Março 20, 2025
“Para pegar um ladrão” em Fassino.  O paradoxal pelourinho contra o manso Piero

“Para pegar um ladrão” em Fassino. O paradoxal pelourinho contra o manso Piero

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Piero Fassino é uma boa pessoa. Não dizemos isto só porque foi Ministro da Justiça e Presidente da Câmara de Turim sem nunca ter sido tocado por uma sombra. Nós o apoiamos porque a imagem e a história de sua sobriedade calvinista de linhagem Savoy, beirando o moralismo, colidem com a imagem do pequeno ladrão de lojas Chanel que nos é pintada. Mas a “caça ao ladrão” já começou.

Oh Deus, tudo pode ser, de congraçamento com o conta das probabilidades. Entre estes também o facto de o senhor Piero Fassino, sétima legislatura no Parlamento, último secretário do DS, maiores ​​do Partido Democrata, varão zeloso do aparelho, exangue e pálido no seu loden já desgastado, com o passar do tempo ter tornar-se um cleptomaníaco. E ele brinca, ao passar pelos aeroportos que o levam a Roma e não a Estrasburgo, para roubar pequenos objetos de pouco valor em lojas francas. E tendo sido também ministro dos selos num governo D’Alema, sabe transpor impune, com base nas estatísticas segundo as quais 98% dos roubos historicamente permanecem impunes. Um fracasso totalidade, tanto que a sucessora de Fassino no ministério da via Arenula, Marta Cartabia, estabeleceu que certos crimes só podem ser processados ​​mediante denúncia do ofendido. Aliás, é justamente o caso de Piero Fassino, a denúncia existe, e foi apresentada pela polícia do aeroporto.

O “escândalo Fassino” foi denunciado pelo rei dos escândalos, o Ocorrência diária, há três dias. Parabéns pelo furo e, sobretudo, pela linguagem sóbria: “Ele embolsou o perfume”. E depois, no título médio da primeira página, tudo lindamente variegado: “Duty free Fiumicino: o Partido Democrata bloqueado com perfume no bolso”. Caramba, só falta que, depois do assassínio náutico, o parlamento seja tomado pela tentação de introduzir o violação de “roubo de perfume” no código penal. A verdade é que no dia 15 de Abril, enquanto o deputado Fassino partia do aeroporto internacional Leonardo da Vinci em direcção a Estrasburgo para participar nos trabalhos da delegação italiana à Parlamento Parlamentar do Parecer da Europa, deparou-se com o incidente na loja duty free – escândalo que levará a uma denúncia por tentativa de roubo contra ele.

Uma coisa é certa: o parlamentar do PD não é propriamente um multitarefa. Talvez seja porque a capacidade de realizar diferentes tarefas ao mesmo tempo seja uma particularidade mais feminina do que masculina. O facto é que, depois de tirar de uma prateleira um perfume Chanel no valor de 130 euros e enquanto arrastava o carrinho, quando o telefone também tocou, Fassino colocou o perfume no bolso do casaco. “Não tenho três mãos”, explicou ele mais tarde. Mas o bolso da jaqueta (que evidentemente substitui o loden na primavera) imediatamente desencadeou o verbo “to pocket”. É isso que o suborno evoca. Porque político mais bolso é igual embolsar, ou seja, roubar. Porque os políticos são conhecidos por roubar. Não adianta contornar isso, a distração do negligente Fassino foi apresentada pela prensa quase que unanimemente uma vez que uma equação de roubo político. Tempos difíceis para os homens do Partido Democrata!

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Na verdade, no dia seguinte ele recebeu a informação República, que em certos golpes jornalísticos, uma vez que entrevistas com intercomunicadores, ou seja, pessoas anônimas, é incomparável. Na verdade, o jornal de Scalfari encontrou “a natividade”, uma espécie de “compungido” que estava mais informado que o irmão mais velho. A “natividade” dá uma versão do violação do perfume dissemelhante da versão autêntica do protagonista. Em primeiro lugar, pelas imagens da câmera não é provável ver nenhum celular ou mesmo fone de ouvido, diz ele. E aí o Fassino já tinha pretérito no caixa quando foi parado por um atendente, logo guardou o perfume no bolso e não pagou. Logo, que distração? Mas aí vem o repórter do jornal A verdade, que foi ao lugar explicar que uma loja duty free de aeroporto não é um supermercado e que os caixas não criam barreira, mas estão espalhados cá e ali. E ele deveria tê-los visto de qualquer maneira.

Provavelmente é precisamente esta a razão pela qual Fassino é réu de tentativa e não de roubo. Porque a jurisprudência é clara: enquanto o suspeito do roubo estiver dentro da superfície monitorada, o violação de rapina não ocorreu. Se a isto somarmos o facto de o valor poupado do peça ser reduzido, desencadeia-se também a condição atenuante da “tenuidade”, que logo aplicada a uma pessoa com antecedentes criminais limpos conduz ao arquivamento seguro. A isenção parlamentar não tem zero a ver com isso. Depois a reforma de 1993, a autorização da Câmara de origem é necessária exclusivamente para buscas, escutas telefônicas e prisões.

Mas não parece que o “escândalo” acabou. Também colocamos o Correio, que apresenta uma vez que última “notícia” o roupa de Polaria, a polícia do aeroporto que apresentou a denúncia contra Fassino, estar procurando testemunhas entre os funcionários do duty free para apurar que o suspeito Sr. Fassino não havia cometido anteriormente outros pequenos furtos. Cleptomania logo? Sentença já proferida e também com reincidência? A caça ao ladrão continua, tememos.

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