A decisão de Sérgio Conceição está tomada e tudo aponta para a saída. Para onde? E quem pode chegar? – Observador

Em 2021, no final daquela que foi a melhor temporada desde assumiu o comando do FC Porto em março de 2017, todos os sinais de Sérgio Conceição no último encontro no Dragão frente ao Estoril onde bateu mais um recorde que ainda hoje se mantém (número pontos numa só edição do Campeonato) apontavam para a saída dos azuis e brancos. A presença da família em peso num torrinha para onde olhou várias vezes, o longo amplexo de Pepe depois da roda no final do encontro, o cumprimento com uma conversa de Marchesín pelo meio, tudo soava a despedida. Não aconteceu. Os convites apareceram, as conversas também existiram, a possibilidade de saída não se confirmou. Três anos depois, num contexto dissemelhante, pode ter chegado a hora.

Sérgio bateu recorde, voltou a falhar flash mas família na bancada e abraços a Pepe e Marchesín soaram a despedida

“Para muita gente não foi eticamente correto eu assinar a renovação a dois dias da eleição. Se eu era o treinador dos três candidatos, por que não? Queria dar essa imagem para o povo, era dar força para um dos candidatos. Mas para mim foi importante. Se um dia o presidente me deixar partilhar muito do que foi dito naquela hora e meia de conversa que eu tive com ele naquela sala, as pessoas metem a viola no saco uma vez que se costuma proferir porque acredito que quem tem esses valores de paixão e gratidão entende que não podia despovoar assim o embarcação. Nunca serei um entrave para o FC Porto. Nunca estive preso a zero nem nunca estarei. Sou de família muito humilde e com esses valores muito vincados”, referiu em seguida a vitória na Taça de Portugal, quando estava ainda na zona de entrevistas rápidas dos canais televisivos no relvado.

Horizonte? Eu já disse e fiz questão de proferir na antevisão que essa situação está muito definida na minha cabeça. Nos próximos dias saberão. Decisão? Já tomei a decisão, sim”, salientou.

“Horizonte? Já tenho a decisão tomada, sim. Nos próximos dias saberão”: o tabu de Sérgio Conceição no título de todos os recordes

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Sérgio Conceição tinha feito de tornar-se o treinador na história do futebol português com mais títulos conquistados pelo mesmo clube (11), entre outros dados uma vez que o facto de ter igualado as quatro Taças de Portugal de Otto Glória e José Maria Pedroto, ser o segundo técnico a lucrar o troféu em três idade consecutivas (antes só Pedroto tinha conseguido) e aumentado para 21 o número de vitórias seguidas na competição. Mais: desde que assumiu o comando do FC Porto, nunca ficou um ano sem lucrar zero apesar de ter entrado no seguimento de quatro temporadas sem qualquer troféu para os azuis e brancos.

Tudo isso fez com que, quando subisse aqueles degraus até à Tribuna do Jamor (sendo o último da comitiva do FC Porto nesse caminho), fosse saudado uma vez que nunca pelos adeptos portistas na bancada médio, havendo não só cânticos com o seu nome mas também a proferir “Fica, fica, fica”. Era um dia de emoções fortes, uma vez que se vira no amplexo em lágrimas ao fruto Francisco e mais tarde ao vetusto presidente Pinto da Costa, mas nem isso terá sido suficiente para mudar o sentido daquilo que considera ser o melhor nesta tempo da curso e da própria vida do FC Porto, com André Villas-Boas na liderança e uma novidade estrutura do futebol. E isso, caso não exista nenhuma inesperada mudança de última hora, passará pela saída do Dragão neste verão.

“Demos aperto de mão, amanhã passamos ao papel”: Pinto da Costa confirma renovação de Sérgio Conceição até 2028

Sérgio Conceição renovou contrato por quatro anos nos dias que antecederam as eleições do FC Porto mas tem uma cláusula que lhe permite transpor sem custos uma vez que deverá sobrevir. Razões? 1) o clube está a entrar numa novidade tempo, num novo ciclo a vários níveis e existe essa vontade de dar espaço aos novos para montarem as suas equipas; 2) durante nascente período, não houve qualquer conversa com André Villas-Boas, Zubizarreta ou Jorge Costa no sentido de projetar a novidade temporada; 3) as condições que tinha com Pinto da Costa na liderança serão necessariamente diferentes nesta novidade era. A isso juntaram-se algumas abordagens.

A teoria de rumar à Serie A, uma vez que sempre foi uma das ambições de curso depois de ter pretérito por clubes uma vez que Lazio, Parma ou Inter uma vez que jogador, era um cenário que agradava a Sérgio Conceição e a saída que foi confirmada pelo AC Milan de Stefano Pioli havia uma porta interessante nesse sentido. Ainda assim, outro português, Paulo Fonseca, que orientava o Lille, terá lucro essa “corrida”. Em paralelo, o treinador dos azuis e brancos conhece o interesse do Marselha na sua contratação, sendo uma verdade por onde passou durante seis meses quando comandou o Nantes na Ligue 1. A Premier League também foi um direcção já indicado para o técnico, um pouco que não passou de um rumor. Dentro deste cenário, o retorno à liga francesa é o cenário mais provável nesta tempo, sendo também de considerar um provável período “sabatino” na curso.

Confirmando-se a saída, fica a incerteza sobre quem poderá assumir o comando técnico do FC Porto, numa decisão que já terá o dedo não só do presidente Villas-Boas mas também de Zubizarreta e Jorge Costa. Foram vários os nomes já abordados, entre Gian Piero Gasperini (Atalanta), Graham Potter (sem clube desde a saída do Chelsea), Roberto De Zerbi (de saída do Brighton), Jorge Sampaoli (também sem clube) e Enzo Maresca (Leicester), mas Ernesto Valverde, que renovou há pouco tempo com o Athl. Bilbao, era um perfil que poderia deleitar à atual estrutura mas que acabou por deixar de ser uma hipótese. Ao que tudo indica, o sucessor de Sérgio Conceição deverá ser estrangeiro mas ainda não há qualquer definição sobre esse tema.