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Outubro costuma ser o mês em que um novo livro de António Lobo Antunes (n.1942) chega às livrarias. Um acontecimento a que os leitores e o meio literário se habituaram. Neste outubro, e ainda sem anúncio de novo romance, nem de Nobel – algo pelo qual Lobo Antunes também esperou, ano após ano –, o jornalista que acompanhou a maior figura viva da vida literária portuguesa do século XX, em mais de uma década e meia, dá-nos a notícia de que se impôs o “silêncio no reino da polifonia”. Esta frase dá título ao texto de entrada do livro “Uma Longa Viagem com António Lobo Antunes”, que João Céu e Silva reedita na Contraponto, e é uma forma do seu autor afirmar, com pinças, o que para a família e editora (D. Quixote) tem sido indizível, o estado a que o prolífico escritor está remetido.
Há muito que Lobo Antunes não é visto em público, e há uma razão para isso: “Demência”, escreve João Céu e Silva. Algo que não é de agora, como o próprio jornalista reconhece. A “demência (…) que o foi invadindo”, acentuou-se “no confinamento da pandemia de covid-19”. Lobo Antunes terá perdido nessa altura aquele que era o seu “único objectivo”, escrever livros, vivendo agora numa espécie de “exílio da realidade”.
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