A Alemanha não é um bicho papão e a Suíça provou isso mesmo nascente domingo em Frankfurt no fecho das contas do Grupo A. A geração de ouro do futebol helvético esteve a vencer grande secção da partida, poderia ter ampliado a vantagem, mas acabou por ceder o empate nos descontos. Os germânicos confirmaram o primeiro lugar e estão no caminho de Portugal, que podem encontrar nos quartos-de-final. Para lá chegar, terão de superar nos “quartos” o segundo classificado do Grupo C, que é uma vez que quem diz Inglaterra, Dinamarca, Eslovénia ou Sérvia, que ainda têm tudo para resolver.
Os suíços chegaram à ronda final da tempo de grupos com tudo para lucrar e pouco a perder. No segundo lugar, com quatro pontos, um empate serviria perfeitamente o objectivo principal de apuramento para os “oitavos”, mas um triunfo catapultava-a para um inédito primeiro lugar na tempo de grupos, ultrapassando os germânicos, já apurados. E mesmo uma guia não seria impeditiva, face à confortável vantagem na contabilidade de golos marcados e sofridos em relação à Escócia, a única selecção que a poderia entender.
Ndoye faz o primeiro e a Suíça está na frente do marcador ??#sporttvportugal #EURonaSPORTTV #EURO2024 #Suiça #Alemanha #betano pic.twitter.com/sH34eYPn1h
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Mas foi com aspirações mais ambiciosas que os helvéticos prepararam a primeira partida com o seu vizinho em fases finais de um Europeu. Concedeu a iniciativa ao rival, uma vez que era expectável, mas defendeu com lucidez, cultura e solidariedade.
Povoando o núcleo do terreno, nomeadamente com um duplo pivô (Remo Freuler e Granit Xhaka), os helvéticos impossibilitavam a insistência alemã em tentar fluir o seu jogo atacante pelos mesmos terrenos, ignorando as laterais em quase toda a primeira secção.
Com uma posse de esfera esmagadora (66% ao pausa), a circulação germânica foi completamente inconsequente na primeira metade, onde não criou nenhuma oportunidade clara de golo, exceptuando um lance anulado pelo VAR, aos 17’. Robert Andrich fez a esfera entrar nas redes, mas o lance foi precedido por uma falta atacante clara de Jamal Musiala.
Dúvidas também teve o VAR sobre o posicionamento de Dan Ndoye, aos 28’, quando o atacante suíço, solicitado por Remo Freuler, superou Rudiger e fez gelar os adeptos alemães ao colocar a sua equipa em vantagem. Uma jogada de risco, um remate enquadrado e um golo. Eficiência a 100%.
Fullkrug saltou do bancou para dar o empate à Alemanha ??#sporttvportugal #EURonaSPORTTV #EURO2024 #Escócia #Hungria #betano pic.twitter.com/Cv3hsnEu2g
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E ainda antes do sota, o mesmo N’doye ainda esteve perto de repetir num remate cruzado que cheirou o poste esquerdo de Manuel Neuer, que tinha concluído de suportar o segundo golo neste Europeu. Uma prenda envenenada para o veterano guarda-redes do Bayern Munique que comemora a sua 18.ª partida em campeonatos da Europa, superando o recorde do italiano Gianluigi Buffon (17 jogos).
Se o seleccionador Julian Nagelsmann apresentou em Frankfurt o mesmo “onze” inicial que alinhou nas duas primeiras partidas deste torneio, apesar de já ter guardado o aproximação aos oitavostambém não viu premência de mexer na equipa ao pausa, apesar da desvantagem.
Mas a Alemanha voltou mesmo assim dissemelhante, procurando descongestionar o galeria meão e alargando o seu jogo às faixas laterais para gerar mais desequilíbrios e tirar a Suíça da sua zona de confronto defensivo. Cresceu na partida e, em somente cinco minutos (50’ e 55’), criou duas boas oportunidades, por Musiala e Toni Kroos.
Os alemães foram crescendo e os suíços recuando o seu conjunto, já com algumas unidades em sub-rendimento, principalmente no ataque. Murat Yakin refrescou a equipa, aos 65’, com uma tripla substituição, entrando Amdouni, Duah e Vargas, com os suíços a procurarem subir as suas linhas e a incomodar Neuer.
Na tempo final, poderia mesmo ter obtido o segundo, mas acabou por suportar o golo do empate nos descontos, quando Fullkrug (entrado aos 76’) bateu pela única vez Sommer.