Há 50 anos, no quadro da Revolução e confirmando o que a mesma significou na vida dos trabalhadores, o Governo provisório liderado por Vasco Gonçalves decretou a instauração do Salário Mínimo Pátrio, um pouco que até portanto não existia.
Em transmitido, a CGTP-IN, uma vez que não podia deixar de ser, caracteriza nascente ocorrência uma vez que «medida de grande impacto e alcance (estimando-se que 50% dos trabalhadores foram beneficiados)». A geração do Salário Mínimo Pátrio justificava-se, portanto, pela «”situação de depauperamento e instabilidade” que afectava a “generalidade do povo português, principalmente os trabalhadores”» conforme está escrito no decreto-lei que estipula a geração deste progressão e relembra a CGTP-IN.
Apesar de assinalar o facto, a meão sindical relembra que «volvidos 50 anos, a verdade é que o SMN evoluiu de forma muito insuficiente» e que «caso tivesse escoltado a inflação e a produtividade, deveria ser superior aos 1200 euros em 2024», sendo que tem «uma vez que agravante» a reduzida evolução universal dos salários.
Fazendo um enquadramento, afirmando que «no final de 2023, dois em cada três trabalhadores tinha um salário base bruto subordinado a 1000 euros, sendo que para 42% dos assalariados esse valor não ultrapassava os 800 euros», a CGTP diz que é necessaria «ruptura com a política de direita, que se insere a reivindicação da fixação do SMN nos 1000 euros em 2024 e de uma subida em pelo menos 15% e nunca subordinado a 150 euros de todos os salários».
A estrutura representativa dos trabalhadores não tem dúvidas que a política dos sucessivos governos passa pela «opção pela política que perpétua os baixos salários, que ataca o recta de contratação colectiva e que impõe a perda de poder de compra dos trabalhadores, de forma ainda mais expressiva para os da Governo Pública».
«Êxodo, fraco incremento poupado, elevada obediência externa, défice na balança de bens (Portugal tem de importar, porque é insuficiente o nível de produção pátrio), défice demográfico» são todos impactos que traduzem esta política de baixos salários, um pouco que a CGTP-IN está investida em combater. A «Semana de Justificação, Acto e Luta» de 20 a 27 de Junho, para aumentar salários, prometer direitos, combater a exploração e as desigualdades é mais um momento convergente de luta que insere em si a luta por melhores salários.