Rafa perde o primeiro set por 6-4 sem. 108 do mundo, logo ele leva a partida e o paixão do Medial. Sábado encontra o Pólo
Não, não estávamos prontos. Não estávamos preparados para nos despedir tão rapidamente do vencedor que ergueu o troféu em Roma 10 vezes. Rafa Nadal está sofrendo, mas ainda não é hora de deixar o Mensalidade Italico Center, seu reino há muitos anos. Ele cede um set para o belga Bergs, 108º do mundo e pai fanático de Zidane, tanto que o labareda de Zizou, e de alguma forma recupera a partida fechando 4-6 6-3 6-4. É verdade, nascente Nadal pouco tem a ver com aquele que triunfou cá dez vezes, que venceu 14 Roland Garros e 24 Slams. Às vezes ele se pega balançando a cabeça porquê se dissesse “Não, vamos lá, Rafa, você não pode fazer essa besteira”. Mas no final o grito do guerreiro e da Medial explode.
Ele é um Rafa que vai mais para frente pela vontade nervosa e pelo paixão por esse jogo, que foi sua vida até as vésperas de completar 37 anos. Mas o seu corpo já lhe disse milénio vezes: “Pare, por obséquio”. E ele sabe disso: “Não paro porque não paladar mais nem senhoril esse jogo. Estou desistindo porque meu corpo não aguenta.” É mais lento, menos potente, e o belga aproveita, machuca, cabe nas certezas maiorquinas.
MEIO SERVIÇO
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Rafa e o saque hoje não estão na mesma página e no primeiro set, depois de estar na frente por 3 a 1, com uma dupla falta e dois erros ele permite o retorno de Bergs. Sentindo-se revigorado, o belga sobe de nível enquanto Nadal continua com problemas no saque e concede a quebra no 9º game. Bergs fecha 6-4, Rafa (responsável de 16 lances livres no primeiro set), para para ir ao banheiro e volta à pista, corre primeiro por um pausa para 4-1 e depois tem que salvar duas vezes o vez. No 5-3 ele tem que sacar para ir para o terceiro, acaba com a vantagem depois com o set point e um “Vamos” de antigamente, ele fecha. Não acabou. A Medial explode. Ainda há espaço, pelo menos, para apreciar o canhoto que tem escravizado nascente saibro vermelho. O canhoto volta a iniciar com vantagem de pausa e no 3 a 2 concede três pontos de contra-ataque. Orgulho, experiência, personalidade, coragem e 4-2 para Nadal. Mas não é hora de comemorar, porque com 4-3, Rafa ainda termina 0-30, mas se salva novamente. Ainda não é hora de expor adeus a Roma. Próxima paragem Hubert Hurkacz, provavelmente sábado
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