(Valentina Pevtcova, Piscina)
O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou em 5 de junho fornecer armas a terceiros países que poderiam afetar os interesses ocidentais se os países da NATO autorizassem a Ucrânia a atingir a Rússia com os seus mísseis de longo alcance.
Putin emitiu o alerta numa fundura em que os países ocidentais são cada vez mais em prol, sob certas condições, de permitir que Kiev use as suas armas para lutar o território russo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyj, vem pedindo isso há meses.
“Se os países ocidentais autorizassem a Ucrânia a lutar o território russo com os seus mísseis, também teríamos o recta de fornecer armas do mesmo tipo a regiões do mundo que possam estar interessadas em lutar os interesses ocidentais”, disse Putin numa entrevista concedida a quinze pessoas. agências de prelo internacionais, incluindo a AFP, à margem do Fórum Poupado de São Petersburgo.
No entanto, alguns países da NATO, incluindo a Itália, são contra a utilização das suas armas em território russo, principalmente mísseis de longo alcance e de subida precisão, temendo que isso possa exacerbar o conflito.
O presidente russo acrescentou que “os instrutores militares ocidentais já estão na Ucrânia e sofreram perdas, sobre as quais os Estados Unidos e os países europeus preferem permanecer em silêncio”.
Na semana passada, Putin disse que os instrutores ocidentais estão na Ucrânia “disfarçados de mercenários”.
A França está a considerar enviar instrutores militares para a Ucrânia para correr a formação de soldados ucranianos e propôs uma iniciativa europeia conjunta.
Outros países, incluindo os Estados Unidos, descartaram o envio de instrutores militares.
Durante a entrevista, que durou muro de três horas e começou com grande demorado, Putin reiterou que a Rússia está pronta para se sentar à mesa de negociações e que a melhor forma de parar a guerra é “o Oeste parar de fornecer armas à Ucrânia”. O presidente russo negou que a invasão russa em fevereiro de 2022 tenha sido o gatilho do conflito.
Perdas “muito menores”
Putin recusou-se a indicar as perdas sofridas pelo tropa russo desde o início da guerra, insistindo que são “muito inferiores” às da Ucrânia.
No entanto, ele disse que 6.465 soldados ucranianos estão atualmente prisioneiros na Rússia, em verificação com 1.348 soldados russos mantidos em cativeiro na Ucrânia.
O presidente russo reiterou portanto que a Rússia não tem “ambições imperiais” e não tem intenção de lutar os países da NATO. “Não inventem coisas que não existem”, declarou.
Até agora, porém, Moscovo anexou cinco regiões da Ucrânia e Putin sublinhou repetidamente o facto de que outrora pertenceram ao Poderio Russo e à União Soviética.