De Barcelona, nosso correspondente
R. Bautista Agut b. A. Vavassori 4-6 6-3 6-1

Oportunidade perdida para Andrea Vavassori que poderia ter oferecido um grande salto na classificação, aproveitando a vaga deixada por Kachanov e um placar objetivamente favorável. O jogador de Turim de 28 anos está fazendo uma ótima temporada em 2024 duplo mas tenta ao mesmo tempo manter vivas as esperanças de entre no top 100 em singles. A partida perdida 4-6 6-3 6-1 com Roberto Bautista Agut, número 84 do ranking e veterano de 36 anos, valia a vaga nas oitavas de final. Para se ter uma teoria, Vavassori poderia lucrar mais de 10% de seus pontos ATP atualmente coletados de uma só vez. Se considerarmos logo que na próxima rodada o inimigo seria um Norrie que certamente não está em grande forma, entendemos porquê a oportunidade é verdadeiramente tentadora de subir na classificação. O italiano, número 156 do ranking, poderia ter subido mais de 30 posições de uma só vez se tivesse chegado às quartas de final.
Primeiro set: o jogo nas mãos de Vavassori
Partida que começa da melhor forma para Vavassori. Bautista começa a sacar e imediatamente sofre uma quebra de serviço fria. Nestes primeiros jogos o azul joga de forma agressiva, com um supimpa retorno no segundo fazendo também bom aproveitamento do forehand. Bom momento inicial que continua para Andrea: no sétimo game o jogador de Turim conquista dois break points, porém anulados por Bautista que marca o primeiro em ambos os casos. Vavassori tem um terceiro break point, mas Bautista cancela novamente ao jogar fundo. Jogo que acaba por levar à Península Ibérica, oportunidade perdida por Vavassori que conseguiu fechar o set com um duplo contra-ataque. Mas, tal porquê no futebol, aplica-se a regra do golo sofrido falso. Vavassori desperdiçou uma vantagem confortável de 40-15 no saque no jogo seguinte, e a partida voltou a empatar em 4-4.
Incidente curioso no próximo jogo de serviço de Bautista que poderia ter levado Vavassori a um double break point: segundo saque muito perto do limite de Bautista e a esfera parece transpor. Ao contrário de Sinner em Monte Carlo, Andrea decide jogar e interrompe o jogo, mas o louvado de cadeira não concorda e confirma a esfera em campo. Os riscos da troca param o jogo… Jogo que segue no limite do estabilidade, com Vavassori conseguindo se levantar novamente no break point, mas desperdiça mal-parecido com um forehand de dentro para fora que sai para o galeria. Mas o italiano não desiste e continua a repuxar com a solução de forehand de dentro para fora e conquista o segundo break point, desta vez transformado com duas excelentes defesas que obrigam Bautista a cometer um erro, com um passe limitado que acaba no líquido.
Desta vez Andrea vai sacar para o set, mas novamente perde a concentração; alguns erros sangrentos, forehand e um voleio cimo enviaram Bautista 15-40. Felizmente Vavassori encontra o saque novamente e com dois bons saques e voleios consegue anular ambas as oportunidades de contra-ataque. Parece o momento notório e o italiano chega muito perto de vencer o set: no set point o voleio vencedor sai da fita. Mas o encontro com a primeira parcial só é posposto. Na segunda tentativa Andrea leva para moradia a parcial.
Do ponto de vista tático, a partida está nas mãos de Vavassori para o muito ou para o mal. Quando o italiano consegue colocar o primeiro em campo e chegar à rede costuma ser incisivo. Outrossim, nos jogos de volta fica simples que seu forehand voante é o golpe dominante hoje. Bautista tenta manobrar principalmente com soluções de intercepção e forçar Vavassori para a fatia defensiva.
Segundo conjunto: Andrea não aproveita pequena chance e o veterano Bautista aproveita
Avanços parciais nos primeiros 4 jogos em nome do estabilidade, graças a Bautista que parece ter finalmente encontrado um ritmo de jogo decente. Para ver um jogo disputado é preciso chegar ao quinto jogo. Jogo com erros dos dois lados, com Vavassori chegando ao break point, mas sem conseguir se manter na troca sob pressão de Bautista. Oportunidade vital que se desvanece para Vavassori, com o espanhol que graças a duas boas estreias vence o jogo, mantendo o set no caminho notório. Em conferência com a primeira parcial, porém, a situação é decididamente mais equilibrada e a oportunidade desperdiçada tem um peso específico maior. Aliás, no jogo seguinte é Bautista quem aproveita um jogo menos incisivo ao servir Vavassori e graças a um erro trivial num voleio de backhand do italiano leva para moradia o pausa de 4-2. Pausa prolongada para Vavassori que luta para vedar o sangramento. Bautista chega até ao set point no saque do italiano, que, no entanto, se salva e manda Bautista sacar para o parcial em 5-3. O epílogo, porém, só é posposto, Bautista segura o saque com folga e fecha o segundo set em 6 a 3.
Comparado com o primeiro conjunto, a diferença está aí rendimento no primeiro serviço do espanhol, que chega a ultrapassar os 80%, enquanto Vavassori paga por um final de set ruim e principalmente por não ter aproveitado a oportunidade que teve no quinto game.
Terceiro conjunto: a solidez dos espanhóis faz a diferença
O tempo começa porquê terminou o segundo, com Bautista continuando a jogar de forma sólida e Vavassori continuando a cometer muitos erros. Primeiro jogo com Vavassori sacando e imediatamente break point para o espanhol que joga no segundo saque de Andrea. Globo pesada em que o primeiro a errar é Vavassori, enquanto Bautista simplesmente mantém os erros sob controle. Quatro segundos de jogo para Vavassori, com Bautista festejando, vencendo três. A inclinação da partida agora parece muito clara, com Vavassori agora lutando para segurar a troca e incapaz de se salvar mesmo com o backhand. Sexto jogo com Bautista que continua a jogar de forma sólida e a impor uma pressão que Vavassori não consegue manter. Mais uma pausa no serviço com Bautista segue na frente com um duplo pausa e 4-1. Partida que basicamente termina cá, com Bautista vencendo por 6 a 1 e enfrentando o canhoto Cameron Norrie na próxima rodada.