
O Sábado Santo deve ser vivido em silêncio – ICP
Se a Sexta-Feira Santa é o dia da tristeza e da dor, o Sábado Santo é marcado por um grande silêncio, pela reflexão e pela reza à espera do facto da Ressurreição, ponto culminante da vigília desta noite, «a mãe de todas as vigílias», uma vez que a define Santo Agostinho.
O Sábado Santo é alitúrgico, ou seja, não são celebradas missas (uma vez que a Sexta-Feira Santa) ou outras liturgias, as igrejas permanecem às escuras e exibem a cruz no meio dos ritos da Sexta-Feira Santa. A sociedade não é levada aos enfermos, exceto na forma de viático, quando a pessoa corre o risco de morrer. O Tabernáculo permanece vazio, as luzes e as velas devem ser apagadas, os altares estão vazios. Embora não seja uma obrigação, a Igreja recomenda continuar o jejum e a jejum de músculos também até hoje.
O Catecismo da Igreja Católica escreve no número 624: «“Pela perdão de Deus ele experimentou a morte em favor de todos” (Hb 2,9). No seu projecto de salvação, Deus dispôs que o seu Fruto não só morresse “pelos nossos pecados” (1 Cor 15,3), mas também “experimentasse a morte”, isto é, conhecesse o estado da morte, o estado de separação entre os seus espírito e seu corpo durante o tempo entre o momento em que morreu na cruz e o momento em que ressuscitou. Levante estado de Cristo morto é o mistério do túmulo e da descida ao inferno. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo posto no sepulcro manifesta o grande sota sabatino de Deus depois do cumprimento da salvação dos homens que põe em tranquilidade todo o universo”.
Uma antiga homilia do Sábado Santo recita: «O que aconteceu? Hoje na terreno há um grande silêncio, um grande silêncio e uma grande solidão. Grande silêncio porque o Rei dorme: a terreno ficou atordoada e silenciosa porque o Deus feito músculos adormeceu e acordou aqueles que dormiam há séculos. Deus morreu na músculos e desceu para fugir o reino do inferno. Simples que ele vai à procura do primeiro pai, uma vez que uma ovelha perdida. Ele quer descer para visitar aqueles que estão sentados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Fruto vão libertar do sofrimento Adão e Eva que estão presos. O Senhor entrou neles carregando as armas vitoriosas da cruz. Mal Adão, o progenitor, o viu, batendo no peito de espanto, gritou para todos e disse: “Que meu Senhor esteja com todos”. E Cristo respondendo disse a Adão: “E com o teu espírito.” E, tomando-o pela mão, apertou-o, dizendo: «Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.. (…)».
Assim escreveu Bento XVI numa reflexão dedicada ao Sábado Santo: «Cá devemos estar atentos ao facto de que a morte já não é a mesma coisa depois de Cristo a ter sofrido, depois de a ter asilado e penetrado, tal uma vez que a vida, o ser humano, não são mais a mesma coisa depois que em Cristo a natureza humana pôde entrar em contato, e de roupa entrou em contato com o próprio ser de Deus. Antes, a morte era exclusivamente morte, separação da terreno dos vivos e, embora com diferentes profundezas, alguma coisa uma vez que “inferno”, o lado noturno da existência, negrume impenetrável. Agora, porém, a morte é também vida e quando atravessamos a solidão gelada do limiar da morte, reencontramo-nos sempre com Aquele que é a vida, que quis tornar-se companheiro da nossa solidão última e que, na solidão mortal da a sua angústia no jardim das oliveiras e o seu grito na cruz “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”, tornou-se participante das nossas solidões”.