Março 22, 2025
Porque o filme de Saverio Costanzo, com todo o dispêndio, não vale a pena ver – MOW

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Em seguida a apresentação no Festival de Cinema de Veneza, está nos cinemas o novo filme de Saverio Costanzo (rebento de Maurizio Costanzo), “Finamente l’alba”, um narrativa de fadas manco na gulodice vida cinematográfica romana. Mas por que o cinema italiano não pode ir além dos filmes de Fellini e olhar para o horizonte?

Ono quarto dos namorados tem a história da Mimosa (Rebeca Antonacci) uma pequena romana extremamente introvertida, que se vê vivendo uma noite de sonho (ou pesadelo) entre Cinecittà e uma sarau à la Olhos muito Fechados. Saverio Costanzo decide ambientar esta terrível história de sazão na dezena de 1950, na quadra de ouro em que os estúdios romanos eram escolhidos para as produções de Hollywood, onde aquela Babilônia (não somente Hollywood) de Kenneth Raiva ainda não havia surgido perante a opinião pública. O ponto de partida da história é uma página de notícias policiais italianas, o assassínio de Wilma Montesi, vítima de uma “sarau” em Roma, abandonada na areia uma vez que contraparte sombria do publicado Marcello Mastroianni no final de A gulodice vida. E é cá que Costanzo gosta de mostrar que nunca houve zero gulodice e que, tal uma vez que o seu homólogo americano, o sonho italiano, no meio do milagre poupado, estava podre até ao profundo. Prometida de um rapaz insignificante, a vida de Mimosa se divide entre a amarga veras de uma pequena repugnante – nem mesmo particularmente inteligente – e o refúgio (à la Rosa Púrpura do Cairo) do conforto imaginário do cinema. Um dia, enquanto ela está no cinema com a mãe e a mana mais velha, esta é convidada por um rapaz para ser figurante de um blockbuster americano, e é lá que, acompanhando a mana, Mimosa, perdida nos estúdios, conhece o olhar de Josephine (Lily James) e esta, fascinada por ela, lhe dá um papel no filme, dando início a uma série de eventos onde Mimosa, uma vez que Alice, é forçada a encruzar o espelho e a si mesma. Para Mimosa começa uma história de maioridade: da perda da inocência à compra de uma consciência madura, embora dolorosa.

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FTudo funciona neste filme inofensivo, uma vez que num incidente clássico de O mundo de Pattyde Lily James, que interpreta o clichê da diva caprichosa Josephine, até Joe Kerry Coisas estranhas -Príncipe Seduzido de Mimosa- ao brando produtor Willem Defoe (Rufus Prioi), assim uma vez que a história da maioridade que leva uma jovem à idade adulta, é um clássico que sempre funciona, mas Mimosa é justamente o gavinha fraco do filme. A atuação de Rebecca Antonacci é tão ruim que é quase premeditado, talvez para realçar a completa estranheza de seu personagem, unidimensional, comparado a um mundo de estrelas e personalidades febris. É um mundo de monstros egocêntricos, de artistas famosos, que escolhem, semana em seguida semana, brinquedos humanos para se divertirem durante uma sarau, talvez porque estejam fascinados por um paraíso perdido de inocência no altar da nomeada. . Em tudo isto, um leão escapou da Cinecittà, aterrorizando uma Roma que parece deserta ao amanhecer. Mimosa, reduzida uma vez que a última pequena de um filme de terror, juntar-se-á ao leão (ou melhor, ao leão com ela), num paralelismo tão óbvio que chega a ser constrangedor. Finalmente amanhecer, recebida de forma mais do que morna em Veneza80, é uma bela história mal contada; talvez em Itália devêssemos parar de olhar para o pretérito, inferir a consciência de que os ponteiros do relógio não podem ser atrasados e, por termo, aprender a imaginar o horizonte porque, pelo menos no presente, no campo cinematográfico estamos muito longe da glória de A gulodice vida.

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