Avançar para o conteúdo

Angola continua a ser país não livre #ÚltimasNotícias #Portugal

Continue apos a publicidade

Hot News

Angola continua a integrar o grupo dos “países não livres” com um quadro em que o poder está altamente centralizado na Presidência, com João Lourenço a legislar por decreto sobre assuntos fundamentais sem discussão pública, o Parlamento funciona em grande parte como um carimbo na aprovação das políticas do Governo e os meios de comunicação social são maioritariamente detidos pelo Estado e fiéis ao regime.

“A corrupção, as violações nos processos e os abusos por parte das forças de segurança continuam comuns e, apesar de algumas restrições à imprensa e à sociedade civil terem sido atenuadas após a posse do presidente João Lourenço em 2017, essa abertura parcial foi revertida nesse meio tempo”, diz o relatório “Liberdade na Internet 2024: A Luta pela Confiança Online” da Freedom House.

O relatório concluiu que governos de pelo menos 25 dos 72 países em análise cortaram o acesso à Internet, têm um acesso restrito a plataformas de redes sociais ou sites bloqueados que alojam conteúdo político, social, e discurso religioso durante os períodos eleitorais.

Continue após a publicidade

Angola é o único país de língua portuguesa nessa categoria.

Em África, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe são considerados países livres, enquanto Moçambique e Guiné-Bissau estão na categoria de “parcialmente livres”.

No capítulo referente a Angola, que conseguiu apenas 28 pontos num total de 100, aquela organização de defesa da liberdade aponta que o “Estado detém a maior parte dos media e estes meios de comunicação social noticiam sempre a favor do Governo, raramente realizando cobertura crítica “.

Imprensa pressionada

Continue após a publicidade

A maior parte da mídia ostensivamente privada também atua como “porta-vozes do regime”, diz o relatório que registra que “o conteúdo produzido por agências de notícias estrangeiras é amplamente consumido”.

O documento destaca o encerramento da canal online Camunda News em março de 2023 depois de “uma campanha de perseguição, que o seu proprietário atribuiu ao Governo”.

Outro incidente registado refere-se à invasão da sede do Novo Jornal por pelo menos 40 pessoas “no meio de uma disputa pela propriedade do jornal”.

O insulto e a difamação são considerados crimes e os jornalistas acusados de envolvimento em incitamento, discurso de ódio, defesa de ideologias fascistas ou racistas ou divulgação de “fake news” podem ser acusados de “abuso da liberdade de imprensa”.

Continue após a publicidade

A Freedom House enfatiza que “funcionários do Governo apresentam regularmente queixas criminais e ações civis contra membros da imprensa e os jornalistas enfrentam também violência física no exercício do seu trabalho”.

Repressão a protestos pacíficos

As garantias constitucionais de liberdade de reunião são mal respeitadas, ainda segundo a Freedom House, que reconhece que o Governo de João Lourenço mostrou inicialmente mais tolerância para com as manifestações do que o seu antecessor, mas “as marchas pacíficas são ainda recebidas com detenções e violência por parte das forças de segurança, por vezes com resultados letais”.

Em agosto de 2023, a Human Rights Watch (HRW) informou que a polícia e o pessoal da inteligência mataram ilegalmente pelo menos 15 manifestantes e ativistas no primeiro semestre do ano.

Continue após a publicidade
Continue após a publicidade

O documento cita ainda a repressão a protestos na província do Huambo e noutras cidades em junho contra o aumento do custo de vida e um projeto de lei que restringe a atividade das organizações não governamentais.

“Algumas destas manifestações terão decorrido sem incidentes, mas as autoridades de Luanda usaram gás lacrimogéneo contra os participantes” e detiveram 87 pessoas em Benguela e Luanda, alegando comportamentos violentos por parte dos manifestantes.

A Freedom House lembra a lei, inicialmente aprovada pelo Parlamento, que restringe as atividades das organizações não governamentais, além de “poderem ser dissolvidas por um órgão de supervisão”.

Ela continua sem Parlamento.

Continue após a publicidade

Trabalho infantil

Numa análise à concorrência partidária, o relatório afirma que “o processo de criação de novos partidos políticos “está repleto de obstáculos burocráticos e tentativas de cooptação, fatores que prejudicam gravemente a confiança do público nos novos partidos” e que “o poder governamental é altamente centralizado na Presidência, que exerce regularmente a capacidade de legislar por decreto sobre assuntos fundamentais sem discussão pública”.

As receitas públicas do petróleo não são distribuídas igualmente ou usadas para beneficiar toda a população, observa o relatório, indicando que “as regiões rurais, em particular, têm infraestrutura e acesso a serviços inadequados, levando a desigualdades nas oportunidades econômicas” .

Uma nota final da Freedom House destaca que “o trabalho infantil é um grande problema e os trabalhadores estrangeiros são vulneráveis ​​ao tráfico sexual e ao trabalho forçado nas indústrias de construção e mineração”.

Continue após a publicidade

As autoridades angolanas “têm historicamente falhado na investigação eficaz do tráfico de seres humanos ou na acusação dos infratores”, sublinha o documento que cita, o Departamento de Estado americano que, no seu Relatório sobre o Tráfico de Pessoas de 2023, observou que o Governo identificou mais sobreviventes do tráfico, mas não ofereceu proteção ou assistência suficientes.

Até agora, não houve qualquer reação do Governo.

Siga-nos nas redes sociais:

Continue após a publicidade

Hotnews.pt |
Facebook |
Instagram |
Telegram

#hotnews #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *