A Escolha Democrática Vernáculo (ADN), partido sem representação na Reunião da República, ultrapassou o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) nas eleições europeias de domingo, ao conseguir 1,37 por cento dos votos.
Com todos os mandatos atribuídos e a escrutínio (99,28 por cento) praticamente fechada, o ADN obteve 1,37 por cento, correspondentes a 54.044 votos, e ficou primeiro do PAN, que conseguiu 1,22 por cento, ou seja, 47.943 votos.
Em maio de 2019, o PAN tinha sido a surpresa das eleições europeias, ao optar pela primeira vez um eurodeputado, que acabou por se desfiliar e terminar o procuração na qualidade de independente.
O partido tinha porquê cabeça de lista Pedro Fidalgo Marques às eleições europeias, enquanto o ADN contava com Joana Amaral Dias.
O ADN tinha sido a novidade nas eleições legislativas de 10 de março, quando conseguiu mais de 100 milénio votos, depois de em 2022 ter tido quase 11 milénio, o que poderá ter custado deputados em pelo menos dois distritos à Confederação Democrática (AD).
Nas eleições legislativas de março último, muitos eleitores relataram ter confundido os símbolos da AD e do ADN, que teve um resultado histórico, nomeadamente em distritos do interno onde o PSD e o CDS têm habitualmente bons resultados.
Em Viseu, o ADN teve 3,13 por cento dos votos, passando de 188 boletins em 2022 para 6.615. Somando a diferença desse valor à AD e aplicando o método de Hondt – que define a proporcionalidade da distribuição dos mandatos em Portugal -, a coligação do PSD, CDS e PPM teria obtido mais um deputado, à custa de um eleito do PS.
Cenário semelhante poderia intercorrer em Lisboa, onde o ADN teve 1,45 por cento (19.067 votos), um valor que, descontando o resultado de 2022 (3.249 votos), iria dar a vitória à AD no círculo da capital e o 48.º procuração, com o PS a perder um deputado.
O ADN teve resultados supra da sua média pátrio (1,63 por cento) em círculos onde a AD tem força eleitoral porquê Bragança (2,18 por cento), Guarda (2,56 por cento), Vila Real (2,95 por cento), Braga (1,79 por cento) ou Porto (1,76 por cento).
Durante o dia eleitoral AD e ADN apresentaram queixas junto da Percentagem Vernáculo de Eleições (CNE) pela semelhança das designações nos boletins de voto.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, o PAN reconhece que «a noite de ontem foi uma noite triste para as causas que defendemos, que não ganharam uma voz que as represente no Parlamento Europeu. Foi uma noite triste para o nosso partido e para todas e todos aqueles que acreditam no PAN, uma vez que não conseguimos optar e restaurar o lugar na Europa. Gostávamos de ter conseguido optar para, no projecto europeu, podermos continuar a trabalhar em conjunto com o parlamento pátrio, com os parlamentos regionais, dos Açores e da Madeira, assim porquê com os nossos autarcas locais que diariamente trabalham para tutorar as causas que mais ninguém defende, mas respeitamos aquela que foi a escolha dos portugueses».
«Agradecemos a todas as pessoas que votaram no PAN, que nos acompanharam nesta campanha, que mostraram a sua simpatia para com os valores que representamos e a nossa ação. Esta é uma oportunidade para começarmos. Vamos continuar a trabalhar com o mesmo interesse por uma sociedade, e uma Europa, mais progressista, de maior empatia para com os animais, proteção da natureza e saudação por todas as pessoas», conclui a mensagem.
Os números da continência na eleição de ontem (63 por cento) são semelhantes ao do escrutínio de 1994, em que Portugal atingiu os 64 por cento, o pior resultado do século pretérito, tal porquê o barlavento noticiou.
No província de Faro, o PS foi o partido mais votado, com 29,46 por cento dos votos, tal porquê o barlavento noticiou.
Os resultados oficiais podem ser consultados cá.