Março 21, 2025
A família que se mudou para a República Dominicana e faz tours só para portugueses – NiT

A família que se mudou para a República Dominicana e faz tours só para portugueses – NiT

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Há 28 anos, a República Dominicana era muito dissemelhante do que é hoje em dia. Naquela estação, o boom do turismo ainda não tinha ocorrido e a maioria das estradas era de terreno batida. Quem morava longe da capital, Santo Domingo, tinha de fazer demoradas viagens de sege sempre que era preciso comprar mantimentos em riqueza. Era o que acontecia com a família de Samuel e Raquel Marques, que se mudou para as Caraíbas há quase três décadas.

Na estação, moravam em Rio San Juan, uma povoado que possuía exclusivamente uma pequena mercearia. O hipermercado mais próximo, o Carrefour, ficava na capital. Demoravam três horas e meia a chegar lá, ou seja, tinham de reservar um dia inteiro para ir às compras — um “pequeno” esforço que faziam para viver no paraíso.

“Arrendámos uma vivenda em frente a uma praia deserta. Era enorme e muito barata, porque o país ainda não estava explorado pelo turismo. Foi nessa praia que os meus filhos aprenderam a andejar. Era tudo muito castiço, agora está tudo muito dissemelhante”, começa por descrever à NiT a mãe, Raquel, de 52 anos.

Confessa que sente saudades dessa estação, quando os filhos frequentavam a escola, e as janelas e portas de vivenda estavam sempre abertas devido ao calor e humidade. “Tínhamos um cão muito grande, o Silva, semelhante a um pastor boche, que saía de vivenda e ia para a escola para se deitar aos pés deles. Ficava lá um pouco e depois regressava. Era uma vida tão formosa, tão proveniente — foi isso que nos cativou na República Dominicana”, adianta.

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A oportunidade de viver em Rio San Juan surgiu de forma inesperada, mas, quando a receberam, não pensaram duas vezes. Já se tinham enamorado pelo país quando lá passaram férias nos anos 90, com os filhos Ricardo e Maria, de três e um ano, respetivamente.

“A minha filha sofria de asma e em Portugal estava sempre com ela no hospital devido às humidades. Fazia muitos tratamentos e, quando viemos de férias durante 15 dias, vim equipada com tudo o que era necessário. Para minha surpresa, a Maria nunca ficou mal e não precisou de zero, estava sempre saudável”, recorda.

Quando regressaram a Portugal, a miúda voltou a ter problemas de saúde. Esse foi um dos principais motivos que levou os pais a ponderarem mudar-se de Lisboa para a República Dominicana, em 1998. Na profundidade, Raquel trabalhava numa loja de antiguidades e Samuel no setor das artes gráficas, mas decidiram aventurar. Tiram cursos online de turismo e, no final, tinham recta a fazer um estágio de três meses nas Caraíbas. Podiam escolher rumar à Jamaica, Cuba ou República Dominicana — optaram por leste último e foi o início da mudança.

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Voltaram ao país onde tinham sido felizes e Maria, uma vez que da primeira vez, voltou a ser uma gaiato saudável. Durante esse período trabalharam com a Soltour, que na profundidade era o único operador turístico que levava portugueses para aquele direcção. Entretanto, fizeram-lhes o invitação: hospedarem-se nos hotéis Bahia Príncipe para receberem os turistas nacionais.

A mudança para as Caraíbas

“Não hesitámos. Regressámos a Portugal, vendemos todos os nossos bens, pegámos nas malas, nos miúdos e viemos para cá. Nem espanhol sabia falar, mas correu tudo muito”, relata. A Maria, por exemplo, deixou de ter dificuldades de respiração e atualmente, aos 28 anos, “é uma óptimo desportista”.

A “experiência foi maravilhosa”, apaixonaram-se ainda mais pelo clima, pelas pessoas, pela comida. Entretanto, tiveram mais uma filha, a Inês, agora com 22 anos, e todos se adaptaram muito muito ao novo estilo de vida. Cresceram a saber falar três idiomas (português, espanhol e inglês) e uma vez que verdadeiros caribenhos: pessoas que estão sempre contentes, que adoram música e dançar. Por fim, habituaram-se a mourejar com a animação diária dos hotéis, onde o envolvente era de férias e sempre mais prazenteiro.

O dia em que chegaram à República Dominicana.

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O único problema era mesmo os meses de inverno, em que não havia voos a partir de Portugal e quase não havia trabalho. “Decidimos montar o nosso próprio negócio. Existiam umas excursões naquela zona da ilhota onde as pessoas montavam a cabalo e iam até ao rio. Íamos a essas tours e tirávamos fotografias, imprimimos em T-shirts e vendíamos no final do dia”, recorda.

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Em 2013, a Soltour fez-lhes uma novidade proposta e mudaram-se para o México, que começava a receber muitos voos de Portugal e precisava de pessoas que soubessem falar a língua. Com os três filhos, foram para a Riviera May e por lá ficaram durante uns anos, também a trabalhar nos hotéis Bahia Príncipe. Até que, em 2016, decidiram dar “um passo em frente”.

O início da Rimain Tours

Já conheciam o mercado, sabiam os gostos dos portugueses e tinham condições para fabricar a própria empresa. Em março desse ano, foram à Bolsa de Turismo de Lisboa para apresentar a Rimain Tours, uma sucursal que faz excursões no México e República Dominicana para grupos portugueses. O nome surgiu com base nas iniciais dos três filhos: Ricardo, Maria e Inês.

Em abril, começaram a ter os primeiros clientes e a fazer as excursões, inicialmente exclusivamente no México, para desvendar os tesouros de Yucután (Chichen Itza, cenote Ik Kil e Valladolid). Ao início eram tapume de quatro a seis turistas portugueses por dia, mas o número foi aumentando consideravelmente. “No dia que tivemos 10 clientes, ficámos muito felizes. Era uma loucura. Depois começou o boca a boca e chegou a um ponto em que tínhamos 30 pessoas para levar nas excursões”, recorda.

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Apesar de estarem a viver no México, nunca se esqueceram da República Dominicana e queriam também debutar a apostar no direcção onde os filhos cresceram. Em 2018, o pai, Samuel, foi sozinho para lá para lançar a empresa no país — e as excursões pela Ilhota Saona e Samaná hoje são um verdadeiro sucesso. Já receberam, inclusive, pessoas uma vez que o Toy e o cantor Nuno Ribeiro, que animaram as tours.

Entretanto, em 2020, com a empresa já nos dois países, decidiram dar outro passo e furar a própria sucursal de viagens online. Apresentaram-na em Portugal a 7 de março, dias antes de “fechar o mundo” devido à pandemia. “Foi um desespero para nós, não havia turismo e só queríamos retornar à nossa vivenda. Conseguimos voltar para o México e ficamos lá os quatro meses de quarentena, até começarmos a organizar pacotes personalizados. Fomos a primeira empresa a conseguir trazer portugueses para a República Dominicana”, confessa. Aos poucos, consolidaram o nome da empresa no mercado e foi “o boom da Rimain Tours”.

Hoje a filha mais novidade, Inês, é uma das principais responsáveis pelas excursões à ilhota Saona e Samaná. Mas, na juventude “era louca por computadores” e adorava videojogos. “Passava dias fechada no quarto, às vezes, tínhamos mesmo de desligar a Internet. A tapume profundidade queria um daqueles computadores de gamers e o pai disse-lhe que se queria um, tinha de ir trabalhar”, recorda a mãe.

Na profundidade com 18 anos, começou a ir com Samuel para as excursões, “meio contrariada”. Envergonhada, ao início não falava muito com os clientes, até que se começou a soltar e “passou de oito para 80”. “De repente começa a dançar, a rir, a fazer coreografias, que era o que via nos hotéis. Era uma novidade Inês, um furacão que todos adoram, com uma pujança que não acaba”, confessa.

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Com Ricardo, agora com 29 anos, a situação foi semelhante, mas no México. “Sempre foi muito folgazão e naturalmente cºomico. Lançou o mercado no México de uma forma incrível”, revela. Já a filha do meio, Maria, chegou a trabalhar na Rimain Tours, mas hoje tem os seus próprios projetos na Cidade do México.

Com a procura cada vez maior, a família sentiu premência de alargar a equipa. Hoje, já contam com 22 colaboradores na República Dominicana, a maioria locais. As excursões, porém, são sempre feitas em português, para grupos só de portugueses.

Nas Caraíbas, uma das tours mais procuradas é a da Ilhota Saoma (75€ por pessoa). A bordo de uma lancha rápida ou catamarã, o grupo vai até uma piscina proveniente, uma “maravilha da natureza em águas protegidas”, onde têm tempo para nadar à vontade, com bebidas a serem servidas na chuva. A viagem segue até ao ducto de Catuano, até chegarem à ilhota, com “areia branca radiante e águas cristalinas”. O revinda é feito com muita animação, com “ritmos tropicais, brinde de bebidas nacionais, música e alegria”. As reservas podem ser feitas on-line.

Carregue na galeria para ver algumas fotografias da família e das excursões que organizam no outro lado do mundo.

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