Março 21, 2025
Santo Antônio de Pádua, companheiro de viagem

Santo Antônio de Pádua, companheiro de viagem

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Entrevista no L’Osservatore Romano ao Padre Ramina, reitor da basílica, fado de milhões de peregrinos: “Uma população universal é devota do Santo. um excluído”

Alvise Sperandio – Cidade do Vaticano

Milhões de pessoas vão ao túmulo de Santo Antônio de Pádua todos os anos, fazendo fileira para rezar e tocando a lápide com as mãos. E no dia 13 de junho, na memória litúrgica que lhe é dedicada (natalício da sua morte), a romagem se renova incessantemente com milhares de visitas do amanhecer ao anoitecer, num dos dias mais luminosos do ano. António (Lisboa, 1195 – Pádua, 1231), sacerdote xabregano e doutor da Igreja canonizado em 1232, é um dos santos mais queridos do mundo, “o Santo” por primazia, tal uma vez que Pádua é identificada no imaginário colectivo uma vez que “a cidade do Santo”. Na basílica pontifícia governada durante três anos pelo Padre Antonio Ramina, 54 anos, de Vicenza, da Ordem Franciscana dos Frades Menores Conventuais, tudo está pronto para a celebração, precedida pela celebração da “Tredicina” (no dia treze anteriores). Terças feiras). Amanhã a programação será intensa: pela manhã as missas com o procurador pontifício Dom Diego Giovanni Ravelli e o pontífice de Pádua, Claudio Cipolla, à tarde a com o ministro provincial dos Frades Menores Conventuais, padre Roberto Brandinelli, seguida de a solene procissão pelas ruas da cidade repleta de fiéis acompanhando a estátua de madeira e as relíquias do santo.

Padre Ramina, quem é Antonio para você?

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Não é uma invenção imediata. Entrei no convento inspirado sobretudo na figura de São Francisco. Conheci Santo António, que uma vez que sabemos, conheceu o Pobre de Assis, uma vez que tradutor original do franciscanismo. Ele me fascinou por dois motivos: seu paixão pela vocábulo de Deus, com grande espaço para o silêncio, a reflexão, a reza, e a força extraordinária de sua pregação sempre em obséquio dos pobres.

Por que levante santo é tão venerado?

É um pouco misterioso: existem muitos santos “bons” perto das pessoas. Acho que Santo Antônio conquista muita gente porque sabe amparar e ouvir a todos, sem exceção. E porque transmite a todos a dimensão afetiva da fé.

Quem são os devotos de Santo Antônio de Pádua?

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É um povo universal: há homens e mulheres, jovens e velhos, ricos e pobres, doentes e saudáveis, pessoas com elevadas qualificações ou menos. Não necessariamente crentes, pelo contrário. Nós, frades que cuidamos da basílica, vemos uma vez que cada um realmente se aproxima do seu túmulo, porque o seu chamado não tem barreiras nem diferenças.

O que as pessoas procuram em Santo Antonio?

Supra de tudo consolo e base. Santo António é um companheiro de viagem, um companheiro no caminho pessoal de cada um de nós. Muitos vão pedir intercessão por problemas de saúde, pedindo curas, milagres, graças. Nesse sentido as muitas fotos ex-voto expostos perto do túmulo são um testemunho poderoso e mostram a face universal da Igreja. Outrossim, a gratidão pelos presentes recebidos é muito poderoso.

O que há no gesto de tocar a lápide?

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Não é magia nem superstição, mas recorda-nos que a nossa vida de fé não pode ser somente pensamento, sentimento, boa intenção, mas é também entrar numa vida vivida, numa história concreta. Esta romagem contínua ajuda-nos a remotivar-nos no caminho da fé.

Toda questão de saúde implica sempre uma questão de salvação.

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Quando uma pessoa se aproxima do túmulo devido a uma doença, ela pede, com razão, tratamento. Mas o verdadeiro milagre, uma vez que acontece também em Lourdes, é que outros espaços se abram à reza. O evangélico “pedi e vos será oferecido” é bom, mas não se deve olvidar que não chega necessariamente. O que importa é encarregar em Deus que está ali, ao nosso lado, com as nossas feridas e as nossas lutas e nunca nos abandona.

Qual a relevância do santo na sociedade opulenta e supertecnológica de hoje?

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Ele meditou muito e falou com força. António é o santo da interioridade. Ele nunca se preocupou em expor ou mostrar sabe-se lá o quê. Ser e desabrochar nele estão juntos. “Eu sou o que pareço ser”, ele adorava manifestar. Vamos todos aprender.

Qual é o ponto de contato com São Francisco de Assis?

Ambos não estavam interessados ​​na exegese ou na cultura em si, mas que a voz do Senhor, o chamado à vocação, fosse reconhecido na Vocábulo de Deus. Há um ditado profundamente correto: “que as palavras cessem e as ações falem”.

A procissão por Pádua é um sinal de fé e testemunho numa “civis” cada vez mais descristianizada.

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É na medida em que sabe gerar conexões. Quem caminha detrás da estátua é uma comunidade eclesial que se encontra e se reconhece na fé em Deus através da intercessão de Santo António, e sempre na medida em que depende da mediação, mesmo que esta não seja plenamente compreendida.

Neste tempo de guerra, uma vez que pode Santo António ajudar a tranquilidade?

No edital do Junho Antoniano vemos o santo diante do tirano pedindo-lhe que renuncie à violência: ele não consegue, mas a sua coragem para expressar fortes razões de tranquilidade é prodigiosa. É um pouco uma vez que o Papa que incessantemente, em todas as oportunidades, apela à tranquilidade, mas parece não ser ouvido. Antonio nos ensina a nunca desistir e a promover uma tranquilidade que deve nascer antes de tudo do nosso coração e da nossa vida quotidiana. Todos somos chamados à conversão. A tranquilidade no mundo depende dos poderosos da terreno, mas também do nosso compromisso pessoal.

A vossa saudação “Silêncio e muito” é um hino à vida.

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A tranquilidade é a esperança de que ninguém nunca se sentirá tão longe de Deus que não possa reiniciar, mesmo se recuperando das quedas causadas, sobretudo, pelos nossos pecados. Embora bom signifique buscar relacionamentos bonitos, talvez simples, mas autênticos, os únicos que têm valor na vida.

Fonte

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