. O transgressão quotidiano acontecia no free shop de Fiumicino, onde Fassino retirava o corpo do transgressão da prateleira no momento em que seu celular tocava. Isto também não me surpreende: o direcção gosta de semear coincidências. O que fazer? ele deve ter se autodenominado perfumista honrado. Largar a garrafa e pegar o telefone, visto que a outra mão já estava ocupada segurando o carrinho? Ou sentar no carrinho com a garrafa em uma mão e o telefone na outra? Quem sabe por que certas escolhas dramáticas sempre acontecem aos líderes de esquerda.
Fassino optou por uma terceira via: ele colocou o celular no ouvido e o perfume no bolso, com a intenção, obviamente, de passar para o caixa. Cá as versões divergem: ele afirma que um funcionário percebeu o movimento de seu mágico e o deteve; outros, que Fassino teria saído do serviço distraidamente com a garrafa no casaco, enlouquecendo o toque antifurto. O funcionário certamente não quis ouvir a razão e denunciou.
Logo ou não o reconheceu ou, mesmo reconhecendo-o, tratou-o porquê qualquer outro cidadão.
E isso me surpreende agradavelmente.
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25 de abril de 2024, 06h48 – editar 25 de abril de 2024 | 08:47
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