Na última sondagem publicada antes das eleições europeias — pelo Público e RTP esta quinta-feira —, o PS é o partido que mais sobe, ultrapassando a AD. Mas isto mantendo o empate técnico, uma nota preponderante em todos os inquéritos de opinião publicados esta semana. Essa é a principal peroração a reter: a dois dias de os portugueses irem votar, é impossível prever o vencedor (mantendo-se, tudo o indica, o estabilidade que resultou das legislativas de março).
Nesta sondagem realizada pela Universidade Católica, o PS aparece com 33% dos votos (o que seria equivalente ao seu resultado de 2019), a AD com 30% (supra dos resultados de PSD e CDS na mesma fundura).
Logo inferior aparece o Chega — mas o partido de Ventura perde três pontos face à sondagem realizada há duas semanas. Em sentido contrário entra a IL, subindo de 6 para 8%.
Quanto à esquerda, a CDU, Livre e Conjunto (nesta ordem) estão empatados com 4% (todos eles descendo dos 5%), sendo que o PAN tem só 1% — o que, a confirmar-se, significaria que teria poucas hipóteses de optar.
Fossem estes os resultados, seriam estes os eleitos: PS de 7 a 9; AD de 6 a 8; Chega de 2 a 4; IL 1 ou 2; os três à esquerda podendo optar um ou nenhum.
Estimativa de resultados eleitorais
Também na quinta-feira, mas de manhã, o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios tinham outra sondagem ligeiramente dissemelhante: o empate técnico mantinha-se, mas a Federação Democrática surgia adiante nas intenções de voto — com somente 0,7 pontos percentuais de diferença para o PS (24,8% vs 24,1%). Os dois principais partidos eram, na sondagem feita pela Intercampus, as duas únicas forças políticas a crescer. Isto porque, tal uma vez que na Católica, o Chega descia para os 12% (um trambolhão de 5,4 p.p. em somente um mês.
Da direita à esquerda, todos os restantes partidos registavam quebras nas intenções de voto: a Iniciativa Liberal mantendo-se subida nas intenções de voto (9%), seguida pelo Conjunto de Esquerda (5,8%), Livre (4,5%), PAN (3,1%) e CDU (2,5%).
O PS de Marta Temido leva vantagem na corrida ao Parlamento Europeu, mas está em perda (30,6%), enquanto a AD de Sebastião Bugalho está a crescer (26,6%), de concórdia com uma sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF. O Chega mantém o terceiro lugar, mas também perde gás (15,5%). Seguem-se IL (7,5%), BE (6,3%), Livre (5,2%), CDU (3,5%) e PAN (1,6%).
No início da semana, a última sondagem da Aximage (publicada pelo DN, JN e TSF), apontava para os socialistas uma vez que favoritos, mas outra vez na margem de erro — e com os dois partidos em aproximação: o PS de Marta Temido com 30,6%, a AD de Sebastião Bugalho com 26,6%.
Já o Chega, aparecia de novo a descer: tinha cá 15,5%, ficando também inferior dos 18,1% das legislativas.
Aquém na lista, três partidos ganhavam terreno, seja na conferência com as legislativas, seja com a sondagem anterior, publicada em abril: os liberais (7,5%), os bloquistas (6,3%) e o Livre (5,2%).
A CDU (3,5%) e o PAN (1,6%) apareciam em último na lista.