Clint Eastwood ele é uma mito do cinema. Se do ponto de vista exclusivamente técnico ele é melhor porquê diretor do que porquê ator, não há porquê negar que seu maravilha na tela porquê o “varão dos olhos gelados” é um tanto que transcende épocas e gerações. Esse fascínio surgiu principalmente nos westerns estrelados por Eastwood, tornando-se um ícone do gênero, a iniciar pelo lendário Trilogia do Dólar por Sérgio Leone. Na verdade, entre os doze faroestes em que Eastwood apareceu, as obras-primas de Sergio Leone são as três primeiras, seguidas quase de perto por filmes porquê Pendure mais cimaos vagamente pobres A balada da cidade sem nome E O estranho sem nome, oriente mais privado e dirigido pelo próprio Eastwood. Seguiram-se outros westerns, concluindo com a obra-prima, também dirigida por Eastwood, O implacável, o que poeticamente fechou o círculo para o ator/responsável que não somente experimentou o gênero western, mas também se apropriou dele artisticamente de uma forma que o grande ícone do gênero até logo, John Wayne, havia feito somente em secção. Agora, você quase poderia proferir isso o personagem de “estranho sem nome” nasceu em Trilogia do dólar de Leone, mas acabou se estendendo não oficialmente por toda a filmografia de Eastwood que, de indumentária, ao longo de muitos dos doze westerns em que estrelou (a exceção mais notável é certamente Bronco Billy), usava um chapéu inferior com aba larga e plana, atípico para esses filmes e que o próprio Sergio Leone escolheu porque eram mais «porquê um dândi», que é tecnicamente um chapéu de plantaçãoporquê ele diz Carlos Verdone no documentário devotado ao diretor romano. Em suma, mais do que qualquer outra pessoa, Eastwood incorporou o estilo cowboy tornando-o notável através de toques muito pessoais: e é por isso que os seus filmes são uma masterclass em estilo western.
Os três elementos que tornam o visual cowboy de Eastwood único foram originalmente escolhidos por Sergio Leone: o poncho, o chapéu, o charuto. «Ele não queria com as típicas abas de cowboy, mas sim assim, um pouco privado. Precisamente o antiocidental por exceção». Leone estava tão determinado que quando o próprio Eastwood disse contra fumar um charuto na tela, já que não fumava, Leone respondeu secamente: «’Para Clint, por que deixamos o protagonista em lar?», diz Verdone no filme. «Nem mesmo Clint Eastwood teria imaginado que daquele dissimulação bizarro e das dúvidas deste grande diretor nasceria um personagem mítico, para proferir o mínimo». O poncho foi desenhado pela figurinista Carlos Simique até desenhou previamente o visual e a silhueta que Eastwood manteria para os restantes filmes, e na veras teve uma função na trama visto que a certa profundeza o protagonista de Por um monte de dólares ele o usa para esconder um escudo, criando uma reviravolta que impulsiona o final do filme. Simi, aliás, estava o figurinista de referência para vários westerns incluindo o Django original com Franco Nero e pode ser considerado um dos principais autores (se não o único responsável) daquele visual tão realista e “arruinado” que mais tarde se tornou a norma dos westerns, substituindo o uniforme mais ou menos deteriorado do tradicional cowboy que nós hoje associamos com antes os westerns americanos com John Wayne. Outra peça icônica desenhada por Simi é a reprodução de cores bege/oliva que aparece no início de O bom, o Mau e o Mal-parecidolongo porquê uma toga e geralmente associado a personagens “maus” para simbolizar a ambigüidade moral do personagem.

Esboço de Carlo Simi para “Era uma vez no Poente” (1968)
Comparados ao visual clássico do cowboy dos anos 1950, os elementos eram praticamente os mesmos: os dois cintos sobrepostos, um para a calça e outro para o coldre da arma; a camisa em jeans ou cambraia; o lenço em volta do pescoço que era grande e fofo para Wayne, mas pequeno e apertado para Eastwood; o colete de epiderme, o jeans, as botas. A diferença estava na silhueta, que para Eastwood era muito mais esguia, e sobretudo no desgaste das roupas. Hoje, assistindo aos westerns de Wayne, o que labareda a atenção são as cores e o perfeito estado das roupas que parecem praticamente novos, muito coloridos enquanto a estética dos spaghetti-westerns impôs um estilo em que tudo estava arruinado, rasgado, enroupado de poeira e suor e em que as cores tendiam a ser desbotadas, próximas dos tons terrosos. Não é por eventualidade que o poncho de Por um Punhado de Dólares praticamente nunca foi lavado ou remendado e ao longo dos três filmes apresenta os buracos de projéctil presentes nos filmes anteriores. Porém, Eastwood também deu ao público looks mais elegantes: ele continua famoso o terno de tweed usado em Joe Kidd logo descartado em obséquio de uma fantástico jaqueta de três quartos em pura pelo com golas de epiderme, lenço de seda preta, camisa de flanela e calça laranja queimado com golpe vagamente largo que eram muito populares nos anos 70. Porquê aponta Nick Guzan em sua estudo dos figurinos de Eastwood: «Um dos anacronismos mais comuns dos trajes ocidentais é a aparente onipresença das calças com passador de cinto de estilo moderno. Embora as presilhas para cintos de calças não fossem desconhecidas na dezena de 1860, ainda estavam longe de ser comuns e demoraria mais meio século até que fossem integradas nas calças masculinas nos anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial.».
Se o estilo ocidental de Eastwood em seus filmes dos anos 60 e 70 é tão simpático, é porque sua relativa espontaneidade: metade das anedotas sobre trajes de western spaghetti envolvem atores, figurinistas e diretores encontrando ou comprando um tanto em uma loja vintage duas horas antes das filmagens, tirando o pó de qualquer traje idoso renovado por eventualidade em um arrecadação ou até mesmo trazendo suas próprias roupas de lar. No caso de Eastwood, não só o ator usou as mesmas roupas em filmes diferentesporquê as botas A trilogia do dólar que eram iguais à série de TV Epiderme cru, ou o poncho; mas muitas vezes ele trazia para o set roupas que ele mesmo havia comprado porquê no caso dos jeans emoldurados nele O bom, o Mau e o Mal-parecido que o ator comprou em uma loja em Los Angeles. Diz a mito, na verdade, que todos os jeans daqueles filmes eram deuses Levi’s 501 comprado na loja. Foi precisamente a sua autenticidade que conseguiu restaurar um tal sentido de realismo que, de facto, os anacronismos e imprecisões ficaram em segundo projecto. Ainda hoje, porém, Clint Eastwood continua sendo o cowboy mais muito vestido de todos os tempos.