Março 21, 2025
Viva a Turquia, que não é somente Erdogan

Viva a Turquia, que não é somente Erdogan

Continue apos a publicidade

O que muda para a Turquia e não somente depois de o partido de Erdogan ter perdido as eleições locais. O glosa de Alessandro Albanese Ginammi

Depois a vitória estreita nas eleições presidenciais do ano pretérito, o Presidente turco Erdogan e o seu partido, o AKP, perderam as eleições locais. A votação mostra que a sociedade social turca está viva e que a Turquia tem sido muitas vezes identificada somente com o seu líder. Nas grandes cidades, incluindo a capital Ancara e Istambul, os eleitores optaram por responsabilizar no CHP, o principal partido da oposição.

PALAVRAS DE ERDOGAN APÓS A VOTAÇÃO

Erdogan falou em público aceitando o veredicto: “Hoje, 85 milhões de turcos venceram, a rota deve ser um ponto de viragem para o nosso partido. As eleições são o momento chave da democracia, o momento em que o povo indica o caminho que quer seguir e agradeço a todos aqueles que trabalharam arduamente para prometer que os nossos cidadãos passem o dia de hoje com calma e regularidade”.

Continue após a publicidade

A MUDANÇA NAS CABEÇAS DE ANCARA E ISTAMBUL

Estas eleições são muito importantes não só para as cidades onde haverá uma mudança no topo da governo, mas também para aquela secção do país que ao longo dos anos não concordou com as políticas de Erdogan e que acredita na possibilidade de mudança, um dia, até mesmo o governo pátrio.

OS EFEITOS DAS ELEIÇÕES NÃO SÓ NA Türkiye

Outrossim, o resultado também é significativo fora da Turquia, onde as relações com os aliados europeus não têm sido óptimas nos últimos anos. Refiro-me em pessoal ao processo gélido de adesão da Turquia à UE, no qual a Itália ainda tem um papel fundamental.

RELAÇÕES ENTRE Türkiye E ITÁLIA

Historicamente, a Itália ocupou uma posição de grande prestígio no negócio exterior turco. Depois a Segunda Guerra Mundial, a Turquia escolheu a Itália uma vez que interlocutor privilegiado para continuar o seu pedido de associação e relatar com o desenvolvimento das negociações com os membros da CEE, enquanto Roma superou os receios de uma concorrência desprotegida no domínio mercantil, apoiando francamente a candidatura Turco. A Itália continua a estar entre os principais apoiantes da adesão da Turquia à União Europeia, apesar dos problemas que surgiram depois a ingresso de Chipre na UE (2004), que levaram a Turquia a olhar mais para leste do que para oeste.

RELAÇÕES DA Türkiye COM A EUROPA

Estas eleições podem marcar um ponto de viragem positivo nas relações com a Europa, lembrando aos líderes e eleitores europeus que a Turquia não é somente Erdogan e que não podemos prescindir de um coligado tão valedouro, tanto em termos económicos uma vez que geopolíticos. Sem a Turquia, a Europa parece mais fraca. Com uma Turquia ainda hostil, a UE parece mais exposta aos perigos regionais e internacionais. Coisas que pudemos observar nos últimos vinte anos.

Continue após a publicidade

A adesão da Turquia à UE é uma oportunidade que não deve ser desperdiçada. Com estas eleições, aqueles que bloquearam a adesão a nível diplomático com frases uma vez que “Ah, mas Erdogan…”, podem comportar que a Turquia não é somente o seu presidente, mas também os outros 85 milhões de turcos.

Continue após a publicidade

OS CENÁRIOS

O que aconteceria se a Turquia mudasse de governo nos próximos anos e voltasse a desejar fortemente a sua ingresso na UE, protegendo a democracia, os direitos humanos, os direitos das minorias e das mulheres? O que fariam os países da UE se a Turquia implementasse reformas democráticas melhor do que muitos países da UE que estão a ir na direção oposta e, digamos, não são exatamente campeões da democracia?

Vamos ver. Entretanto, pode-se manifestar que a Turquia está viva, o que não é somente Erdogan.

Fonte

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *