Maio 7, 2025
‘Uma história negra’.  Laetitia Genealogia e as ambigüidades do ser humano, de vítima a verdugo

‘Uma história negra’. Laetitia Genealogia e as ambigüidades do ser humano, de vítima a verdugo

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“… naquela noite ou outra, você sabe que ele teria me matado”, estas são as palavras lúcidas de Carla Mattei (Laetitia Genealogia) para seu fruto Nicola (Andrea Carpenzano), em que o “ele” implícito, a pessoa que a teria matado, é Vito (Giordano De Projecto), ex-marido, pai de três filhos – incluindo Rosa (Lea Gavino) e a pequena Mara.

É noite, um coche acelera sozinho na trevas dividida pelos néons dos postes de luz e pelas luzes dos faróis: estamos em Roma, por baixo de uma ponte sobre o Tibre, sem fala, sem música, exclusivamente um baque… e um defunto cai na chuva.

Pouco antes, numa moradia burguesa, uma moça comemora seu natalíciono amplexo dos irmãos mais velhos, da mãe e do pai, convidados para a ocasião – a pedido explícito da moça, será repetido várias vezes -, pedido que Carla, apesar do separação por violência doméstica há mais de vinte anosadmitiu ela, ancorada na presença segura de Rosa e Nicola e, considerando tudo, bastante certa de manter sob controle a aparente serenidade do momento de celebração.

Uma história sombria – do romance homônimo de Antonella Lattanzilogo escrito por ela com Ludovica Rampoldi E Leonardo D’Agostinitambém diretor – porém, não é mais uma versão de uma história já ouvida no noticiário quotidiano e adaptada pelo imaginário da literatura, mas é um thriller psicológicoque com uma boa arquitetura narrativa tece a questão íntima – assim porquê o drama social, da violência contra a mulher – com uma enredo de gêneroem que a protagonista feminina é sim vítima, mas também actante na traço de frente, de uma história que é muito explícita por um lado – a dos maus-tratos – mas por outro abraçada por mistérios e nuances típico da história negra.

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“Era a história que eu procurava, com personagens em conflito e em desacordo consigo mesmos. Não era meu interesse fazer um filme sobre violência domésticamas o gênero lida com personagens com dilemas impossíveis e escolhas que muitas vezes não são escolhas, logo esse tipo de história foi interessante para mim. Ao longo da história destes géneros – tal porquê para nós – há uma grande personagem feminina guiar, de A labareda do perversão para Pequena desaparecida por Fincher” para D’agostini, em seu segundo trabalho depois A exemplar.

“Desde o início o filtro thriller/noir foi importante, eu acho Ciáscia ou Simenon que eles contaram as ambigüidades do ser humano”, continua Lattanzi, para quem “a vida é feita de pessoas multifacetadas. Transformar a história da página para a tela me pareceu difícil no início: mas com Ludovica e Leonardo descobri muitas coisas sobre minha história, porquê poder relatar fazendo sentir… violência, sem deixá-la ser vista. Fizemos um filme continuamente fazendo coisas um para o outro solicitações de: através do filtro do cinema, que cria um concerto de emoções, podem ser feitas perguntas, por exemplo mudar o horizonte do testemunha”.

Carla joga de Genealogia é uma mulher provada por assédios prolongados ao longo do tempo, mas ao mesmo tempo consciente e ansiosa por ser uma referência porquê mãe e pela sua identidade feminina: coloca-se numa vácuo espinhosa entre sobrevivência e assassíniocolocando-se em uma posição que também pode despertar empatia pela urgência do ato mais extremo, se isso se reflete em nome da sobrevivência, mas – também – levanta questões sobre o concepção de limite, lábil considerando certas circunstâncias específicas, porquê esta; e, novamente, são estimuladas questões sobre a receptividade e eficiência do Justiçaquestões que de traje mostram Carla porquê uma pessoa ambígua, perfil que Genealogia absorveu em si mesma com uma versão nunca agressiva, nunca movida pela raiva ou frustração, mas nem mesmo pela neurose do temor, antes jogada na subtração, na um desespero digno, sob cuja superfície quase humilde pulsa a miséria de querer viver.

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“Eu gostei muito deles as cenas do tribunal“, conta Laetitia Genealogiaos do prova de Carla, em que ela narra passo a passo o assassínio, mas também se permite relançar a PM (Cristiana Dell’Anna) que a questiona em tom acusatório. “Não consegui entrar na personagem da Carla julgando-a, era impossível: Eu simpatizei com ela. Eu vi um documentário sobre uma mulher porquê ela, logo é uma verdade que você pode saber passando por cá de vítima a criminoso. Ela faz tudo para sua autodefesa. Foi interessante que Leonardo mostrou o segmento preta e isso também luzente”. Ou por outra, para a atriz francesa, referindo-se à personagem: “viver num país que não é o seu, longe da sua família, ter vivido a idealização da história de paixão perfeita que logo já não existe, pode levar a uma escolha, causada por um tanto que não é razoável para as crianças; sua não independência, falta de liberdade, cria uma mistura de fragilidade e forçaela mesma não sabe quem é: ela tem que passar por essa coisa preta para entenda quem ela é porquê mulher. Às vezes na vida é preciso passar por coisas complicadas para crescer; você chega a esse ponto terrível de não ser exclusivamente mãe ou esposa, mas mulher.”

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Na história negra da família, Carla recebe a mais consistente cumplicidade emocional, empática e prática de Nicola, seu fruto mais velho, papel para o qual Carpenzano ele diz que não se fez “muitas perguntas, embora não julgue nem filme nem personagem; Eu li no roteiro o que ele experimentaria. Ele é um personagem que tem essa verdade diante dos olhos desde petiz, quase trazendo-a à normalização, o que é um tanto horroroso”.

Enquanto para Lea Gavino – que em alguns momentos da história vivencia a criticidade de estar do lado da mãe, cedendo em alguns momentos ao ponto de vista da tia (Camiseta Lícia), mana do pai Vito, que ataca a cunhada de forma generalizada, acusando-a mesmo de mentir sobre a violência: “é verdade que com o Nicola há uma abordagem dissemelhante mas a Rosa é mais pequena, portanto com menos transparência relativamente o pretérito. Eu me perguntei quanto é difícil desconstruir a figura de um pailogo ela se encontra sem mais figuras de referência, por isso está confusa e perdida.”

Uma história sombria é produzido pela Groenlândia – com Rai Cinema e 01 distribuindo, já que 16 de maio – e o obreiro Matteo Rovere explica que com sua produtora eles são “fascinados por versatilidade de gênerosonde existe coesão com eventos atuais, com códigos e elementos de entretenimento, e em que são colocadas questões mas com a capacidade de grudar o testemunha aos seus assentos para compreender os segredos; Acredito que vivemos um período histórico anestesiado por tragédias, social, humanitária, e temos o triste problema de nos lembrarmos da sisudez das coisas; o cinema pode proferir um tanto mais, lembrando que existem rostos e seres humanos; o cinema pode tentar entre nesses ‘quartos escuros’ para evitar adormecer diante de tudo, agora habituados a qualquer notícia que nos chegue.”

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