Num seminário organizado pela UNISETI, foi vincado o drama dos refugiados no mundo e o pavor da Europa perante a população imigrante
“A cada minuto, 24 pessoas abandonam suas casas, são refugiadas. A cada hora, são 1 440 pessoas. Por dia, 34.560 pessoas vivem leste flagelo”. Estes são números reais do que se está a passar no mundo, à nossa frente”. Um oferecido impressionante transmitido pelo professor juiz de Recta, jubilado, Luís Filipe de Melo, num seminário promovido pela UNISETI – Universidade Sénior de Setúbal, sobre “O Sistema de protecção dos Direitos Humanos – O Drama dos Refugiados mais Vulneráveis”.
O encontro realizado na passada sexta-feira na Morada da Cultura, em Setúbal, integrado no ciclo de palestras fora da UNISETI, começou com o professor Rabi Arlindo Mota, presidente do recomendação de governo desta instituição, a lembrar a visão do filosofo e o noticiarista Umberto Repercussão sobre o horizonte da Europa; uma Europa que tem de “enfrentar um caso de imigração que está a maltratar à porta” e onde as culturas se misturam.
Recorrendo a imagens dos tempos atuais em confrontação com outros onde os campos de concentração nazistas foram, dispostos, ao lado dos campos de refugiados de hoje, o juiz jubilado Luís Filipe de Melo deu nota do horror de quem viveu nos anos 40 do século pretérito que esperava a morte por gaseamento e os milhões de refugiados que, agora, pouca esperança vêm para as suas vidas.
São mulheres, crianças, homens, idosos e deficientes que vivem entre “três forças universais: o tempo a morte e o paixão”, e questionavam: “Uma vez que reerguer a vida e continuar vivendo quando sentimos que deixarmos de viver”. Para o professor e juiz, a solução passa pelo dia em que “a passar a humanidade a ouvir a voz da razão”.
Contra aqueles que apontam o dedo aos refugiados, que eles têm pavor e que os não aceitam, lembrou o caso do refugiado do Mali, em situação ilícito em França. Mamoudou Gassama, em 2018, salvou uma garoto de quatro anos que ficou divertida no quarto marchar de um prédio em Paris. “Eu simplesmente não tive tempo para pensar, corri para o outro lado da rua para o salvar”, contou logo Gassama a Emmanuel Macron que anunciou que o jovem de 22 anos seria naturalizado galicismo.
Foi uma história que o juiz manteve em suspense durante uma hora e meia da palestra para alunos e convidados da UNISETI. Uma mediação onde focou os muitos refugiados que se fazem ao mar para procurar os melhores dias em países uma vez que a França, Grécia ou Espanha, ou aqueles fogem pela terreno do sofrimento nos seus países e encontram sofrimento, muitos morrem, em campos de refugiados. Mulheres, crianças e homens, muitas vítimas de violação em locais onde se devem sentir seguros, uma vez que nos postos de controlo ou fronteiriços. “São pessoas anônimas e rejeitadas”, disse.
“Não basta falar em tranquilidade. É preciso confiar nela, é preciso trabalhar para ela”, vincou, ao mesmo tempo que mencionou os muitos homens e mulheres que lutaram, e alguns deram a vida pelos direitos humanos. Direitos esses que continuam, em muitos países, a subsistir em justificação seja para imigrantes económicos ou refugiados.
E apontou que, neste momento, o mundo vive dez crises humanitárias. Na Ucrânia, onde a guerra, imposta pela Rússia, tem sido criada uma das maiores crises de deslocamento no mundo, no Haiti com a violência de gangues e mudanças climáticas, no Burkina Faso pela atividade de grupos armados, no Sudão do Sul pelo legado da guerra As alterações civis e climáticas, a crise económica na Síria, o Iémen, a República Democrática do Congo que vive décadas de conflito. Esta lista continua com os refugiados do Afeganistão devido à pobreza, à seca na Etiópia e à inópia na Somália. E, não menos importante, é o conflito que se vive na guerra entre Israel e o Hamas em Gaza entre 30 milénio mortes e refugiados palestinos.
O número de pessoas refugiadas, pelas várias razões, não é simples de relatar, mas pode elevar aos 300 milhões e, diz o juiz Luís Filipe de Melo, e acrescenta que uma ínfima segmento do que se gasta em armamento, biliões, bastaria para salvar muitos refugiados. Com 5 milénio milhões de euros poder-se-ia salvar muito mais de 5 milhões de pessoas refugiadas, muitas delas mulheres grávidas e crianças.
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