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A GNR apela à denuncia de ocorrências registadas com peregrinos de Santiago, manifestando preocupação particular com os crimes de assédio sexual.
No âmbito da “Operação Caminhos de Santiago 2024”, que decorreu entre maio e o final de outubro na concorridas rotas dos Caminhos de peregrinos até Santiago de Compostela, a GNR registou seis crimes, sendo dois relacionados com importunação sexual – atos exibicionistas -, três furtos e crime de dano à sinalização.
Em declarações à Renascençao tenente-coronel Paulo Gonçalves, da GNR de Viana do Castelo, apela à denuncia. “Entrem em contato com a GNR. Comuniquem o que aconteceu. Identifiquem o local. Tirem fotos. Mandem essas fotografias para que nós depois possamos executar o patrulhamento de acordo com o que está ocorrendo para tentarmos impedir que esses atos não sejam praticados”, pede o oficial.
A GNR adianta que não foi surpreendida com a reportagem do jornal britânico “The Guardian”, com o relato de, pelo menos, nove mulheres que revelaram ter enfrentado, nos últimos cinco anos, situações de assédio sexual em área rurais de Espanha, Portugal e França.
O tenente-coronel Paulo Gonçalves revela que foi identificado um suspeito dos dois casos de assédio sexual registrados pela GNR neste ano, em nosso país. “Trata-se um cidadão português”, adianta, sem mais detalhes.
O responsável da GNR insiste nos pedidos de denúncia já que “provavelmente, há muitas outras situações que não são relatadas”.
Paulo Gonçalves pede que os peregrinos se dirijam “a um posto da GNR e identifiquem o local onde esses atos ocorreram e se possível com algumas características relacionadas ao suspeito”.
“Uma das dificuldades da GNR tem sido justamente a de não ter a notícia ou o conhecimento da prática dos fatos e eventualmente dados que permitam identificar como eles ocorreram e quem os praticou”, aponta
“A segurança das peregrinas quando estamos falando essencialmente de atos de exibicionismo também nos causa preocupação. É uma situação que nós já tínhamos identificado. E como referi, nós temos vindo a executar o patrulhamento no sentido de impedir que estes atos sejam praticados. O nosso objetivo é que no próximo ano não houvesse nenhum registro de ato relacionado a essa matéria”, completa.
Segundo o responsável, a GNR também tem vindo a sensibilizar os seus parceiros, nomeadamente os albergues, e outros locais de pernoita e insiste no apelo para que “as pessoas entrem em contacto connosco, porque nós estamos cá para ajudar, estamos cá para apoiar”.
“Se tivermos mais informações, isso possibilita um trabalho melhor. Quanto mais fatos forem identificados, mais fácil será depois na esfera criminal punir quem pratica esses atos.”
Ainda assim, e apesar de frisar que “preocupa tudo o que seja criminalidade relacionada aos peregrinos, porque tem grande impacto e cria alguma instabilidade social”, o tenente-coronel da GNR diz que “as ocorrências não têm sido significativas”.
“Tivemos neste ano de 2024 no Caminho Português mais de 90 mil peregrinos e no Caminho Português da Costa mais de 70 mil e ocorrências registadas, efetivamente, só tivemos seis. Mas nós queremos é reduzi-las a zero”, remata
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