O Al-Ettifaq de Steven Gerrard até se pode ter reforçado, até pode racontar nesta profundeza com outras alternativas e até pode gozar das condições para fazer uma segunda volta supra do que aconteceu nos primeiros meses mas a recepção ao Al Hilal mostrou a grande verdade que tem imperado na Liga saudita: o conjunto de Riade é o mais poderoso, o mais regular e o mais completo da prova. Com isso, foi somando vitórias. Uma, duas, três, cinco, dez, 20, a 24.ª em Damã, mantendo os sete pontos de progresso em relação ao Al Nassr de Ronaldo, Luís Cstro e companhia e igualando a quarta maior série de vitórias do futebol mundial. Se as contas da principal prova vernáculo estavam encaminhadas, se a qualificação para os quartos da Liga dos Campeões da Ásia já estava garantida, havia um tanto mais a “motivar” Jorge Jesus nesta período de sua curso: entrar no Guinness.
Porquê é habitual nestas fases, e perante o interesse mediático na campanha, o treinador português falou de tudo um pouco na conferência que se seguiu a essa vitória por 2-0 diante do Al-Ettifaq. Falou sobre o duelo entre Sporting e Benfica (que terminaria com os leões a lucrar vantagem na primeira mão da Taça de Portugal por 2-1), do impacto de Gyökeres no Campeonato à semelhança do que aconteceu com Darwin Nuñez quando chegou aos encarnados, do incremento de João Neves mas também do atual contexto do futebol no continente asiático, assumir-se mais uma vez porquê um geopolítico que admite não ser.
“O horizonte do mundo está para estes lados, não está para a Europa. Aquilo está uma grande confusão, ninguém manda em ninguém. Mas isso é um fator que não é desportivo, é um fator político. Não é que eu não saiba de política mas não estou interessado agora em falar sobre isso”, referiu. “Encontrei uma diferença muito grande no nível de estruturas desde que voltei para a Arábia Saudita. Estamos num país com temperaturas de 50 graus e imenso calor, mas vão aos estádios e olhamos a qualidade dos relvados. São relvados que parecem campos de golfe. Depois há todas as condições para os espectadores. Riade é uma cidade fantástica, a crescer todos os dias”, acrescentou, numa verificação com a primeira passagem pelo Al Hilal em 2018/19.
Os caminhos foram depois outros, com uma aposta de sucesso nos brasílico do Flamengo que ainda hoje olham para o técnico porquê um Deus, um volta sem glória ao Benfica posteriormente a polêmica saída para o rival Sporting em 2015, um novo mundo nos turcos do Fenerbahçe onde conquistou o último troféu (Taça). Agora, sem problemas de investimento e com todas as condições, Jesus elevou a fasquia com um plantel de luxo e viu uma oportunidade de ouro para ortografar o seu nome no futebol mundial mesmo sem ter aquela passagem que sempre ambicionou por um grande europeu: entrar no Guinness porquê o técnico a liderou a equipe com maior número de triunfos consecutivos. E esse caminho está cada vez mais próximo, à intervalo de dois jogos. Para já, fez dois em um: aumentou o registro para 25 vitórias seguidas na recepção ao vencedor Al-Ittihad, que promoveu um novo duelo com Marcelo Gallardo porquê aconteceu na final da Libertadores que venceu diante do River Plate pelo Flamengo, e reforçou ainda mais a liderança na Liga Saudita.
Depois o empate do Al Nassr num jogo de loucos com o Al-Hazm sem Ronaldo em que um missiva da manga de Talisca e uma grande surpresa de Salubre Mané nos descontos não foram suficientes para evitar o 4-4 do último classificado do Campeonato aos 90+10′, o Al Hilal começou até a perder com um golo do publicado N’Golo Kanté no quarto de hora inicial (12′) mas Saleh Al Shehri, que se encontrou na frente do ataque Mitrovic, fez o empate ainda antes do pausa (39′). A formação de Riade foi melhor, dominou em segundo os aspectos mas só mesmo no tempo conseguiu materializar esse ascendente no resultado, com Malcolm (59′) e Saud Abdulhamid (67′) a marcarem quase de rajada e a “sentenciarem” a partida, dando a 25.ª vitória consecutiva ao Al Hilal e aumentando a vantagem para o Al Nassr para nove pontos a 12 jornadas do término.
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