A Associação Pátrio dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (ANTEPH) defende a geração de uma curso que abranja os murado de 30 milénio elementos dos bombeiros e Cruz Vermelha que são responsáveis por 90% do socorro prestado em Portugal.
Esta é uma das propostas que a ANTEPH vai apresentar na quarta-feira à percentagem parlamentar de Saúde para melhorar o sistema de emergência médica, dois dias depois de o presidente do INEM ter apresentado a sua exoneração, que foi aceite pela ministra da Saúde.
O presidente da associação adiantou à Lusa que atualmente existe um vazio permitido para os elementos dos bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa, uma vez que o decreto-lei que criou a curso próprio de técnico de emergência pré-hospitalar (TEPH) unicamente abrange quem trabalha no Instituto Pátrio de Emergência Médica (INEM).
“Todos os outros estão pendurados numa certificação profissional, num curso profissional, independentemente de trabalharem nos bombeiros ou na Cruz Vermelha Portuguesa, que é a espinha dorsal do sistema”, salientou Luís Canaria.
O INEM é o organização do Ministério da Saúde responsável por coordenar o funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica em Portugal continental, que é constituído pelos meios próprios do INEM, mas também dos bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa, que funcionam em complementaridade.
Segundo referiu, a profissão de técnico de emergência permitiria “dar suporte a uma rede totalmente profissional do sistema”, tendo em conta que os bombeiros representam 80% do socorro de emergência pré-hospitalar em Portugal, ficando 10% no contexto da Cruz Vermelha e os restantes 10% no INEM.
“Estamos a falar de quase 30 milénio tripulantes de ambulância de socorro que existem em Portugal nos bombeiros e na Cruz Vermelha”, quando unicamente se discute “uma curso próprio que tem 1.000 pessoas no INEM”, lamentou Luís Canaria.
De pacto com o responsável da ANTEPH, a questão do financiamento necessário para profissionalizar o sistema “não se coloca”, uma vez que o montante proveniente dos seguros “chega e sobra” para esse objetivo.
“Evidente que não se pode esturrar em contratos milionários de helicópteros e em compras de dívida pública”, alertou o presidente da associação criada em 2005.
Luís Canaria adiantou ainda que a lei de 2016 que cria os TEPH do INEM está em “incumprimento até aos dias de hoje”porque tem murado de 22 protocolos de atuação para situações de emergência e o “INEM conseguiu implementar quatro unicamente e exclusivamente nas suas ambulâncias”.
Ou por outra, “ninguém compreende que o INEM tenha 50, 60 e 100 chamadas em espera, quando tecnologicamente uma chamada, se estiver alguns segundos em espera, pode ser canalizada para uma médio distrital ou até mesmo para um médio do corpo de bombeiros lugar”, realçou o presidente da ANTEPH.
Depois de salientar que a associação “nunca pediu demissões de ninguém“, Luís Canaria considerou que a saída do presidente do INEM, Luís Meira, é uma “decisão que peca por tardia”.
“Independente de quem a tutela colocar primeiro do INEM, o que tem de subsistir é mecanismos de controlo para medir a qualidade de uma vez que o socorro é prestado”, defendeu o presidente da associação, para quem o instituto “deveria ser uma estrutura mínima de coordenação efetiva dos meios diferenciados e não ser prestadora de serviços”.
“Nós não compreendemos uma vez que é que conseguiram ratificar uma diferença estatutária do INEM em fevereiro, já com o Governo demissionário, que reforça mais capacidades e competências do INEM que já não tem tido capacidade de resposta para fazer tudo aquilo que lhe é pedido”, referiu.