Há aqueles que cantarolam continuamente “Mas não durante toda a minha vida” e aqueles que mentem. E mesmo quem voto que não foi espreitar os nomes dos designers que estão a fazer a curadoria deles Fisionomia de Sanremo ele está mentindo. O Riquezas e Pobresaté o século Angela Brambati e Angelo Sotgiu (falta mais um membro histórico do papeleta, nomeadamente Franco Gatti, falecido em 2022) já eram o ídolo das multidões, um maravilha músico intergeracional que marcou o fechamento de dezenas de festas ao som de «Que bagunça vai ser porque eu te senhor» ou «Ma-ma-maria», só para reportar dois dos seus maiores sucessos. Todo mundo sabe: até o DJ tocar os sucessos de Ricchi e Poveri não pode ser fechado, a sarau não pode rematar. E Angela e Angelo também sabem disso, que nos últimos anos nos palcos de toda a Itália e do mundo (são os artistas italianos mais ouvidos pelo público internacional no Spotify) nunca se pouparam em termos de diversão, saltos e alegria oferecido ao público.
No Sanremo 2024 os Ricchi e Poveri encontraram um público de fiéis admiradores e fãs de todas as idades. E conquistaram, graças a uma cuidadosa estratégia social que se baseia sobretudo nas tendências do TikTok, novos seguidores.
Entre autocitações, transição, verificações de adequação e bordões virais, Angelo&Angela conseguiram montar um sucesso já granítico com ironia e perdão. Zombar de si mesmo e se envolver é a única arma verosímil para todos os rostos históricos da TV e da música locais, lutando contra a subida de novos talentos prontos para minar seu sucesso. Ser esquecido é um momento, é ser lembrado que realiza a façanha. Basta pensar em Orietta Berti, recentemente de volta à voga graças à participação de azzecati e a Gerry Scotti, rei do TikTok, fenômeno social tão improvável quanto muito sucedido.
Para sua proeza em Sanremo, eu Riquezas e Pobres optaram por testilhar o ferro do excesso e da alegria também do ponto de vista da voga. Portanto abram espaço para os maxi laços (o da primeira noite, da Vivetta; o styling dos looks é da genial Rebecca Baglini), corações de lantejoulas e rosa. A música deles, tão esperada pela sátira, não é exclusivamente cativante, mas também tem uma mensagem aprazível. Ou seja: o que estamos esperando antes que tudo acabe? Espere, sim, mas não toda a sua vida.
Uma vez que muitos outros artistas no Ariston nascente ano, Ricchi e Poveri também optaram por maximizar o megafone de Sanremo com atividades de marketing de rua (um ônibus todo rosa com a marca “Ma non tutto la vita” está viajando por Milão atualmente) e dispositivos virais. Sem olvidar, é evidente, o Nós vamos fantasiar. Para escoltar um caso que, com 74 anos de vida, paradoxalmente se tornou mais jovem com o passar do tempo, Angela e Angelo dei Ricchi e Poveri optaram simplesmente por fortalecer o que já eram: duas vozes que marcaram as melhores noites e as mais belas sessões de karaokê de milhões de pessoas. Fazem secção da memória coletiva porque suas canções são o substância secreto de muitas lembranças, de abraços com velhos amigos, de notas discordantes gritadas com perfeitos estranhos, de momentos loucos, de noites épicas: não poderia ter outro palco senão Sanremo para festejar nascente esplêndido recorde.