Os 30 SECONDS TO MARS regressaram a Portugal, um país que já os fez muito felizes, e, frente a uma MEO Estádio enxurrada, Jared e Shannon Leto foram recebidos novamente com devoção.
Estávamos sensivelmente a meio da comportamento quando, com o charme que se lhe conhece, Jared Leto explicou que Portugal foi o primeiro país onde os 30 SEGUNDOS PARA MARTE esgotaram uma redondel. Disse ele que foi cá que sentiram verdadeiramente o espeque e o carinho dos fãs e que, se não fosse por esse espeque, se calhar a orquestra já nem sequer existia. O cantor e actor ainda lembrou a sua primeira visitante a Portugal, em 2018, e elaborou sobre porquê se apaixonou pela cidade… Aquela onde comeu o seu primeiro McFlurry. Manobra de charme ou confissão sincera, a verdade é que os irmãos Leto não têm sequer se fazer um esforço para terem os seus seguidores lusos na mão.
No entanto, a noite começou a aquecer com DRAGÃO GÊMEO. O músico/compositor tem vindo a lucrar uma maior notoriedade nos últimos anos, principalmente com o tema “Face feliz”de 2020, que contou com muito airplay das rádios alternativas norte-americanas. O público pareceu gostar, mas uma grande percentagem estava lá, obviamente, para ver os 30 SEGUNDOS PARA MARTE.




Foi com uma resenha decrescente que a orquestra entrou pelo meio público, não se coibindo de cumprimentar com abraços e socos alguns dos fãs durante a sua estirão até subirem ao palco. “No ar” e “Reis e rainhas” deram início a uma noite de perfeita confraria entre fãs e orquestra. Não faltaram confete e pirotecnia com repleção – que deu para quem estava perto do palco suar um pouco. A comportamento continuou com “Andejar na chuva”logo seguida por «Resgate-me»durante a qual uma primeira leva de fãs subiu para cima do palco para fazer companhia à orquestra.
Nos tempos em que vivemos não é estranho que alguns tenham aproveitado para dar abraços e tirar selfies com Jared Leto – e esse acaba por ser um dos maiores pontos em prol dos 30 SEGUNDOS PARA MARTEque continuam a dar oportunidade a alguns de estarem em palco com a orquestra, uma coisa rara nos dias de hoje. “Temporadas” foi o primeiro tema repescado do mais recente «É o término do mundo, mas é um lindo dia»sucedido logo de seguida por «Salve o Vencedor», com recta a um belo solo de guitarra de Stevie. “Furacão” e “Isso é guerra” deram por terminada a primeira segmento do concerto.
Para o “segundo ato”, Jared Leto entrou sozinho em cena de guitarra acústica na mão para interpretar uma versão encurtada de “Álibi”sucedida por “De ontem” com o público todo a trovar e, depois, a versão de “Permanecer”,de Rihanna. A electricidade voltou a sentir-se com “Noite do Caçador”, “Cidade dos Anjos” e “Bela moca”que levou o público ao rubro. Antes do encore, ainda houve recta a mais um tema novo, «Levante-se, garoto» a ser tocado pela primeira vez e, a terminar, “Ataque”,do álbum “Uma bela moca”.
Depois de uma pequena pausa, os músicos regressaram ao palco para tocar “Recluso”, do mais recente LP, e ainda “Avalanche”com o Sr. Leto a pedir para parar a música e a mostrar uns papeis com a letra porque era a primeira vez que iam tocar o tema ao vivo e ainda não a tinha decorado. A fechar, os fãs tiverem ainda recta a «A Matança (Enterre-me)» e «Mais perto do limite»,com novidade invasão de palco a pedido da orquestra. No final, foi uma noite memorável para os fãs e, certamente, para quem foi lá exclusivamente por curiosidade, em pouco mais de duas horas de grande espectáculo.




