Uma história de barbárie em uma história de superação do mal. É isso que a diretora Anne Fontaine, sempre comprometida com histórias femininas, narra no filme, inspirado em uma história real, Agnus Dei (2016), com Lou de Laâge, Agata Buzek, Agata Kulesza, Vincent Macaigne e Joanna Kulig. O filme vai ao ar esta noite de 2020 na Cielo.
A história, ambientada na Polónia em dezembro de 1945, conta a história da jovem médica Mathilde Beaulieu que trabalha para a Cruz Vermelha Francesa no repatriamento de soldados franceses que sobreviveram aos campos de prisioneiros alemães. Um dia, uma noviça pede que ela a acompanhe até seu convento, onde Mathilde encontra uma jovem madre em trabalho de parto e a ajuda a dar à luz por meio de uma cesariana de emergência. Mana Maria conta-lhe que nove meses antes um punhado de soldados soviéticos invadiu o convento e violou quase todas as freiras, das quais sete engravidaram. Mathilde concorda em prestar-lhes assistência médica e promete à útero superiora não informar as autoridades para não comprometer a reputação do convento.
Embora seja ateia e comunista, Mathilde desenvolve uma possante empatia com as freiras e volta todas as noites ao convento para visitá-las e ajudá-las no parto. A útero superiora assume a tarefa de encarregar os primeiros recém-nascidos às mães da localidade, para esconder as provas da violência. Quando duas freiras estão prestes a dar à luz ao mesmo tempo, Mathilde vai ao convento com Samuel Lehman, um médico judeu francesismo com quem se relacionou, garantindo às freiras que guardará o sigilo.