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A vitória em Viena sobre Tiafoe (a terceira entre os 15 primeiros da temporada) confirma que Matteo está novamente encontrando as sensações certas. E quando passa da quarta-feira ele sempre chega ao fundo…
Matteo Berrettini não gosta de meias medidas. Ele também demonstrou isso nas oitavas de final em Viena: um primeiro set no veludo, depois o cansaço e alguns erros demais, combinados com o crescimento de Tiafoe, de repente o levaram ao empate. Por um breve momento da partida o italiano chegou a perder por um intervalo, antes de levantar a voz e conquistar a vitória no terceiro set. Montanha-russa Berrettini: do céu ao inferno e vice-versa, um pouco como aconteceu nos últimos anos. Na verdade, especialmente em 2024. Sim, porque é hora de implorar, mas a passagem de Matteo para Viena vale muito mais do que uma simples qualificação para os quartos-de-final. Há uma confiança redescoberta face a um jogo de Davis em que tentará ser protagonista, claro, mas também a vontade de fazer valer uma estatística curiosa que o acompanhou ao longo do ano.
SERVIÇO E FORÇA MENTAL
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Em primeiro lugar, um facto sobre o peso específico do sucesso contra o Tiafoe. É o terceiro em dois anos contra adversários do top 15 da ATP. Anteriormente, Matteo havia vencido Tsitsipas (número 12 em Gstaad, no verão) e Hurkacz (número 10 na United Cup de 2023). Oxigénio puro, uma injecção de consciência para o azul que prevaleceu sem especulação, mas essencialmente alavancando dois aspectos: um primeiro serviço por vezes incontrolável (leia-se primeiro set e pontos pesados no terceiro, em que o ás choveu com facilidade desarmando) e força mental recém-descoberta. Dava para ver isso em seus olhos mesmo aos 0-40, com Tiafoe convencido de que poderia finalmente lhe impor o intervalo: mas o americano precisou de 13 tentativas para ter sucesso no feito, que no final se revelou inútil. O novo e velho Berrettini: martelo no saque e sólido mesmo quando a troca não dá certo. Com vontade de ir até o fim no torneio de Viena, e nesse sentido a passagem às quartas de final pode significar muito: cada vez que o italiano conseguiu o passe para a terceira fase, em 2024, chegou à final. Aconteceu 5 vezes durante o ano, com 3 triunfos e 2 derrotas na melhor das hipóteses.
ESSE DERBY COM O PECADO
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Não às meias medidas, disseram eles. O ano de Matteo começou muito negro, como o clima do finalista de Wimbledon de 2021 quando teve que se retirar do Aberto da Austrália, dando lugar a Tsitsipas sem sequer poder entrar em quadra. Problemas físicos o atormentaram durante dois meses. Depois voltou ao jogo no Phoenix Challenger em meados de março e a partir daí experimentou o método all-in: passaram-se dois rounds e depois direto para a final (perdeu para Borges). A diesel: Matteo encontra sua forma ideal no meio da semana. Nem sempre chega lá (em Miami e Monte Carlo foi eliminado na primeira partida, bem como no período difícil do último mês, concretizado no decepcionante nocaute em Estocolmo contra o Stricker), mas se for além da quarta-feira ele chega ao fim. Aconteceu em abril em Marrakech, depois em Gstaad e Kitzbuhel, enquanto em Stuttgart ele parou contra Draper. Estas são as únicas ocasiões, em 2024, em que Matteo passou no segundo turno. Nos Slams, os problemas físicos dominaram: depois de falar do terrível janeiro em Melbourne, Berrettini não se inscreveu em Roland Garros e no US Open saiu com Fritz aos 32. Wimbledon merece uma discussão à parte, onde o jogador azul saiu na segunda rodada, mas disputando uma partida extraterrestre. Só o mais forte do mundo poderia vencê-lo, naquela noite em Londres, que na verdade estava do outro lado do campo: o clássico contra Sinner foi uma das partidas mais emocionantes do ano, Matteo perdeu, rendendo-se apenas em três empates. -quebrar. O English Slam que o consagrou em 2021 provavelmente contribuiu para restaurar sua confiança mesmo apesar da eliminação precoce: quando exala bem-estar psicofísico e dá golpes de martelo a 220 horas por hora, Berrettini se torna um dos mais completos do circuito.
RODA GIGANTE
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Perder ajuda você a vencer, se você perder jogando dessa forma contra o Sinner. E, de fato, Matteo passou de forma brilhante nas duas primeiras rodadas dos torneios subsequentes em Gstaad e Kitzbuhel, alcançando então o título em ambas as competições no saibro. Com zero sets sofridos em todos os 10 jogos da campanha suíço-austríaca: 2-0 tornou-se a marca registrada do seu julho. Em quadra dura as coisas não correram bem, depois da passagem vitoriosa em Davis: eliminado na segunda rodada em Tóquio, Xangai e Estocolmo, contra o nada irrepreensível Stricker. Até Viena, até ao último torneio preparado ao mais ínfimo pormenor para chegar carregado à vista de Bercy e sobretudo de Málaga para que a Saladeira se encha mais uma vez de azul. Falando em Copa Davis: daqui a um mês Tiafoe poderá se apresentar à frente de Matteo lá também, em uma possível semifinal. Quem sabe, talvez o americano esteja brincando com os fantasmas do que viu na Áustria nos olhos de Matteo, cheio de consciência mesmo aos 0-40 e com uma montanha de break points para apagar. Aqueles olhos que agora olham diretamente para as quartas-de-final em Viena: pode não ser o Prater, mas até a roda gigante de Berrettini rejeita decididamente o conceito de tédio.
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