Sérgio Conceição faz a antevisão ao jogo com o Vizela, referente à 9.ª jornada da Liga Betclic, marcado para domingo às 20h30.
Vizela tem um treinador novo [esta época] mas já criou dificuldades a Sporting e Benfica. O que espera do jogo?
“O importante é marcar, depois o jogo tem 90 e tal minutos, às vezes 100. É trabalharmos da melhor forma contra uma equipa que, na minha opinião, não amealhou os pontos que devia ter pela sua qualidade. É uma equipa que está sólida na 1.ª Liga e vai ser um jogo difícil, numa lar difícil, pela força dos adeptos e pela qualidade individual e coletiva deles. O nosso campeonato é cada vez mais competitivo. Dentro do tempo que tivemos para preparar o jogo temos de dar uma resposta positiva, é extremamente importante lucrar lá”.
Expectativa de grande exibição tendo em conta o último jogo do FC Porto?
“As pessoas normalmente associam as grandes exibições a ter uma diferença de golos relativamente ao competidor de mais de um golo, mas os treinadores veem coisas diferentes. Já ganhámos pela margem mínima com exibições supra da média, e já ganhámos com diferenças maiores não estando tão muito no jogo. Essa grande exibição terá a ver com os diferentes momentos de jogo, com o facto de estarmos sólidos e consistentes. Depois é procedente lucrar pela evolução da equipa e pelo coletivo ser mais poderoso, além da nota artística que tem de dar golo, não para jogar para trás ou um tanto do género. A minha visão é mais nesse sentido”.
Wendell lesionado, os outros podem restaurar?
“Além do Wendell e dos outros, o Galeno também sentiu desconforto muscular e está fora amanhã. Uma lesão muscular nunca é subalterno a 3 ou 4 semanas, depois também depende da seriedade. Até à paragem para as seleções, todos os lesionados, além do Wendell e do Galeno, devem continuar de fora”.
FC Porto tem sido melhor nas competições europeias, tendo feito uma exibição boa frente ao Barcelona. Porquê explicar isto?
“Tem a ver também com a eficiência. Fui dizendo ao longo deste início de era que não estou preocupado porque criamos muitas situações para concluir de outra forma. Temos sido mais felizes nos jogos da Liga dos Campeões, e vamos procurar trabalhar para sermos também no campeonato e nas provas internas, para depois conseguirmos lucrar os jogos com maior tranquilidade”.
Envolvente em Vizela… É um movimento aliciante?
“Sim. É uma movimento difícil, perante um público participativo. Espero que não seja muito… Veio-me à cabeça o E. Amadora e a Reboleira, quando me passou um isqueiro a centímetros da cabeça e vi um polícia a rir-se para o infrator. Se puxarem pela outra equipa e me chamarem nomes, já estou habituado. Paladar desses ambientes quentes e apaixonados. Os estádios deviam ter gente uma vez que tem Vizela, que gostam tanto e puxam tanto pela equipa”.
Ausências de Galeno, Zaidu e Wendell. Vai mudar a estratégia ou manter a habitual? Declarações de André Villas-Boas quanto à sua renovação…
“Podem possuir mudanças, os jogadores não são iguais e têm que possuir adaptações, tendo em conta a estratégia e a forma uma vez que vamos encarar o jogo. Villas-Boas? É verdade que estou sengo aos temas onde entra o FC Porto, mas não me cabe comentar as palavras de um potencial candidato. Não o devo fazer. Porquê grande portista que o André é, saudação as suas opiniões. É um varão que fez história no FC Porto e, por isso, li secção da entrevista. Veio trazer cá para fora um tema que não é tema, que é a situação da renovação. O André sabe, melhor do que ninguém, que não podemos desviar o foco do próximo jogo, que é o mais importante”.
André Villas-Boas referiu que terá em atenção os timings da candidatura à presidência. Oriente mediatismo pode afetar o grupo?
“Não comento isso. Falámos da situação da renovação, mas não vou comentar palavras de candidatos ou potenciais candidatos. Não me cabe comentar isso. Nós somos atacados de todas as formas e cá não é o caso. Se me dizem que os meus jogadores mereciam outro destaque depois de uma vitória luzidio… O grupo de trabalho não quer saber disso. Quando chegámos ao Dragão já estávamos a pensar no jogo com o Vizela. Esse é o nosso trabalho”.
Evanilson foi considerado melhor jogador da semana da Champions. Tem condições para voltar a ser titular? Aquela exibição pode ser o ‘clique’ para a equipa partir para uma era mais tranquila?
“Eu não pego no último jogo e preparo o próximo a partir daí. O Evanilson está disponível e é mais um jogador que quer dar o contributo à equipa. É esse o espírito e isso é muito importante. Às vezes há jogadores que entram a cinco minutos do término com uma vontade enorme de ajudar a equipa, até já quando o jogo está resolvido. O Evanilson faz secção do grupo de trabalho e está pronto para jogar de consonância com aquilo que foi a preparação para o jogo, dentro da estratégia definida por mim. É sempre bom um avançado fazer golos, principalmente na melhor prova de clubes do mundo? Sem incerteza. Mas mais importante que ele é a equipa. Ele foi um dos protagonistas, mas não foi o único. Para ele fazer golo alguém teve de o observar, alguém teve de restaurar a globo. É um processo coletivo, mas percebo a pergunta pelo grande mediatismo que teve, até por ter entrado e ter feito o hat trick. Eu fico feliz por ele, mas mais feliz pelo trabalho da equipa e pela grande exibição na 2.ª secção”.