A Apple é a mais recente gigante tecnológica a aterrar oficialmente no universo da lucidez sintético. A chegada foi feita em força, durante a conferência anual para os programadores (Worldwide Developers Conference), com o proclamação de várias funcionalidades que incorporam essa tecnologia, por exemplo a capacidade de somar textos ou produzir emoticons personalizados.
A Apple chega ao mundo da lucidez sintético com o lançamento de ferramentas que a Google já disponibiliza nos seus dispositivos, mas também com um trunfo: uma parceria com a OpenAI para colocar o ChatGPT na Siri até ao final deste ano. O rumor de uma colaboração entre as empresas já circulava há vários meses e a presença de Sam Altman junto à sede da Apple em dia de evento levou a crer que seria confirmado.
Horas depois, a Apple revelou oficialmente que o ChatGPT estará no novo iOS 18 e ficará disponível gratuitamente, sem ser necessária a geração de uma conta. O protótipo ajudará a Siri quando esta não conseguir responder aos pedidos dos utilizadores. Por exemplo, se a pessoa quiser ideias para confecionar uma determinada repasto com ingredientes que tem em morada, a Siri vai recorrer ao ChatGPT para dar sugestões.
De consonância com a Apple — que deixou a porta ensejo a novas parcerias, uma vez que disse que pretende “suportar outros modelos de lucidez sintético” — quando a Siri quiser recorrer ao ChatGPT vai pedir autorização ao utilizador, perguntando-lhe se pode enviar a esse protótipo as informações pretendidas. Enquanto a tecnológica partilhava os detalhes da parceria com a OpenAI, o CEO, Sam Altman, recorria à rede social X para manifestar estar “muito contente”. “Acho mesmo que vão gostar”, acrescentou.
muito feliz por fazer parceria com a apple para integrar o chatgpt em seus dispositivos ainda leste ano!
acho que você realmente vai gostar.
-Sam Altman (@sama) 10 de junho de 2024
A chegada da lucidez sintético aos iPhone e computadores Mac da Apple vai ser feita com o iOS 18 e o lançamento do sistema a que a empresa chamou Apple Intelligence, que agrega todos os recursos de lucidez sintético desenvolvidos pela tecnológica e que serão disponibilizados nas várias aplicações. A Siri vai receber uma das suas maiores atualizações de sempre com o objetivo de conseguir entender melhor aquilo que lhe é pedido.
A assistente de voz, lançada originalmente em 2011, conseguirá encontrar informações específicas dentro de documentos ou executar tarefas porquê agendar eventos no calendário ou redigir um email e enviá-lo. Aliás, passa também a narrar com melhores funcionalidades de preenchimento automático. Ou seja, a Siri será capaz de, por exemplo, encontrar um determinado documento (porquê a missiva de transporte), perceber qual o seu número e colocá-lo num formulário online que a pessoa esteja a preencher.
[Recorde aqui a WWDC deste ano:]
Priorizar determinadas notificações, somar emails ou textos em aplicações porquê as notas, gerar sugestões de respostas tendo por base o que está a ser questionado e produzir emojis ou imagens personalizadas com base em indicações de texto são outras das funcionalidades que vão chegar aos dispositivos Apple. Na galeria de fotografias passará a ser verosímil pesquisar por imagens específicas através de instruções porquê “a minha última viagem” ou “fotos do dia 10 de junho de 2023”.
Nas notas será verosímil gravar e transcrever áudioscom a Apple Intelligence — a lucidez sintético da Apple — a fazer um “resumo” do que foi dito. Por sua vez, o Safari, o browser da tecnológica liderada por Tim Cook, conseguirá fazer resumos das páginas web, conseguirá penetrar separadores privados através de comandos de voz e terá “destaques”. Ou seja, vai utilizar estágio de máquina para escolher partes “interessantes” de um determinado site.
A Apple explicou que os recursos de lucidez sintético serão “processados” dentro dos dispositivos para manter a privacidade dos seus utilizadores. Quando precisarem de recorrer à nuvemos dados vão para uma “nuvem privada” e, segundo a empresa, “nunca” serão armazenados nos seus servidores.
O evento desta segunda-feira foi marcado, na sua maioria, por novidades relacionadas com a lucidez sintético. Porém, ao longo de murado de duas horas existiu ainda espaço para outras revelações. Com o iOS18, os utilizadores de iPhone vão ter mais controlo sobre a estética do ecrã do seu telemóvel e passam a poder organizar os ícones das aplicações da forma que quiserem (nomeadamente com espaços vazios entre elas).
Os utilizadores vão também poder bloquear determinadas aplicações, com um PIN ou reconhecimento facial, para que outras pessoas não consigam ter aproximação quando utilizam o telemóvel. Será verosímil esconder determinadas aplicações para que outros não vejam que as tem descarregadas. A Apple revelou ainda o lançamento de uma novidade app, chamada Passwords, que, porquê o nome indica, vai permitir às pessoas gerirem os seus detalhes de login e vigiar palavras-passe. Estará disponível nos telemóveis e computadores da gama da empresa, mas também em Windows.